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Revista Brasileira de Psicodrama

versión On-line ISSN 2318-0498

Rev. bras. psicodrama vol.27 no.1 São Paulo enero/jun. 2019

https://doi.org/10.15329/0104-5393.20190006 

DOI: 10.15329/2318-0498.20190006
Artigos Originais

 

Investigação sociodramática em um ato: pedagogia social a serviço da juventude1

 

A sociodramatic investigation in one act: social pedagogy in the service of youth

 

Investigación sociodramática em un acto: pedagogía social al servicio de lajuventud

 

 

Marilia J. MarinoI

IPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Educação - Departamento de Fundamentos da Educação – São Paulo/SP – Brasil  ORCID: 0000-0001-6101-2724 e-mail: marilia_marino@uol.com.br

 

 


Resumo

Os jovens do mundo de hoje experienciam desafios de diferentes ordens para a construção de seu projeto de vida e de modo particular; os jovens das classes populares, expostos a situações de vulnerabilidade, encontram poucos espaços para refletirem sobre os novos papéis sociais presentes na caminhada em direção a seu desenvolvimento pessoal-profissional. Os objetivos desta pesquisa-intervenção em um ato voltam-se para a compreensão do modo como jovens vinculados ao “Programa Ação Jovem”, desenvolvido em uma cidade do interior paulista, lidam com alguns desses desafios. O método de trabalho caracteriza-se como um Sociodrama, fundado na abordagem teórico-metodológica de Jacob Levy Moreno (1889-1974), que, como precursor da pesquisa-ação, considera todo ato sociopsicodramático um ato de investigação. Uma Pedagogia Social acontece.

Palavras-chave: pedagogia social, juventude, projeto de vida, sociodrama, espontaneidadecriatividade


Abstract

Today, young people experience challenges of different orders to construct their life’s project and in a particular way; young people from lower social class, exposed to situations of vulnerability, has fewer opportunities to reflect on new social roles present in their personal and professional development process. The objectives of this intervention-research in one act is to understand how young people of the “Programa Ação Jovem”, developed in a city in the countryside of São Paulo, deal with some of these challenges. The working method is characterized as a Sociodrama, based on the theoretical and methodological approach of Jacob Levy Moreno (1889-1974), who, as an action-research precursor, considers every sociodramatic act as an investigation. A Social Pedagogy takes place.

Keywords: social pedagogy, youth, life project, sociodrama, spontaneity-creativity


Resumen

Actualmente, los jóvenes tienen experiencias desafiantes de diferentes órdenes para la construcción de su proyecto de vida y de manera particular; los jóvenes de clases más bajas, expuestos a situaciones de vulnerabilidad, encuentran pocos espacios para reflexionar sobre los nuevos roles sociales en la caminata hacia su desarrollo personal-profesional. Los objetivos de esta investigación en un acto se vuelven para la comprensión del modo como jóvenes sujetos al “Programa Acción Joven”, desarrollado en una ciudad del interior paulista, manejan con algunos de estos desafíos. El método de trabajo se caracteriza como un Sociodrama, basado en el enfoque teórico y metodológico de Jacob Levy Moreno (1889-1974), que, como un precursor de la investigación-acción, considera todo acto sociopsicodramático un acto de investigación. Ocurre una Pedagogía Social.

Palabras-clave: pedagogía social, juventud, proyecto de vida, sociodrama, espontaneidadcreatividad


 

 

INTRODUÇÃO

A passagem da infância à idade adulta traz para o jovem desafios de diferentes ordens no aprender a lidar com novos papéis que o aguardam diante de um mundo em mudança – problemática que chama a responsabilidade dos educadores preocupados com sua formação e cidadania, com seu lugar no mundo.

Os objetivos desta pesquisa-intervenção em um ato voltam-se para a compreensão do modo como jovens vinculados ao “Programa Ação Jovem”, desenvolvido em uma cidade do interior paulista, lidam com seus desafios ao abrir-se um espaço de educação social, trabalhado à luz da abordagem sociopsicodramática, possibilitando, assim, a vivência e a reflexão para a construção de seu projeto de vida.

