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Jornal de Psicanálise

versión impresa ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.55 no.103 São Paulo jul./dic. 2022  Epub 08-Jul-2024

https://doi.org/10.5935/0103-5835.v55n103.22 

Aula inaugural

Por uma ética da formação em tempos sombrios

Luiz Tenório Oliveira Lima1 

1Membro efetivo e professor assistente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). São Paulo


Sou homem, não julgo alheio a mim nada do que é humano

(Terêncio)

Agradeço as referências elogiosas da diretora do Instituto, Dora Tognoli, e o convite da Dora e da Carmen Mion, presidente da SBPSP, para esta aula inaugural. Além do prazer de expor minhas ideias a respeito do meu trabalho como analista dentro do tema proposto, o que vou expor é fruto de um trabalho de mais ou menos 20 anos de aulas, seminários, palestras que vão se renovando e, a cada vez, se modificando, mantendo certas invariantes.

Gostei muito do tema. Foi um desafio para mim, peço desculpas pelo modo como vou apresentar, pois tenho um método de expor que consiste em fazer anotações e comentá-las, o que me permite a cada vez modificar e apresentar de um modo novo certas ideias que já expus ou já pensei a respeito.

Na verdade, no meu caso, procuro tirar vantagem de uma deficiência minha, que é uma dificuldade para fixar as ideias no papel. No modo como exponho há também uma responsabilidade ética, porque as anotações são feitas, e o que foi “irresponsável” são os pensamentos livres, associações que podem trazer alguma vantagem para o pensamento. Mas não estou com isso dourando a pílula da minha dificuldade a essa altura de minha vida, para a escrita de textos pensados, refletidos dentro de toda uma movimentação bibliográfica de referência.

A epígrafe acima é um verso de Terêncio, do século primeiro antes de Cristo. Esse verso foi citado por Montaigne, Freud, Nietzsche e pelo nosso Machado de Assis. Vou ler a tradução de Paulo Ronai: “sou homem, não julgo alheio a mim nada do que é humano”.

Ao citar essa frase, Freud o faz de uma outra forma: nada do que é humano é estranho a mim ou me é estranho (traduzido do alemão).

Montaigne usa quase literalmente em francês essa tradução. Então é curioso, porque é uma frase que atravessa a tradição do ocidente em 2.000 anos; uma certa tradição do ocidente que significa tolerância a tudo o que for humano para compreender. É nesse sentido que tanto Machado de Assis quanto Freud, que são contemporâneos, praticamente da mesma geração, usam esse mesmo verso, o qual é muito importante porque é pregnante e é pertinente para o nosso tema. Esse verso expressa meu entendimento de ética no trabalho analítico e, portanto, na formação de analistas.

Considerando que o tema é “Por uma ética da formação em tempos sombrios”, decidi começar pelos “tempos sombrios”, iniciando com um poema do livro A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade (1943). São poemas escritos de 1943 a 1945, época em que o Brasil vivia uma ditadura feroz, fascista e coordenada por Getúlio Vargas, que é o ídolo de muitas pessoas no Brasil até hoje. Ele escreve em plena Segunda Guerra Mundial e em plena vigência do estado novo fascista. Assim escreve Drummond:

Esse é tempo de partido, tempo de homens partidos. Em vão percorremos volumes, Viajamos e nos colorimos. A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua. Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos. As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra. (Andrade, 1943-1945)

O poema é mais longo (e recomendo a leitura aos colegas), mas penso que esse início, esse aspecto do poema, seu ponto principal é analiticamente relevante, porque fala que este é um tempo de homens partidos, isso é, homens cindidos, então, a poesia se aproxima das doutrinas mais fundamentais da psicanálise com base na teoria da repressão, que evolui para a cisão, a teoria da divisão da personalidade humana.

