Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Indicadores
Compartir
Revista Psicopedagogia
versión impresa ISSN 0103-8486
Rev. psicopedag. vol.31 no.96 São Paulo 2014
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Proposta de atuação psicopedagógica na diretoria municipal de educação de Cajamar
Proposed action psychopedagogic in municipal board of education Cajamar
Neide de Aquino NoffsI; Maria Matta FerreiraII; Maria Eloisa GodinhoIII; Juliana G. da Silva VieiraIV
IDoutora em Educação pela Universidade de São Paulo, Psicopedagoga Clínica e Institucional, docente do curso Psicopedagogia na PUCSP. Atualmente é Diretora e Docente (graduação e pós-graduação stricto sensu) da Faculdade de Educação da PUC-SP, presidente vitalícia da ABPp, assessora institucional na rede municipal de ensino e coordenadora geral da comissão de regulamentação e formação do Psicopedagogo no Brasil junto à ABPp. Pesquisadora da área de Formação de professores e educação infantil, São Paulo, SP, Brasil
IIPsicopedagoga, Cajamar, SP, Brasil
IIIPsicopedagoga, Cajamar, SP, Brasil
IVPsicopedagoga, Cajamar, SP, Brasil
RESUMO
Este artigo apresenta a constituição da proposta da atuação psicopedagógica do segmento da educação infantil, ensino fundamental I e ensino fundamental II das Escolas da Rede de Ensino Municipal, situado na cidade de Cajamar - São Paulo. O plano de atuação psicopedagógica institucional, desenvolvido pelo grupo de psicopedagogos e assessora externa, objetiva sistematizar, a partir do ano de 2008, as ações apresentadas no plano de ação para rede. No primeiro momento, indagavam-se quais seriam as atribuições do psicopedagogo a atuar nos segmentos Secretaria Municipal de Educação e na Instituição Escola. Para tanto, constituiu-se a proposta, utilizando-se um referencial teórico em Psicopedagogia, respaldado, principalmente, pelos pressupostos de: Chabanne, Nádia Bossa, Alícia Fernandes, Neide Noffs e demais autores da área da Psicopedagogia que fazem referência ao cunho preventivo-institucional, assim como, os autores: Piaget, Vygotsky, Wallon, Jonh Dewey, Zabala, Geraldo Peçanha, Paulo Freire, José M. Beltran, Mabel Condemarin, entre outros. Esses estudos contribuíram para a compreensão do processo de construção de conhecimento dos alunos. Assim, percebeu-se que a proposta de atuação do trabalho psicopedagógico para a rede compreende ações relacionadas principalmente à formação continuada do professor, ou seja, intenta desenvolver um trabalho sob a perspectiva psicopedagógica preventiva. Essa proposta está descrita em itens de discussão acerca das atribuições do psicopedagogo, levando em consideração a história, os aspectos culturais e as necessidades específicas da área. Entende-se que o trabalho do psicopedagogo escolar requer um constante pensar sobre o seu fazer, o que demanda frequentes diálogos com a comunidade escolar. A atuação psicopedagógica busca encontrar alternativas de ação que viabilizem, a esse profissional e aos professores da Rede Municipal de Cajamar, uma constante reflexão em torno da atuação docente, a fim de que se encontrem caminhos prováveis para se chegar à finalidade proposta: a de promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos.
Unitermos: Psicopedagogia Institucional. Aprendizagem. Educação infantil. Ensino Fundamental e Médio.
SUMMARY
This paper presents the proposed constitution of the psychoeducational performance segment of early childhood education, elementary school and elementary school II Schools Network Municipal School, located in Cajamar - São Paulo. The plan psychoeducational institutional performance, developed by the group of educational psychologists and objective external advisor systematize from 2008 actions presented in the action plan for the network. At first they asked themselves-what are the responsibilities of the educational psychologist to work in the Municipal Education Institution and School segments. To do so, constituted the proposal, using a theoretical framework for psychoeducation, supported mainly by the assumptions: Chabanne, Nadia Bossa, Alicia Fernandes, Neide Noffs and other authors in the field of educational psychology that reference preventivo- imprint institutional as well as the authors: Piaget, Vygotsky, Wallon, John Dewey, Zabala, Gerard Peçanha, Paulo Freire, Jose M. Beltran, Mabel Condemarin among others. These studies contributed to the understanding of the knowledge construction process of students. Thus, it was realized that the proposed action of psycho pedagogical proposal for the network, which comprises the actions relate primarily to the continuing education of teachers, ie, attempts to develop a work under preventive psychoeducational perspective. This proposal is described in items of discussion about the responsibilities of the educational psychologist, taking into account the history, cultural aspects and the specific needs of the area. It is understood that the work of educational psychologist school requires constant thinking about what your doing, which demand frequent dialogues with the school community. The psychoeducational performance search to find alternative actions that enable this professional and teachers of Municipal Network Cajamar, a constant reflection on teaching practice, so that they are likely ways to get to the proposed objective: to promote the development and student learning.