As indagações mobilizadoras do estudo, decorrentes dos objetivos, contemplam dois planos. O primeiro envolvendo o jovem: como o jovem exposto a situações de vulnerabilidade social lida com os desafios de seu desenvolvimento pessoal-profissional? Trata-se, assim, de explicitar como se dá esse movimento, possibilitando que os próprios jovens sejam os protagonistas ao trazerem cenas da própria vida em um contexto singular. O segundo envolvendo os primeiros passos de um caminho que se abre: como se dá a contribuição da abordagem sociopsicodramática para se pensar a Pedagogia Social? Cabe iniciar uma reflexão, considerando a convergência de perspectivas entre a obra de Jacob Levy Moreno (1889-1974) e a Pedagogia Social, ao nos voltarmos para a Educação Social.

O contexto em que o trabalho é desenvolvido acontece no Centro Cultural Pedagógico da cidade de Rio das Pedras, em 16 de julho de 2010. O trabalho integrou o ciclo “Em Cena” do 17º Congresso Brasileiro de Psicodrama e o I Encontro Ibero-Americanos de Psicoterapia de Grupo e Processos Grupais, com o tema “Tempo para o Tempo”, que ocorreu em Águas de Lindoia/SP, de 6 a 9 de setembro de 2010, promovido pela Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP) e pela Associação Internacional de Psicoterapia de Grupo e Processos Grupais (IAGP). De natureza processual, o Congresso nesse seu ciclo integrou ações sociopsicodramáticas no Brasil e no exterior e em seu Ponto de Encontro (o encontro presencial dos congressistas). Na condição de coordenadora do ciclo EM CENA-Brasil, tivemos a oportunidade de constatar o engajamento dos psicodramatistas em inúmeros trabalhos de responsabilidade social cidadã, de que este é uma mostra, envolvendo ações voltadas para diferentes contextos e áreas de atuação, como a clínica, a escola, as empresas públicas e privadas, os espaços abertos, atingindo diferentes públicos.

A apresentação do trabalho no IV CIPS com o tema “A hora e a vez da Educação Social” possibilitou estudá-lo na perspectiva da Pedagogia Social e seu compromisso com espaços da educação não formal (Gohn, 2010), explicitando a contribuição da Visada Sociopsicodramática para esse campo do saber (Fava, Marino, Sgorbissa & Wechsler, 2005). No presente artigo, evidenciamos o Sociodrama como um “método ativo”, acionador de aprendizagens significativas em que a ação é do grupo, o qual se faz protagonista.

A justificativa última e a relevância social da investigação realizada pautam-se em firmar a importância da construção de espaços sociais que implementem políticas públicas voltadas para a juventude e de modo especial, programas que considerem o jovem em situação de vulnerabilidade social, como é o caso dos sujeitos desta pesquisa-intervenção, no que se entrelaçam os objetivos da Pedagogia Social, compromissada com a cidadania e o horizonte histórico dos sociopsicodramatistas envolvidos com a transformação pessoal-social dos sujeitos, vistos como protagonistas de sua própria história.

O trabalho com três horas de duração reuniu em uma tarde cerca de 70 jovens entre usuários do “Programa Ação Jovem” (programa do Estado, endossado pela prefeitura) e seus convidados, além de contar com seus coordenadores e algumas autoridades locais, abordando temas como: desafios do mundo de hoje; papéis no contexto familiar, social, profissional/afetivo – sexual; valores e projeto de vida; construção de vínculos e o relacionarse de modo mais saudável consigo mesmo, com o outro com e com o contexto social, de acordo com os objetivos específicos levantados em conjunto com as coordenadoras do “Programa Ação Jovem” nas tratativas que antecederam a realização da intervenção.

 

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

A abordagem Sociopsicodramática e a Pedagogia Social – Embora conhecida como “Psicodrama” a qual logo se associa à clínica, a produção de Jacob Levy Moreno – médico, educador e psiquiatra – desdobra-se em muitos campos e mobiliza o profissional de diferentes formações, voltado para o trabalho com pessoas, grupos e diferentes organizações, a focar o ser humano em relação consigo mesmo, com o outro, com o conhecimento e com o mundo vivido, tendo no horizonte Educação e Saúde.

Busca-se o resgate da espontaneidade-criatividade, a aliança com a vida, muitas vezes cristalizada na forma de condutas padronizadas – “conservas culturais” que nos aprisionam e bloqueiam a abertura para lidar com o que se apresenta, para aprender, para viver de modo mais saudável, transformar e transformar-se.