Já nos anos 1920, Freud assinalou esse aspecto que é constitutivo da nossa personalidade: a divisão e, frequentemente, uma divisão que se fragmenta, se reúne, se reintegra. Nesse sentido, vou falar na minha exposição do parentesco - eu diria até de uma coisa que é essencial na psicanálise - que é a aproximação com a poesia, não no sentido literário, mas no poético, daquilo que torna a poesia possível. Penso que é sempre quando acontece a análise na sala entre o paciente e o analista, momentos poéticos nesse sentido não literário, quando emergem nos insights profundos. Todos nós analistas praticantes temos essa experiência, e temos contato, portanto, com o seccionamento da personalidade e sua multiplicidade, suas diferentes máscaras, como aparece na persona, a qual nós sabemos que não é única.

Há um outro poema também, escrito por coincidência em 1943 por esse poeta inglês que talvez seja um dos maiores do século 20, que é T. S. Eliot. Na verdade, vou apenas mencionar, referir o primeiro dos quatro quartetos que são famosos, e são referidos por Bion, por diferentes colegas analistas e que tem uma fortuna das mais célebres na literatura do ocidente do século 20. A coincidência é que esse poema foi escrito em 1943, eu o escolhi por isso e pela pertinência que envolve a questão do tempo também, é o “primeiro quarteto”. Ele já foi traduzido por diferentes poetas brasileiros e portugueses, mas essa última tradução, de Caetano Galindo, foi publicada pela Companhia das Letras:

Os tempos presente e passado Estão talvez presentes no tempo futuro, E o futuro contido no tempo passado. Se o todo tempo é presente eternamente, O tempo é todo, irredimível.

O que poderia ter sido é abstração

Permanece perpétua a possibilidade Somente num mundo de especulação.

O que poderia ter sido e o que foi apontam a um só fim, Que é sempre presente.

Passos ecoam na memória, No corredor que não percorremos, rumo à porta que jamais abrimos para o jardim das rosas, minhas palavras ecoam assim na tua mente. (Eliot, 1943/2018)

É um poema complexo; trata de um enigma que é a vivência do tempo. Penso que o analista, com acuidade, perceberá a aproximação desse enigma. Esse poema é comentado por Bion em “Notas sobre memória e desejo” (1967/1990).

A psicanálise é uma ciência nova e, portanto, original e peculiar. Não é que foi constituída contra o que se chama ciência oficial. A ciência oficial é a ciência, existe nas suas formas e nos seus modos deformados e performados. Então, nós temos um aparelho científico ligado às universidades em todo o planeta, mas principalmente no ocidente, onde essa instituição foi originária e a ciência moderna se originou e foi constituída, como todos sabem, desde o século 17, e vai plasmar tudo isso que se tornou o que chamamos de ciência oficial, ciência, pesquisa etc., e que visa se separar dos sistemas de crenças.

Dentro dessa visão Freud se destacou como médico, reivindicando para a sua prática, ao longo de aproximadamente 50 anos, a cientificidade desta que responde pelo nome de psicanálise. Justamente na “História do movimento psicanalítico”, de 1914, mencionado muito apropriadamente no trabalho de Sandra Schaffa, um grande salto entre os primeiros 10, 15 anos do trabalho clínico, na primeira tópica, para alguma coisa que apontou para um futuro quase infinito e de cuja direção somos herdeiros, de 1914 a 1923, quando houve uma grande crise doutrinária, prática e institucional, uma parte dela foi mencionada no trabalho da Sandra.

