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Psicologia Clínica
versión impresa ISSN 0103-5665versión On-line ISSN 1980-5438
Resumen
VIEIRA, Bartholomeu de Aguiar y TARDIVO, Renato. A empatia e o infamiliar: Lendo “Praça Paris” como um caso clínico. Psicol. clin. [online]. 2022, vol.34, n.1, pp.35-56. ISSN 0103-5665. https://doi.org/10.33208/PC1980-5438v0034n01A02.
Neste artigo, os autores abordam a questão da empatia na clínica psicanalítica, orientados metodologicamente pelas articulações entre a estética da recepção e a psicanálise, de modo a ler o filme "Praça Paris", de Lucia Murat, como um caso clínico. Nessa obra cinematográfica, que versa sobre uma situação de atendimento psicológico conduzido por uma estagiária numa clínica-escola, a temática das identidades é posta como elemento importante no discurso social, o que, por sua vez, pode levar a usos equivocados da empatia. A partir das considerações de Sándor Ferenczi, articularemos um questionamento do lugar da identificação e discorreremos sobre suas conexões com o infamiliar, como apresentado por Sigmund Freud, com o objetivo de expor o que consideramos ser a postura ferencziana quanto ao uso da empatia na clínica. Sublinharemos como a sustentação do desejo de ser empático durante uma sessão deve estar articulada com a modalidade do juízo do analista: cogitar por que se está fazendo o que se está fazendo e até quando se deve fazê-lo. Como aponta esta leitura do filme, a característica humana de identificação tanto pode aprisionar e confundir, como servir de estranhamento diferenciador, ponto que consideramos relacionado à proposta.
Palabras clave : empatia; Sándor Ferenczi; clínica psicanalítica; infamiliar.