No palco da vida, somos todos atores desempenhando papéis, os quais, como unidades culturais de conduta, dispõem de duas faces: a social, na forma de roteiros prontos, gerando expectativas de comportamento; e a singular, que considera nossa subjetividade, possibilitando a expressão do eu. Nas relações em seus vários contextos, tramas e dramas se configuram; assim, no palco psicodramático, somos chamados a trazer as cenas vividas ou por viver e, desse modo, explicitar as tramas, retomar o drama (ação/acontecimento) e nos reposicionarmos. Convite para que de meros atores possamos ser autores de nossa vida, de nossos projetos, do conhecimento. Podemos criar e nos recriar! A perspectiva existencial permeia toda a obra de Moreno, de Viena aos Estados Unidos, onde a consolida, mesmo sustentando certa tensão na interlocução com os cientistas de seu tempo, sob a influência do positivismo (Marino, 2002).

Em sua busca de uma ciência do homem que articule individualidade e coletividade, tendo o teatro espontâneo como raiz, o autor denomina sua obra Socionomia (do latim socius = companheiro e do grego nomos = regra, lei, o que regula); portanto, é a ciência que investiga as “leis” sociais, no como se dão as relações entre os socii e seus padrões de regularidade. Seus ramos são: a sociometria, a sociodinâmica e a sociatria e delas derivam métodos específicos de trabalho (Moreno, 1974).

A Sociodinâmica estuda as relações; é a ciência da estrutura dos grupos, visível a partir do jogo de papéis de seus membros. O método central é o Role Playing, mas vários procedimentos envolvendo diferentes linguagens se apresentam como possibilidade expressivainvestigativa. Desvela a dynamis (força e movimento) presente nas relações.

A Sociometria avalia as relações; é a ciência da medida do relacionamento humano em que o socius recebe importância maior que o metrum; investiga a posição dos sujeitos nos grupos, a proximidade e o distanciamento, considerando escolhas perante diferentes critérios. Como método de trabalho, o mais conhecido é o “sociograma”, mas há inúmeros procedimentos sociométricos já sistematizados pelos psicodramatistas contemporâneos. No presente trabalho, explicitamos um deles ao proceder o aquecimento do grupo na forma do mapeamento grupal. O fundamental é cultivar a percepção sociométrica...

A Sociatria trata e cuida das relações; é a ciência do tratamento dos sistemas sociais; a iatréia (terapêutica em sentido amplo) evoca o estar a serviço do outro, caminhar em direção à transformação. Os métodos: psicodrama, sociodrama e psicoterapia de grupo. Em nosso trabalho, elegemos o sociodrama como caminho num contrato socioeducacional. Os três ramos da Socionomia articulam-se possibilitando ao socioeducador condições de encaminhar projetos de trabalho em diferentes dimensões: no favorecer a aprendizagem significativa, no lidar com as relações de grupos de trabalho, na exploração de temas da cultura (Marino, 1992).

Não é aqui o espaço para situar toda a teoria moreniana e seus ricos conceitos, mas cabe destacar o conceito de encontro (de natureza filosófico-poética) que se desdobra no de tele (de natureza científica, evidenciando a percepção de dupla direção) e que, por sua vez, reverte no conceito de inversão de papéis (de natureza metodológico-técnica, chamando à importância de nos colocarmos no lugar do outro). Se, por um lado, há críticas no sentido de falta de sistematização da produção moreniana (o que os contemporâneos buscam reparar e desenvolver), por outro lado, há lúcidas articulações que nos permitem ver os conceitos em movimento e de uma referência do pensamento fazerem-se ação.

No empenho de construir uma Pedagogia Sociopsicodramática, as relações com Paulo Freire evidenciam-se na busca de articular o pensar com um agir ético, o individual e o coletivo, considerando o ser humano em situação e visando a seu desenvolvimento como pessoa e como membro de uma sociedade (Freire, 1970; 1996).

A educação é vista como um processo social em que nos construímos como seres humanos, e se somos herdeiros de uma cultura, também podemos, além de socializá-la, recriála, cuidando para que direitos e deveres sejam aprendidos e vividos na Escola e para além de seus muros, em projetos sociais, prioridade da Pedagogia Social.

Fava et al. (2005) em seu trabalho “Educação em co-criação” tecem essas pontes e nos possibilitam dizer que uma Pedagogia Sociopsicodramática é uma Pedagogia Social pelas preocupações comuns voltadas para a emancipação da pessoa e do cidadão para a transformação pessoal-social.