Mas nessa, de 1923, “O ego e o id”, é como se houvesse uma espécie de arredondamento, de solução aparente para essa crise, que, de certo modo, continua até hoje, em vários níveis, e um deles diz respeito à formação de psicanalistas. Nossa formação não é acadêmica, mas não é por uma escolha, é porque na academia não tem lugar para análise pessoal. A análise pessoal é o pilar principal, essencial para a formação de um analista. Os dois outros também fundamentais, são seminários teóricos e supervisões clínicas. Vou ler para vocês, um trecho da “Questão da análise leiga” em que ele diz mais ou menos o seguinte: que a psicanálise se originou, se fundou, de certo modo, a partir da sua auto análise, a partir da interpretação dos seus sonhos. Isso é o que ele diz, porque os historiadores, em geral, apontam os antecedentes em Charcot, e nos seus estudos da histeria. Ele próprio diz isso em muitos momentos, mas essa questão é essencial, porque são duas coisas contemporâneas: a interpretação dos sonhos por Freud, que de certo modo constitui os seus próprios sonhos; o desvendamento de aspectos poderosos da sua infância, e aquilo que se torna um modelo tranquilo e que é concomitante contemporâneo do caso Dora, quando a teoria da transferência, ou seja, pela primeira vez, como nessa aula, tem a palavra inaugural significando ser desenvolvido, então, em certo sentido, o caso Dora, que é publicado em 1905, contém a teoria da transferência. Esse texto tem uma fortuna ao longo do tempo e se desdobra progressivamente até os problemas que vivemos no século 21, na psicanálise atual praticada por todos nós. Freud diz o seguinte: “nós analistas temos por meta a análise mais completa e profunda do paciente que seja possível, e visa enriquecê-lo a partir do seu próprio interior conduzindo para seu eu as energias que através da repressão se acham inacessíveis” (1905/2016).

Vou me deter um pouco, porque aqui aparece também essa questão da nova disciplina de que falei sobre a psicanálise, ele próprio (Freud) chama a psicanálise de nova disciplina. Esses termos que eu uso não são retóricos, são do próprio Freud, e menciono isso não porque eu use ou esteja propondo usar o Freud como autoridade, não o vejo como uma autoridade, mas o vejo como fundando, constituindo um campo muito problemático do qual nós somos herdeiros, e os analistas que estão em formação, aqueles que estão começando, terão que se defrontar com esses problemas. Cada um deles, ao longo dos seus percursos respectivos, como nós, irá escolher certas trilhas, certos caminhos. Estes são métodos que podem ser convergentes ou divergentes, mas problemáticos, porque padecemos dessa questão de ser uma ciência peculiar e original. Mas isso não nos posiciona como superiores às outras formas, como se fossem vulgares, normais; não, ao contrário, isso é um problema para nós, carregamos esse problema. Quaisquer que sejam as soluções que demos, análise supõe a análise pessoal. Não é uma prescrição, é um elemento constitutivo, ontológico do analista para a formação e constituição do seu ser. Mas eu digo isso com ênfase, uma coisa banal, sabida, porque, às vezes, as coisas mais óbvias são esquecidas por nós próprios, analistas, e tenho trabalhado com isso há pelo menos uns 20 anos. E Freud, aliás, na introdução à história do movimento psicanalítico e na “Questão da análise leiga”, menciona a natureza nova, e diz “a psicanálise é minha, eu inventei a psicanálise” (1914/2014). Ele inicia a primeira parte, vocês se lembram muito bem, dizendo exatamente “a psicanálise é minha”, em 1914, texto também citado, não por acaso nesse momento, no trabalho da Sandra dentro de uma outra perspectiva e interpretação, mas que presta, de certo modo, uma homenagem a esse texto que funda e que marca uma espécie de cesura, de ruptura e de continuidade com o que irá se desenvolver e se desdobrar nos próximos 10, 12 anos até 1923, 1925 na sua obra.

