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Jornal de Psicanálise
versión impresa ISSN 0103-5835
J. psicanal. vol.53 no.98 São Paulo ene./jun. 2020
HISTÓRIA DA PSICANÁLISE
Nota introdutória
Divisão de Documentação da SBPSP: Mônica J. F. Saliby
Colaboradores: Evelyn Pryzant, Marcella Monteiro de Souza e Silva, Sandra Moreira de Souza Freitas
Neste número, que homenageia a AMF em seus 50 anos, a Divisão de Documentação e História publica a ata da primeira reunião da Associação de Candidatos (como eram chamados os atuais membros filiados), ocorrida em 4 de novembro de 1970, na qual é oficializada sua fundação e escolhido o primeiro corpo diretivo.
Apresentamos também trechos de duas entrevistas realizadas com as presidentes da Associação de Candidatos em seus primórdios: Amélia Thereza de Moura Vasconcellos, com gestões em 1972 e 1973, e Myrna Pia Favilli, em 1975.
Por meio desses documentos podemos observar um pouco do que se passava com os candidatos na Sociedade de Psicanálise de São Paulo à época, bem como o lugar que ocupavam na instituição naquele período. Nesse contexto compreendemos as razões para a busca de um espaço que os representasse, favorecendo a manifestação de suas inquietações e sugestões.
Um primeiro sinal de abertura ocorrera antes, em 1966, com a criação do Jornal de Psicanálise, publicação voltada para a produção teórica dos candidatos.
Tanto a AMF quanto o Jornal de Psicanálise nasceram durante as gestões de Virginia Leone Bicudo no Instituto de Psicanálise. Embora houvesse aí um clima de autoridade, deram-se sob sua direção as oportunidades de expansão dos candidatos na formação.
Esses espaços de expressão expandiram-se sobremaneira desde então. Hoje fazem parte da instituição e sustentam-se pelas mesmas razões com base nas quais foram criados: dar voz a seus membros em formação.
Considerando-se todos os nomes que estão presentes nos documentos, podemos observar que os desbravadores e pioneiros, no exercício de participação na Instituição deixaram suas digitais na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo de hoje. Em sua grande maioria atravessaram os estágios da formação, alguns tornaram-se didatas, outros, com produções teóricas singulares, ajudaram a formar as inúmeras gerações seguintes de psicanalistas.