Caminho e procedimentos – A natureza da investigação encontra na pesquisa qualitativa modalidade participativa, aqui considerada pesquisa-intervenção, seu marco referencial. Como pesquisa qualitativa (Martins & Bicudo, 1989), está voltada para a compreensão da experiência humana do lugar dos sujeitos e da pesquisadora. A descrição e a leitura explicitativa dos desafios de ser jovem no mundo de hoje encontram nas bases fenomenológica-existenciais o suporte no cuidado de descrever o vivido e buscar seus sentidos, o que se dá sempre em uma perspectiva. Longe da neutralidade apregoada pela ciência positivista, há pessoas em relação, há envolvimento. O rigor está em clarear os pontos de partida. Como pesquisa-intervenção, parte-se de um trabalho em cocriação, em que os sujeitos e a pesquisadora constroem juntos o conhecimento (Marino, 2002). Como atores sociais envolvidos aqui em ato socioeducativo, caminha-se do vivido para o pensado. Um fazer ciência reflexivamente em que a Metodologia Científica é constituída pelos princípios da Socionomia e o caminho (methodos) é o Sociodrama (Brito, 2006).

Jacob Levy Moreno    pode ser considerado um dos precursores tanto da pesquisa qualitativa, quanto da modalidade interventiva; em suas obras, estão as referências para a posição defendida pelos sociopsicodramatistas contemporâneos de que todo ato sociopsicodramático tem uma natureza investigativa. Em cada ato, sujeitos e profissionalpesquisador dão-se a conhecer, diante da situação experienciada, a partir da qual se visa à sistematização do conhecimento e à transformação pessoal-social.

Do contexto e sujeitos, onde e com quem se realiza o trabalho, cabe complementar ao já anunciado a importância do Programa Ação Jovem que tem trazido às pequenas cidades do interior, como é o caso de Rio das Pedras, com aproximadamente 30 mil habitantes, a esperança que decorre do investimento na juventude. Uma rede de relações foi mobilizada para que o encontro fosse possível.

Dos procedimentos e instrumentos para a investigação sistemática, contamos com o registro escrito e fotográfico realizado por uma das coordenadoras a partir do qual foi construído o protocolo do trabalho. Contamos também com depoimentos dos jovens e demais participantes, solicitados ao final do trabalho, que também constam deste texto.

Os cuidados éticos foram assegurados pelo assentimento das coordenadoras do Programa que participaram de todo o ato; delas recebemos a autorização para disponibilizar os dados com a finalidade de estudos científicos, promovendo o Programa e a cidade, mantendo o anonimato dos jovens participantes.

O método trabalhado foi o Sociodrama que, segundo Moreno, é um método de ação profunda que pesquisa temas coletivos e dramas intergrupais (Moreno, 1975); aqui o protagonista é o grupo, como poderemos constatar na apresentação do protocolo. As experiências de cada participante são tramadas em cenas coletivas e possibilitam o reconhecimento de si no drama que já não é mais meu ou seu, mas do coletivo (Contro, 2011). Atentou-se para as referências que fundam a prática psicodramática em sua arquitetura epistemológica: contextos (o social, o grupal e o psicodramático – o palco imaginário do “como se”); as etapas (aquecimento, dramatização e o compartilhar/elaborar); e os instrumentos (protagonista – no caso o grupo, a plateia e a diretora – aqui, a socioeducadora e pesquisadora; egos auxiliares – emergentes do grupo e cenário/palco).

As técnicas básicas que marcam a intervenção da direção na ação dramática foram fundamentalmente a entrevista, o solilóquio (o falar com seus botões) e a inversão de papéis nas cenas e com a plateia, também solicitada a se manifestar, colocando-se no lugar dos atores no palco (Cukier, 2002).

 

O TRABALHO DE CAMPO/DESCRIÇÃO

Aquecimento

Primeiro momento – Após a abertura do encontro por uma das coordenadoras do Projeto, apresento-me como filha da terra, feliz por poder realizar um trabalho com os jovens e assim retribuir algo à minha cidade. Trabalho com formação de professores, educadores e é uma oportunidade especial estar com os jovens, conhecer melhor suas preocupações e o que sua geração entende por desafios. Ajudar a preparar melhor os educadores. Cada tempo de vida tem sua marca, mas algo perdura ao longo de nossa existência como ser humano: o ter que dar conta de ser cada um, si mesmo: João, Maria, Adriana. Agradeço o apoio recebido e a presença de todos. Será um trabalho diferente, construído junto: “Psicodrama”, que tem como base o Teatro Espontâneo (vamos construir nossas peças); aí, somos atores e autores de nossa própria vida, que para “dar conta de ser” estamos sempre em relação com o outro. O desafio: sermos mais espontâneos e criativos.