Key words: Institutional Psychoeducation. Learning. Child rearing. Education, primary and secondary.
INTRODUÇÃO
O trabalho aqui apresentado traz uma proposta de atuação psicopedagógica na Cidade de Cajamar, para a Rede Municipal de Ensino, que instituiu o cargo de psicopedagogo em 2007, via concurso público. O estudo foi desenvolvido entre fevereiro de 2008 a 2013, período em que as psicopedagogas atuaram no âmbito institucional, no segmento da educação infantil, ensino fundamental I e ensino fundamental II.
Para tanto, descreve-se o seguinte problema deste relato, questionado por profissionais da educação de Cajamar, integrantes da equipe técnica e Diretor da Educação: Quais seriam as atribuições do psicopedagogo?
Tal problemática originou-se a partir da contratação, reestruturação pedagógica e organizacional pela qual passava a Diretoria de Educação de Cajamar. Nesse período de transformação institucional, influenciado pelas concepções de educação que se tem discutido na atualidade, desejava constituir uma proposta que levasse em consideração o seu aluno como ser pensante, ativo, construtor de saberes. Tal intenção culminou no desejo por parte dos gestores da Rede que houvesse contratação de psicopedagogos para contribuírem com o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido. Nesse sentido, a equipe de psicopedagogos, composta inicialmente por cinco profissionais (Amanda Carolina Savioli, Juliana G. da Silva Vieira, Maria Eloiza G. Machado, Maria Marta Ferreira e Simone Catariana de Oliveira) e, em 2012, apenas três profissionais (Juliana G. da Silva Vieira, Maria Eloiza G. Machado e Maria Marta Ferreira), junto à assessoria externa e supervisão psicopedagógica da Dra. Neide de Aquino Noffs e a Coordenadora do grupo de psicopedagogas Maristela de Souza Giusti, consentiram a necessidade de realizar discussões reflexivas e estudos acerca de trabalhos capazes de fundamentar uma proposta psicopedagógica institucional-escolar, levando em consideração a reestruturação da Diretoria de Educação, a construção do Plano Decenal e do Currículo.
Dessa maneira, tornou-se necessária a elaboração de um projeto psicopedagógico que sistematizasse e articulasse com as ações da equipe técnica da Educação em parceria com os gestores das escolas: diretor de escola, assistente de direção e assessor pedagógico. A partir da proposta geral da Diretoria da Educação, chamado de plano estratégico e do plano de ação, cada profissional da Psicopedagogia ficou responsável por assumir as ações elencadas no documento proposto para a Diretoria de Educação e para as escolas. Isso posto, acredita-se relevante destacar que a proposta aqui apresentada constitui-se uma possibilidade de atuação psicopedagógica institucional, sabe-se que cada escola da rede é portadora e produtora de história e cultura, tendo suas singularidades e este tem a intenção de dialogar com outros estudos e ampliar as discussões. Valoriza as aprendizagens significativas, o conhecimento que os alunos já possuem sobre o mundo e, acima de tudo, o significado da intensa atividade que é aprender. Essa proposta favorecerá situações reflexivas para que os professores atuem conjuntamente com os alunos na construção dos saberes e na correlação entre eles e, por essa razão, caberá aos educadores o investimento nas competências individuais e coletivas, já que os alunos nunca aprendem da mesma forma. A partir da revisão bibliográfica delinearam-se intenções de atuações para trabalhar as questões pertinentes às relações de ensinantes-aprendentes, entre professor e aluno; buscar o aprimoramento da qualidade de aprendizagem dos alunos da rede; elaborar projetos educacionais facilitadores de uma aprendizagem mais dinâmica e significante; aprimorar, junto ao professor e assessores pedagógicos, recursos pedagógicos que contribuam para o processo de aprender. Sob a perspectiva acima descrita, entendeu-se que a proposta de trabalho psicopedagógica compreende que está relacionado principalmente ao trabalho de formação continuada do professor, para que, de fato, possa colaborar com as expectativas acima mencionadas. Na sequência, a partir dos estudos e supervisão psicopedagógica, apresenta-se a proposta de atuação psicopedagógica, em função da problemática acima anunciada, levando em consideração a história, os aspectos culturais e as necessidades de cooperação e apoio da Psicopedagogia para as ações da Diretoria de Educação.
A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL ESCOLAR
Conforme os estudos de Noffs1, "A prática psicopedagógica institucional na trajetória dos atores e autores propicia interpretações e análises que não dão por acabado o trabalho, mas encaminham direções a serem refletidas muito mais no âmbito profissional psicopedagógico".
Bossa2, com relação à Psicopedagogia preventiva, afirma que "podemos dizer que o nosso sujeito é a instituição, com sua complexa rede de relações". A partir dessa reflexão, podemos dizer que a instituição é um espaço físico e psíquico da aprendizagem, local e objeto de estudo da Psicopedagogia. Os procedimentos didáticos que interferem na aprendizagem devem ser analisados e discutidos, a fim de que possam ser ressignificados.