Então, agora voltando à questão, a especificidade da prática analítica envolve a formação do candidato pela análise pessoal, que desenvolve relações com o inconsciente, com aptidão com o próprio inconsciente. Em seguida, tem acesso e contato com esse mundo sombrio e escuro do inconsciente. Podemos falar dos efeitos disso: o desejo foi toda uma tendência entre nós, e o movimento psicanalítico atual com a questão da preeminência do desejo, mas o desejo já é um efeito de alguma coisa, não no sentido mecânico, mas ele é como o sintoma, um sentido próprio muito específico utilizado na exposição da Sandra. Justamente esse desejo não é algo mecânico, é um efeito de uma complexidade que reflui sobre ele mesmo, então, pode ser relacionado com esse movimento que Freud chamava com a palavra alemã trieb, referindo-se a um fator energético (a energia do ponto de vista de Aristóteles) - Freud foi um grande estudioso de Aristóteles. Falei de Aristóteles, pois irei mencionar algo mais adiante. Então, a poesia - o poético - é emergência de insights, o poético é o que mais se aproxima do trabalho analítico, não literariamente, não estou falando que um analista é poeta, o que é um absurdo, mas o fenômeno analítico é análogo àquele fenômeno que leva o eu poético ou o eu lírico a engendrar um elemento poético. É por isso que o analista precisa estar com a sua mente livre. Desde as recomendações de Freud, nos artigos técnicos, a regra fundamental e a livre associação, como nós sabemos, evoluem, tem uma fortuna que chega até “sem memória sem desejo” nas formulações da psicanálise contemporânea atual, com base, justamente, nos trabalhos de Bion. Então, vou destacar esse elemento poético para juntar com o ético e a questão ética.

Embora já pensasse nisso de uma outra maneira, fui de certo modo inspirado pelo magnífico trabalho exposto há algumas semanas na reunião de Meg Wiliams e Arnaldo Chuster, em que ele desenvolve essa ideia, que, a meu ver, é uma ideia que veio ao encontro de elementos que tenho pensado já há algum tempo e conversado com muitos outros colegas, às vezes, colegas em supervisão: a aproximação entre a relação analítica e a criação poética. Com literatura, poesia, teatro, cinema. As diferentes administrações da nossa sociedade fomentam tudo isso, porque é exatamente uma fonte, que não é biológica, não é acadêmica, é do contato com a coisa viva. A coisa viva em nós é a energia, que tem como efeito, se eu quiser usar essa palavra energia eu acho mais conservadora, eu diria, que essa energia pulsional e instintiva é um sinal do vivo em nós, do vivo, simplesmente do vivo em nós.

Quero destacar que, na parte final das “Novas Conferências Introdutórias”, na Conferência 35, “Sobre uma visão do mundo” (1933/1996), quando há um triunfo do nazismo e espalha-se a tragédia na Europa, ele escreve com grande calma, com muita serenidade, coisas importantes. Não terei tempo de ler, mas recomendo a vocês, aqueles que não leram, ou mesmo os que leram, relerem, principalmente a parte final dessa magnífica conferência - comentada relativamente, há uns 10 anos, por Laplanche, de uma forma bastante generosa com Freud e em uma perspectiva diferente do próprio pensamento do Laplanche, quando ele associa Freud a Karl Popper. Isso foi um reencontro enorme. Entrei em contato com ele nos anos 1970, antes de me tornar analista, e depois eu o reencontrei, mas lia seus artigos antes, ainda como estudante de medicina.

Para terminar, vou ler o texto de Freud sobre a questão dos sonhos: “minha autoanálise, cuja necessidade se fez evidente para mim, eu realizei com a ajuda de uma série de sonhos próprios que me conduziram por todos os eventos de minha infância, e ainda hoje, sob opinião que sendo o indivíduo um bom sonhador, e não muito anormal, tal espécie de análise ele deve tentar” (1900/2019). A análise didática ainda não tinha se generalizado como oficial. É curioso, porque nós podemos ler, não precisa interpretar a frase, é a questão da função que engendra sonhos, a questão que engendra sonhos não só dormindo, mas acordado, o devaneio, a fantasia no sentido de fantasia consciente, esses elementos são condição sine qua non para a regra fundamental, e uma das regras fundamentais é a sinceridade. Isso remete para uma ética da sinceridade, é isso que eu queria dizer.