Faço uma pequena cena no palco. Ocupo o espaço num dos lados: imaginem um adulto nos falando: “Como você faz isso? Não é mais criança...”. Do outro lado: “Quem você pensa que é fazendo isso? Ainda não é adulto, não está sobre seus próprios pés”. Assim, temos um tempo do não mais (a criança) e do ainda não (adulto). Um tempo de passagem em que podemos nos projetar (pro-jectare) e construir nosso projeto de vida, diante das novas responsabilidades que se apresentam: com o corpo que está em mudança, com o lugar na família, na escola, com os amigos, com a escolha de uma profissão, as responsabilidades com a cidadania, o marcar nossa presença no mundo.

Hoje, vamos pensar juntos, mas não na forma de uma conferência, e sim brincando de sermos “arteiros”: música, dança, poesia e dramatização nos aguardam. Vamos mexer com nossa imaginação: psico (psikhé) nosso mundo interior e drama (ação) – Psicodrama!

Segundo momento – Convidamos a todos para se dirigirem ao hall de entrada – espaço amplo, sem cadeiras fixas, onde poderemos nos reconhecer; pedimos autorização para que as anotações e as fotos do trabalho possam integrar estudos científicos, recebendo a anuência verbal de todos. O deslocamento é rápido. Os jovens estão envolvidos. Formamos uma grande roda e fazemos o aquecimento corporal focando vários ritmos em diferentes músicas, relacionando-os a como experienciamos o tempo...

Terceiro momento – Tem início o mapeamento sociométrico, com deslocamento espacial e uma rápida interação entre os que se agrupam por identificação, considerando cada critério. Solicitamos palavras/frases que foram vocalizadas por todos.

1. Integrantes do programa de um lado e convidados de outro – Integrantes (maioria): Agito Jovem. Convidados: O Programa Ação Jovem é uma oportunidade de vida!

2. Nascidos ou não na cidade – Riopedrenses (maioria): RDP, estamos aí para fazer uma geração de jovens evoluir. Naturais de outras cidades: Rio das Pedras, cidade acolhedora!

3. Bairros: O que temos / O que queremos

- Bairro Nosso Teto: Temos União / Queremos Reconhecimento;

- Bairro Sem Terra: Temos Escola / Queremos melhor Educação;

- Bairro Massud Coury: Temos Alegria / Queremos Transporte melhor; 

- Bairros Bom Jesus, Centro e Sta. Maria: Temos locais que reúnem pessoas / Queremos Esporte, Lazer e Cultura;

- Bairro Pombal: Temos Painco (empresa na cidade), Campo, Creche / Queremos mais Segurança;

- Bairro São Cristovão: Temos o Poli / Queremos a reforma do Poli;

- Bairros Cambará e D. Rosina: Temos um Campo para esporte / Queremos Iluminação melhor;

- Bairros Bom Retiro, Bom Jardim e Sto. Antonio: Temos Gente boa / Queremos melhorar as condições de vida.

Quarto momento – A direção solicita que todos em roda se sentem no chão para um mergulho interior. Vamos passar o filme de nosso dia a dia, olhando para o mundo interior... o que fazemos desde que começa o dia, os locais que frequentamos, com quem nos encontramos... O que pede para colocarmos uma lente de aumento? Uma cena que conta do ser jovem: onde estou, com quem, o que está acontecendo... Podem ir se levantando os que encontraram a cena. Quando a maioria está em pé, a direção solicita que tirem uma foto mental... atribuam um nome para essa cena/situação. A direção informa que faremos sete grupos em torno das palavras que ressoem com nossa foto. Surgem: Minha formatura, Diversão, Diálogo, Faculdade, Oportunidade de emprego, Seriedade, Ansiedade.

Os grupos são formados, compartilham suas fotos e são informados que, a partir do comum que os reuniu, são desafiados a montar uma “cena para ser apresentada”. Materiais e adereços são colocados no centro da roda como recursos: tules, tecidos, cordas, máscaras... Retornamos ao espaço do teatro.