De acordo com Fagali & Vale3, o trabalho preventivo está relacionado ao desenvolvimento de assessorias para pedagogos, orientadores e professores das instituições de ensino. Nessa perspectiva, o trabalho preventivo tem o seguinte papel:
"Trabalhar as questões pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os procedimentos pedagógicos, integrando o afetivo e cognitivo, através da aprendizagem dos conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento"3.
O trabalho psicopedagógico de cunho preventivo destaca-se em variadas formas de intervenção:
- releitura e reelaboração no desenvolvimento das programações curriculares, centrando a atenção na articulação dos aspectos afetivos-cognitivos, conforme o desenvolvimento integrado da criança e do adolescente;
- análise mais detalhada dos conceitos, desenvolvendo atividades que ampliem as diferentes formas de trabalhar o conteúdo programático. Nesse processo, busca-se que o aluno atue operativamente nos diferentes níveis de escolaridade. Complementa essa prática o desenvolvimento de projetos institucionais para as escolas da rede;
- criação de materiais de orientação, textos, palestras para contribuir com a prática docente, assim como, nas estratégias de ensino-aprendizagem, desenvolvendo o raciocínio, construindo criativamente o conhecimento, integrando afeto e cognição no diálogo com as informações (Fagali & Vale3).
Na concepção de Allessandrini4, no que se refere ao papel do psicopedagogo em instituições de ensino:
"O psicopedagogo pode reprogramar projetos educacionais facilitadores de uma aprendizagem mais dinâmica e significante, supervisionando programas, treinando educadores e atuando junto a profissionais de educação, ou então buscando o aprimoramento da qualidade de aprendizagem do sujeito que apresenta dificuldades escolares"4.
Em conformidade com os estudos apresentados, Porto5 descreve que o trabalho psicopedagógico institucional escolar pode possibilitar a construção da autonomia do professor, de repensar a sua postura diante da ação pedagógica e do desenvolvimento da autoria de pensamento desse profissional.
Nesse sentido, Miranda6 aponta, em seus estudos, a necessidade de projetos voltados para a formação continuada dos docentes, bem como de projetos voltados para o desenvolvimento do aluno no ambiente escolar.
Ao levarmos em consideração os dados acima, entende-se que, para a realização de um trabalho psicopedagógico, é necessário ao psicopedagogo estar inteirado das pesquisas que fazem referência ao pensamento da criança e do adolescente, de como interagem com o meio a sua volta, e de que maneira constroem e apreende saberes. Nesse sentido, acredita-se que os ideais piagetianos podem contribuir para a compreensão da ação psicopedagógica, no que se refere ao processo de aquisição de conhecimento das crianças. Assim, a experiência aqui descrita tem utilizado como referencial teórico os estudos piagetianos, de seus colaboradores. Os estudos de Piaget vêm ao encontro dos anseios deste relato, e as palavras de Miranda6 elucidam muito bem tais apontamentos.
É possível considerar que sua teoria liberta o aluno para a aprendizagem, no sentido de favorecer a retirada do rótulo de problema de aprendizagem e, ainda, oferece aos educandos elementos para identificação de possíveis causas do rendimento insatisfatório, fazendo-os refletir sobre o processo de ensino e oferecendo-lhes elementos para responder às questões que emergem de sua ação. Em outras palavras, os pressupostos piagetianos podem respaldar o processo de ensino e aprendizagem, não obstante as dificuldades de transposição de uma teoria do desenvolvimento para a prática docente, ou seja, para uma teoria do ensino6.
Estudos iniciais realizados, em Piaget7 assinalam que o fracasso escolar muitas vezes pode ser originário da própria condução do ensino, ou seja, da forma como o professor conduz a interação do seu aluno com o conhecimento. É fundamental, segundo o autor, que as propostas educativas sejam pautadas em um ensino ativo, capaz de propiciar a invenção e a criação por parte dos alunos e dos próprios professores. Porém, o que se percebe, na realidade educacional, são propostas que evidenciam um ensino programado, ordenando os conteúdos de maneira linear. Dessa maneira, percebe-se a atuação psicopedagógica escolar como uma das possibilidades de contribuir para a formação continuada dos docentes e para o desenvolvimento escolar dos alunos, constituindo-se como um trabalho psicopedagógico preventivo. Contudo, acredita-se que uma proposta psicopedagógica que leva em consideração a dimensão preventiva em sua atuação apresenta o trabalho em Psicopedagogia escolar como uma possibilidade de reprogramar projetos escolares, em função da aprendizagem discente e docente.
Identificamos nas pesquisas realizadas por Noffs1 que a prática psicopedagógica institucional deverá criar e manter vínculos sadios como elemento essencial para que as relações grupais de interação e integração ocorram. Essas relações aliadas à "busca do conhecer e do refletir" - agir e refletir é o elemento da prática psicopedagógica institucional como a inovação da escola. Divisam-se assim possibilidades do envolvimento profissional da escola-educador - em torno de seu programa pessoal, profissional e do desenvolvimento organizacional.