O analista e a instituição enquanto grupo de analistas, responde por uma ética que é a da coletividade, que envolve as questões sociais, algumas delas mencionadas com muita propriedade pela Sandra, mas a ética do trabalho analítico, do meu ponto de vista, diz respeito à ética da sinceridade. Freud usa essa expressão no “Início do tratamento”, um dos artigos técnicos também mencionados de passagem na citação do Fabio Herrmann, pela colega Sandra. Então, esse aspecto me parece essencial para pensarmos essa ética da sinceridade, que alguns autores chamam também de ética da honestidade. Não no sentido moral; é, como diria Nietzsche, no sentido extramoral: não é moral, é ética no verdadeiro sentido do trabalho analítico, porque se não houver sinceridade não há possibilidade de análise. Claro que pode haver mentiras, mas é no sentido moral, pode se dizer, é outra coisa, a função disso terá que ser examinada, pode ser utilizada. Bion na coluna 2 da Grade, desenvolve a questão da falsificação (nos enunciados) extramoral. Há uma ética da sinceridade que combina com o que eu chamo de poético, porque os sonhos e o acesso ao inconsciente levam à liberdade de pensamento.

Para encerrar, vou ler o texto de Arnaldo Chuster, que me inspirou muito nesse tópico, ele diz assim: “a linguagem de alcance psicanalítico é uma espécie de poética da exatidão, porque fala de sentimentos, os sentimentos têm precisão matemática, assim explicitou Bion e criam uma cesura que é uma diferença transcendental para um momento específico do vínculo analítico” (Chuster, 2022). Volto aqui ao poema de Paul Valery, “quando o matemático fica a serviço de um sonhador refinado, utilizo a expressão diferença transcendental como um sinônimo pessoal para o enigma ou para a preconcepção” (Valery citado por Chuster, 2022).

A expressão propõe um diálogo sobre a psicanálise em Bion como uma prática da transcendência, de poiesis. Ele usa o termo poieses e poético. O poieses que é o que cria, o que emerge. Nos tira da ética dramática voltada para a morte, e nos traz para um contexto de uma linguagem que tem a matriz amorosa pela verdade. As afirmativas acima me levam a propor para a psicanálise o adjetivo de atividade prático poética, penso que essa é a mais antiga definição de tekhne, aquela que está em Homero, significando o decifrar de um enigma que faz trazer algo à tona ou fazer-se sem perder o vigor do enigma, o que era para vir a ser. A psicanálise é, portanto, prática, porque seus participantes são parte ativa no processo, sendo o analisando o agente principal da sua transformação.

A psicanálise é poética, porque é criativa, seu resultado confere uma nova forma de se relacionar com o inconsciente, promove o uso da estética das emoções na descrição do mundo e nos leva também a um universo ético, estético da liberdade de pensamento. Para finalizar cito Bion, dizendo que a interpretação deve fazer algo mais do que aumentar o conhecimento do analisando sobre si mesmo, esse algo mais fornecido pela estética das emoções e pela ética da sinceridade pode, ao favorecer, o tornar-se o ser que verdadeiramente somos, e assim gerar algo que melhora a qualidade de vida. Essas afirmações estão em um contexto que realmente no sistema de referências é naturalmente Bion, o trabalho dele, eu sei que muitos colegas não têm essa familiaridade, outros têm bastante e há realmente, como está muito sintético, esses elementos mereceriam um desdobramento, inclusive, com aspectos clínicos muito pertinentes e profundos. (Chuster, 2022)

Referências

Bion, W. R. (1967). Notas sobre memória e desejo. In E. B. Spillius (Ed.), Melanie Klein hoje: desenvolvimento da teoria e da técnica (pp. 30-34). Imago. (Trabalho original publicado em 1990) [ Links ]

Chuster, A. (2022). Linguagem de alcance psicanalítico: uma diferença transcendental. Conferência na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. [ Links ]

Drummond, C. A. (1943-1945). A rosa do povo. Nosso Tempo. [ Links ]

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Laplanche, J. (2006). Freud e a filosofia. Revista Brasileira de Psicanálise, 40(1), 21-25. [ Links ]

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