Dessa forma, o trabalho tem como pressuposto que "a Psicopedagogia tem como foco o estudo das modalidades de aprendizagem desencadeadas e/ou possibilitadas pela instituição - escola. Sua intenção é cuidar da prevenção e enfrentamento de conflitos envolvendo a escolarização.
Este trabalho pressupõe uma postura profissional (e de vida) do indivíduo consigo mesmo e com a coletividade em que convive, a parir dos papeis desenvolvidos na instituição"1.
A ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM CAJAMAR
Muitos autores da Psicopedagogia tem-nos apontado que o trabalho psicopedagógico desenvolvido em instituições educativas tem como marca o aspecto preventivo. O psicopedagogo tem a possibilidade de direcionar o seu trabalho para a formação continuada do educador, com o objetivo de promover a sua aprendizagem, e, consequentemente, a aprendizagem de seus alunos. A partir dessa reflexão, concorda-se com as seguintes palavras:
"Desta forma, a busca de alternativas para a formação dos educadores é uma das tarefas mais importantes do psicopedagogo preocupado com o caráter preventivo de sua prática nessas instituições. Investigar, analisar e pôr em prática novas propostas para uma formação de educadores que os habilite a estabelecer relações mais maduras e conscientes com os alunos e com a equipe escolar apresenta-se então, como um dos mais fortes desafios ao psicopedagogo comprometido com a educação em instituições"8.
Em função desse contexto, o trabalho psicopedagógico iniciou uma importante parceria com a equipe técnica composta por: supervisores, assistentes pedagógicos das diferentes áreas. Nesse processo, iniciamos estudos sistematizados e que fornecem subsídios aos professores para repensarem seus saberes e práticas, no cotidiano das salas de aula. Durante esse período de estudos, buscamos aperfeiçoar mais sobre a abordagem educacional das escolas de Cajamar, a fim de ampliar saberes, bem como, colaborar com a constante formação em serviço dos docentes.
Um dos aspectos desenvolvido nas escolas é o exercício da escuta dos atores da comunidade escolar que compõe as escolas municipais. As brechas para a realização de um trabalho psicopedagógico, de cunho preventivo e institucional, produziram os seus primeiros sinais.
Os professores se mostraram disponíveis a trabalhar junto às psicopedagogas, pois, os docentes e a psicopedagogas começaram a compreender a importância de "escutar" as necessidades de seus alunos e as suas próprias. Percebemos, além disso, que os estudos sobre o exercício da escuta docente, na atualidade, não estão restritos à experiência psicopedagógica.
Há sinais, em torno dessa discussão, nas produções de Miranda6: "Ensinar não é apenas transmitir informações a um ouvinte. É ajudá-lo a transformar suas ideias. Para isso, é preciso conhecê-lo, escutá-lo atentamente, compreender seu ponto de vista e escolher a ajuda certa de que necessita para avançar: nem mais nem menos" (Curto, 2000 apud Miranda6).
Cremos que a experiência institucional que está sendo promovida em Cajamar pôde contribuir para uma melhor compreensão do trabalho da Psicopedagogia escolar, para profissionais da área.
Desse modo, apresentam-se o plano de ação do grupo de psicopedagogas da Rede Municipal de Cajamar.
A Psicopedagogia surge para colaborar com a qualificação do processo de aprendizagem humana, em seu sentido preventivo e corretivo.
Para contribuir efetivamente com o processo de aprendizagem, buscando a qualidade do processo de ensino oferecido nas escolas é que a Prefeitura de Cajamar e a Diretoria de Educação desse Município abriram concurso, edital em 2007, para o cargo de psicopedagogo, onde cinco psicopedagogas foram aprovadas, constituindo-se a primeira equipe psicopedagógica a integrar a equipe de especialistas já existentes na rede. Concordamos com Noffs1 ao identificar que "a psicopedagogica concretiza-se na articulação com o pedagógico. Conhecer o cotidiano da escola, com suas operações até rotineiras, ou repetitivas, pode ser o ponto impulsionador da compreensão prática da Psicopedagogia como o sentido pedagógico, chegando até as questões didáticas. O olhar da Psicopedagogia condensa-se nas modalidades de aprendizagem - veiculadas e vinculadas por ensinantes e aprendentes, com estilos de participação diferenciados"1.
A implantação do serviço de Psicopedagogia aconteceu em fevereiro de 2008. Inicialmente, as psicopedagogas acompanhavam o trabalho desenvolvido nas escolas (durante um semestre) em parceria com um supervisor de ensino e seu trabalho era voltado para as questões pedagógicas e administrativas nas unidades escolares.
Esse trabalho era realizado na parceria com outros profissionais da equipe técnica composta de assistentes pedagógicos por área de conhecimento (comunicação, alfabetização, matemática, arte, história, geografia, ciências, educação especial, posteriormente educação física) e especialistas como fonoaudiólogas e psicólogas.
Em abril de 2009, duas psicólogas e duas fonoaudiólogas que pertenciam à Secretaria da Saúde retornaram para o atendimento clínico na respectiva secretaria e uma fonoaudióloga em cargo comissionado permaneceu na Diretoria de Educação.
O objetivo nesse ano foi conhecer a rede de ensino por meio de participações em reuniões, observações de alunos e contato direto com professores. Nesse momento, o trabalho psicopedagógico não priorizava o aluno com dificuldade de aprendizagem e sim o funcionamento pedagógico como um todo.
Frente a esse cenário e ao grupo multidisciplinar, é que as psicopedagogas sentiram necessidade de propor um trabalho diferenciado na linha de atendimento ao aluno com dificuldades de aprendizagem na visão psicopedagógica.
Para a Psicopedagogia, "a dificuldade é um termo que caracteriza momentaneamente o procedimento de uma pessoa em relação a um objetivo. A dificuldade se manifesta quando, em sua trajetória, a pessoa encontra obstáculos"9.
Para atender às 29 escolas, com um total de 10.508 alunos, as cinco psicopedagogas dividiram-se em seis escolas cada uma, visando ao estabelecimento de uma articulação nos diferentes segmentos com a comunidade escolar (pais, alunos, professores, funcionários).
Junto à gestão, na unidade escolar, a supervisão, na Diretoria de Educação e a partir dos dados fornecidos pelo professor, da observação do aluno em sala e que se realizava a avaliação psicopedagógica preliminar e entrevista com o responsável pelo aluno.
Se confirmada a necessidade de intervenção psicopedagógica, iniciava-se o processo de atendimento propriamente dito, que buscava desenvolver habilidades para seu desenvolvimento cognitivo, pedagógico e afetivo.
Para tanto, firmava-se um contrato com o responsável onde se explicitava o cronograma, a duração (aproximadamente de 60 minutos) a modalidade (grupo ou individual) e a periodicidade (quinzenal), no contra turno, na própria escola.
As práticas realizadas em cada Unidade Escolar eram socializadas em reuniões semanais na Diretoria de Educação com a equipe técnica.
Tal modelo implantado em agosto de 2008 permaneceu durante o ano de 2009 até junho de 2010.
Em 2009, as Reformulações são planejadas, há contratação de uma Assessoria Especifica em Psicopedagogia, visando a aproximar mais a atuação psicopedagógica na dimensão da prevenção dos problemas de aprendizagem dos alunos matriculados na rede de Cajamar.
Nessa perspectiva, em fevereiro de 2010, foi desencadeada uma revisão da estrutura na figura de um novo diretor que tinha como meta não romper com a linha em curso.
Diante da reformulação, na estrutura do funcionalismo da Equipe Técnica Pedagógica da Diretoria de Educação no referido período, as psicopedagogas, partindo de discussões e reflexões no grupo, decidiram por modificar o trabalho para melhor atender às exigências da Diretoria de Educação, sem prejudicar o acompanhamento às escolas, pois se percebeu a necessidade de reuniões para tomada de decisões e novos encaminhamentos para a Educação do município.
No 1º semestre de 2010, foram realizadas várias coletas de dados por meio de um questionário com os professores, diretores, assistentes pedagógicos e supervisores que foram analisados em reuniões na diretoria e que, após a interpretação de dados, subsidiou a elaboração de novos rumos ao trabalho que vinha sendo realizado.
A partir do mês de agosto do atual ano, o acompanhamento psicopedagógico priorizou o apoio aos professores nas unidades escolares e aos professores das salas de recuperação paralela. A ideia norteadora do projeto de recuperação paralela beneficiaria mais alunos, pois os mesmos contavam com apoio pedagógico específico, transporte e alimentação, o que não ocorria nos grupos anteriormente atendidos pelas psicopedagogas no contra turno.
Os acompanhamentos aos alunos das salas regulares permaneceram da mesma forma, ou seja, mediante envio de ofício da escola, o aluno era observado em sala e, se necessário, passava por avaliação psicopedagógica, o professor era orientado e realizavam-se os encaminhamentos internos (recuperação paralela) e externos (área da saúde e serviço social) à escola.
Nesse modelo de trabalho fez-se necessário estreitar a parceria com assistentes pedagógicas de alfabetização para respaldar os professores quanto à aprendizagem dos alunos em se tratando da recuperação e qualificação da mesma.
Em 2011, novamente sob a direção de Lucia Maria de Carvalho, o trabalho da Diretoria de Educação voltou-se para o estreitamento da parceria entre as equipes, sendo a supervisão a equipe mediadora, e a supervisora Maristela de Souza Giusti a coordenadora da equipe das psicopedagogas.
O foco de trabalho voltou-se ao fortalecimento do trio gestor, professor e família, sendo priozadas as escolas de Ensino Fundamental I e II.
As escolas de Educação Infantil foram acompanhadas e receberam orientações conforme demanda solicitada pela supervisão.
Em se tratando da EJA, a psicopedagoga participou das formações na Diretoria de Educação, contribuindo para o reconhecimento do perfil do segmento.
Em junho de 2011, a equipe de psicopedagogas amplia sua formação em parceria, na medida em que realiza visitas às escolas visando ao desenvolvimento "do olhar", "da escuta" e "da fala", habilidades essenciais ao desempenho profissional. Essa ação é realizada em equipe, onde a responsável pela unidade escolar (diretora, assessora) apresenta os ambientes de aprendizagem, que, em seguida, são analisados por toda a equipe.
Ao fornecer o feedback, após o conhecimento do ambiente (pela visita), a elaboração, compreensão e recomposição das atividades pedagógicas a partir da reflexão coletiva entre todos os seus membros foi se qualificando na medida em que simultaneamente eram realizados os estudos que permitissem ampliar os conhecimentos e subsidiar a construção de novas ações que permitissem o desenvolvimento e o autoconhecimento de cada elemento da equipe.
Autores como John Dewey, Zabala, Paulo Freire, Malcolm S. Knowles, Edgar Morin, Jacques Delors e Hernandez Ventura foram estudados para subsidiar as reflexões no grupo.
As ações iniciais descritas neste documento revelam o deslocamento do trabalho clínico desenvolvido na 1ª fase do trabalho dos psicopedagogos em 2008/2009, para a articulação com o trio gestor e, consequentemente, contribui para a construção de um novo perfil do psicopedagogo, mais próximo aos assessores pedagógicos e professores, em caráter preventivo no processo ensino-aprendizagem, levando a discussões e reflexões que contribuam para a prática pedagógica dos gestores e professores.
Desfocar o trabalho direto com aluno e focar na assessoria psicopedagógica à equipe gestora indica o deslocamento do trabalho clínico e norteia um trabalho psicopedagógico institucional, para esta, requer uma mudança de paradigma na ação dos psicopedagogos onde sua diferenciação com a equipe do Atendimento Educacional Especializado ocorra.
Priorizar e focar a assessoria junto ao assessor pedagógico, para que esse, na sua função pedagógica tenha subsídios para continuar as discussões/reflexões e contribuições psicopedagógicas, para continuarem o trabalho com os professores na prevenção dos problemas de aprendizagem de seu grupo classe.
Neste ano, o trio gestor na parceria estreita com a supervisão e as psicopedagogas assumirão o compromisso com a ação educativa desenvolvida nas escolas.
Durante o ano de 2011, duas profissionais da psicopedagogia deixaram o grupo, Amanda Carolina Savioli solicitou exoneração, assumindo o cargo de professora na Prefeitura de São Paulo e Simone Catarina de Oliveira, que se afastou do trabalho durante três anos, por motivos particulares.
A profissional da fonoaudiologia em cargo comissionado (Maria Cristina D. Martins), que até então assumia a função de coordenadora do grupo de especialistas, foi para o cargo em concurso público na saúde.
Sendo assim, em 2012, essa diretoria contou com três profissionais da psicopedagogia acompanhando às escolas de Ensino Fundamental I e II sob o âmbito de orientações ao trio gestor, professor e família e a Educação Infantil conforme demandas da supervisão.
Tendo em vista o número de escolas, o número de profissionais em psicopedagogia, agrupamos as referidas escolas em três pólos, geograficamente destribuídos onde cada psicopedagoga será responsável por um pólo.
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
No âmbito escolar, propõe-se uma parceria mais estreita com os profissionais responsáveis pela recuperação paralela na rede.
Junto ao supervisor e trio gestor, levantar-se-á dados sobre aqueles alunos que apresentaram aprendizagem abaixo do esperado para o ano/série.
A partir dos dados obtidos, realiza-se uma discussão com a equipe, considerando os registros de mapeamento, conselhos de classe, portfólios, relatórios do professor e informes psicopedagógicos, se houver, e reuniões bimestrais, pós conselho de classe, a fim de realizarmos discussões de casos, socializar avaliações e observações sob o olhar da especificidade, assim como, levantamento de demandas e encaminhamentos necessários.
Essa discussão permite a orientação contextualizada, bem como identificação de necessidades específicas de formação quanto ao processo ensino- aprendizagem na Unidade Escolar.
CARACTERIZAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO PSICOPEDAGÓGICO
Em 2011, os psicopedagogos no início do ano letivo fizeram o acompanhamento pós diagnóstico inicial nas escolas, na medida que o professor com maior propriedade relatou sobre o desempenho escolar de seu aluno com dificuldades de aprendizagem, momento este que, professor, psicopedagogas e gestoras da unidade escolar puderam elencar prioridades e os encaminhamentos pedagógicos adequados, para direcionar a ação do professor em busca do avanço na aprendizagem dos mesmos, assim como, o encaminhamento para a recuperação paralela, quando necessário.
Em 2012, ficou acordado junto à coordenação da equipe técnica, chefe de departamento, psicopedagogas, coordenadora do grupo das psicopedagogas e assessora externa deste, que a prioridade deverá ser o fortalecimento do trio gestor na unidade escolar.
Por pólos, o psicopedagogo como membro do quarteto gestor, participará de reuniões sistemáticas, onde serão elencadas as prioridades para a atuação psicopedagógica em consonância com esse documento.
Essas prioridades foram estudadas pelos psicopedagogos para que posteriormente elaborem planos específicos do acompanhamento do trabalho respeitando o contexto de cada unidade escolar.
O acompanhamento psicopedagógico aconteceu nas escolas de Ensino Fundamental I, com foco aos alunos com dificuldades de aprendizagem a partir do 3º ano e Fundamental II, Educação Infantil e EJA, conforme solicitação da supervisão.
As ações nas escolas foram voltadas às orientações ao trio gestor, professor e família quanto às dificuldades de aprendizagem, verificada pelos professores e gestores, entre o mês de março e novembro.
Com o trio gestor, foi realizada uma reflexão aprofundada sobre as prioridades elencadas, retomando as orientações com intuito de verificar o desenvolvimento, progresso e os entraves identificados no processo.
Esse fator é importante para a solidificação da articulação das ações propostas para e na Unidade Escolar.
Dessa forma, os pólos do acompanhamento psicopedagógico ficaram organizados da seguinte forma:
- Pólo Cajamar
- Pólo Jordanésia
- Pólo Polvilho
OBJETIVOS
Objetivos Gerais
- Contribuir com a formação continuada dos profissionais da educação em Cajamar, visando à qualidade do ensino;
- Fortalecer a parceria com supervisores, gestores, assistentes pedagógicas e professores, visando às salas de recuperação paralela diretamente e de forma indireta com a prevenção de problemas de aprendizagens das salas regulares, com foco na articulação qualificada.
Objetivos Específicos
- Contribuir para minimizar os problemas de dificuldade de aprendizagem e os dela decorrentes;
- Participar de discussões dos casos de alunos com dificuldade de aprendizagem com os gestores e professores para as devidas orientações;
- Apoiar o professor da recuperação paralela com orientações quanto às intervenções que possam favorecer a aprendizagem dos alunos;
- Colaborar com a gestão escolar na elaboração de temas para pauta de reunião de pais, quando solicitado;
- Orientar a famílias ou responsáveis no processo de ensino-aprendizagem.
PÚBLICO-ALVO
A Psicopedagogia apoiará a equipe técnica da Diretoria de Educação no fortalecimento do trio gestor, no que se refere aos alunos com dificuldades de aprendizagem, matriculados na Rede Municipal de Educação de Cajamar e seus familiares.
METAS
Este documento apresenta a sistematização das metas propostas pela equipe de psicopedagogas a serem desenvolvidas a partir de fevereiro de 2012, nos seguintes eixos:
a) Escola
b) Professores
c) Alunos
d) Família
e) Equipe técnica da diretoria de educação
f) Equipe de Psicopedagogas
ESCOLA
- Socializar o plano de trabalho do psicopedagogo a ser desenvolvido no ano vigente;
- Acompanhar o trabalho desenvolvido na escola visando à qualificação do ensino na relação com a aprendizagem;
- Subsidiar a gestão escolar por meio de projetos, palestras e visitas, visando à melhoria dos ambientes de aprendizagem;
- Orientar os gestores quanto ao encaminhamento do aluno por meio de ofício para a assistente pedagógica de Educação Especial e Assistente Social, quando necessários;
- Participar do planejamento anual e Conselho de Classe, socializando informações dos alunos acompanhados;
- Participar do processo de aplicação das provas do SARESP, bem como da correção e análise das mesmas.
DOCENTES
- Colaborar com a formação em serviço do professor nas situações envolvendo a Psicopedagogia;
- Assessorar o professor da sala regular em situações específicas envolvendo as dificuldades de aprendizagem;
- Orientar a unidade escolar quanto à aquisição e elaboração de materiais que contribuam à aprendizagem;
- Atender às solicitações registradas por ofício, em relação aos alunos encaminhados pela supervisão;
- Colaborar na assessoria aos professores responsáveis pela recuperação paralela nas unidades de ensino.
ALUNOS
- Observar os alunos encaminhados pela supervisão em diferentes ambientes de aprendizagem;
- Levantar dados na referência psicopedagógica do aluno, visando a orientações para o professor e gestores quanto à dificuldade de aprendizagem;
- Analisar os dados coletados (professores, observação em aula, instrumentos psicopedagógicos específicos de avaliação) visando à articulação escola-família;
- Contribuir para a compreensão de sua identidade visando sua autoestima e bem-estar.
FAMÍLIAS
- Subsidiar a família na compreensão de sua dinâmica e seu funcionamento em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem do aluno;
- Orientar quanto aos encaminhamentos do aluno com hipótese de deficiência, à Assistente de Educação Especial, que dará prosseguimento aos encaminhamentos internos e externos a Unidade Escolar.
EQUIPE TÉCNICA - REDE MUNICIPAL DE CAJAMAR
- Participar das reuniões planejadas pela equipe;
- • Colaborar com as reflexões e decisões envolvendo o trabalho na escola;
- Colaborar com a integração entre as equipes da Diretoria de Educação.
EQUIPE DE PSICOPEDAGOGAS
- Compartilhar ações psicopedagógicas nas unidades de ensino;
- Construir protocolos do trabalho desenvolvido pela equipe, visando ao desenvolvimento qualitativo das atividades psicopedagógicas na rede de Cajamar;
- Promover o estudo e a atualização dos profissionais da Psicopedagogia em exercício.
META A LONGO PRAZO
- Buscar articulação entre outras secretarias do município, a fim de propiciar melhorias no atendimento dos alunos com dificuldade de aprendizagem de forma multidisciplinar, requerendo a construção do Centro de Apoio à Aprendizagem;
- Buscar o aprimoramento das aprendizagens dos alunos e fortalecimento de gestores e professores no que se refere às dificuldades de aprendizagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Esperava-se, com a parceria da supervisão, instrumentalizar os gestores e professores para melhor desenvolver a sua prática pedagógica, buscando aumentar a qualificação da aprendizagem e, assim, diminuir a incidência de encaminhamentos dos alunos com dificuldade de aprendizagem.
Com o fortalecimento do trio gestor, a expectativa é que a escola atinja uma melhoria na qualidade da educação e na identidade de sua escola, especificamente no processo de ensino-aprendizagem.
E como meta a longo prazo, a organização/implantação de um Centro Multidisciplinar de Apoio à Aprendizagem, buscando-se resgatar as potencialidades relacionadas ao processo ensino-aprendizagem daqueles alunos com dificuldade de aprendizagem instaladas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pretende-se reafirmar, com o presente relato, a necessidade e a importância de constituir, constantemente, especialmente na equipe de psicopedagogos, uma frequente reflexão em torno da sua prática. A literatura estudada permite compreender claramente a relevância de seu papel e de suas atribuições, levando em consideração as bases teóricas que auxiliam sua prática e a contínua reflexão.
Desse modo, Piaget7 nos ajuda a pensar sobre a influência da uma reestruturação pedagógica para o trabalho do psicopedagogo escolar. O autor descreve a urgência de as escolas passarem por uma reforma radical, a favor de métodos ativos de aprendizagem em que o aluno seja o construtor de seu saber e não apenas um mero receptor de conteúdos.
A proposta de atuação psicopedagógica institucional na Rede Municipal de Cajamar, descrita no presente artigo, intentou compreender as atribuições do psicopedagogo na Educação. Ao longo dos estudos e da prática vivenciada na escola, entendeu-se que o serviço está relacionado, principalmente, com o trabalho de formação continuada do docente.
Portanto, o desafio é encontrar alternativas de ação que viabilizem ao professor uma reflexão sobre sua atuação docente, ou seja, sobre sua própria prática, a fim de que se encontrem caminhos prováveis para se conseguir a finalidade proposta: a de promover o desenvolvimento dos nossos alunos.
Contudo, é importante destacar os dizeres de Rubinstein10, que aponta para a importância de se preservar o estilo do psicopedagogo: "Cada qual, a partir de sua história de vida, encontrará a forma peculiar de pensar, agir, sentir, fazer psicopedagogia, sustentada pelos referenciais teóricos escolhidos".
REFERÊNCIAS
1. Noffs NA. Psicopedagogo na rede de ensino: a trajetória institucional de seus atores-autores. 2ª ed. São Paulo: Ed. Elevação; 2008. [ Links ]
2. Bossa NA. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2000. 131p. [ Links ]
3. Fagali EQ, Vale ZDR. Psicopedagogia Institucional aplicada: aprendizagem escolar dinâmica e construção na sala de aula. 8ª ed. Petrópolis: Vozes; 2003. 93p. [ Links ]
4. Allessandrini CD. Oficina criativa e Psicopedagogia. 3ª ed. São Paulo: Casa do Psicólogo; 1996. 125p. [ Links ]
5. Porto O. Psicopedagogia institucional. In: Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento psicopedagógico. Rio de Janeiro: Wak; 2007. [ Links ]
6. Miranda MI. Problema de aprendizagem e intervenção escolar. São Paulo: Cortez; 2008. [ Links ]
7. Piaget J. Para onde vai a educação? Trad. Braga I. 18ª ed. Rio de Janeiro: Jose Olympio; 2007. [ Links ]
8. Cavicchia DC. Psicopedagogia na instituição educativa: a creche e a pré-escola. In: Sisto FF, org. A atuação psicopedagógica escolar. Petrópolis: Vozes; 1996. p.196-212. [ Links ]
9. Chabanne JL. Dificuldade de aprendizagem: um enfoque inovador do ensino escola. São Paulo: Ática; 2006. p.12. [ Links ]
10. Rubinstein E. Congresso sobre Dificuldades de Aprendizagem e Gestão Educacional; 2006, Salvador. p.4. [ Links ]
Endereço para correspondência:
Neide de Aquino Noffs
Rua Diana, 715
São Paulo, SP, Brasil
CEP 05019-000
E-mail: nnoffs@terra.com.br
Artigo recebido: 16/9/2014
Aprovado: 10/11/2014
Trabalho realizado junto à Diretoria de Educação da Prefeitura de Cajamar, Cajamar, SP, Brasil.