 

Dramatização

1. Minha formatura – Na tribuna, microfone à mão, capa azul nos ombros, marcando a solenidade do momento, M. anuncia: “É com imenso prazer que realizamos mais uma formatura desta Faculdade”. Os alunos são chamados um a um para receber o diploma e posar para foto. Ao final, gritam juntos: “Vencemos!!!”. Casais dançam alegremente no palco e mobilizando a plateia, todos nós entoamos uma valsa. Na intervenção, solicitamos que expressem como estão se sentindo e fica no horizonte a “realização de um sonho”...

2. Diversão – Dançam segurando uma corda. O ambiente é de uma balada. Ouvem-se vozes: “Já é tarde, tenho que ir embora trabalhar, tenho que estudar, tenho minhas obrigações, tenho que limpar a casa...”. A corda é puxada de um lado e de outro. Congelamos a cena solicitando palavras e disseram: “A vida poderia ser esse equilíbrio, nem só diversão, nem só trabalho”.

3. Diálogo – Primeira cena: jovem entra saltitante e se aproxima da mãe e do pai, buscando atenção; ambos dizem que estão ocupados. Segunda cena: É noite, jovens dançam numa balada, acontecem coisas... Um jovem com um amigo aproxima-se de uma menina e diz que o amigo quer ficar com ela. E ela diz: “Por que ele não vem falar comigo?. A direção retoma as cenas. Na primeira, entrevista a protagonista sobre como se sentiu em não receber atenção e solicita que tente uma nova forma de abordar os pais com a questão: como chegar perto e mostrar que é importante o que tem para falar. Os pais reagem de modo diferente agora... Na segunda cena em que está em questão a timidez do interessado, pensa-se junto com a plateia como favorecer a autoconfiança. Como as meninas podem facilitar a abordagem e então vem a sugestão: “ajuda quando a menina dá um sinal de que também está interessada!”.

4. Faculdade – No primeiro dia de aula, as personagens carregam cadernos, livros e se esbarram num corredor. Buscam o prédio da Medicina. Encontram-se na sala de aula! Celebram: “Enfim, a Faculdade!!! Nosso Futuro!”. A direção entrevista cada um sobre seu projeto profissional. Surgem: Medicina, Psicologia, Biologia...

5. Oportunidade de emprego – Duas personagens, no contexto de uma empresa, entrevistam candidatos para uma vaga... entra o tímido que não consegue se expressar direito, entra outro que não é feliz ao dar as justificativas do porquê procurou a vaga... entra o que se apresenta com um currículo diferenciado, com curso de informática e com a idade requerida 18 anos e já com alguma experiência. Este é contratado. Os participantes falam da importância da preparação na procura de emprego, mas ressaltam o círculo vicioso – como podem apresentar experiência se não lhes é dada alguma chance? Comenta-se sobre o Programa Jovem Aprendiz – oportunidade a ser batalhada para a cidade!

6. Seriedade – Contexto de uma fábrica. Trabalhadores conversam animadamente sobre a Copa do Mundo. Um deles é chamado e é despedido. Na próxima cena, aparece o trabalhador contando para a família o ocorrido. Há um ar de preocupação da esposa e do filho, mas em seguida a esposa o abraça e diz: “Vamos recomeçar, a gente consegue!”. O filho também abraça o pai e terminam unidos! Os participantes e o grupo comentam a força da solidariedade em família.

7. Ansiedade – Contexto de uma balada. Meninas se divertem. Uma delas telefona para a amiga que ficou em casa: “Você não vem?”. Ela quer ir, mas está atrapalhada com o que vestir e diz que está cansada. Enrola-se nos tules. É informada que o menino que ela gosta estava lá..., mas demora em se arrumar. Ao chegar lá, ele já tinha ido embora... Frustração. Comentam que é complicado quando a ansiedade nos impede de ir em busca do que queremos. É a deixa para que possamos solicitar que refaçam a cena. Foca-se o momento em que a personagem ainda está em casa e finalmente se decide por ir até a festa. Pedimos à plateia que nos ajude a localizar o que poderia incentivar a dar cada passo em direção a um objetivo. Agora a “festa”, no sentido simbólico, é o que queremos alcançar. Solicita-se que todos vejam “nesse lugar” o que buscam para suas vidas. Os passos são dados a cada contribuição que vem da plateia: força de vontade, perseverança, entusiasmo, confiança em si mesmo”. Celebra-se a chegada! As palmas têm o sabor de um compartilhar...

Compartilhar/Elaborar – No compartilhar, sentada à beira do palco, a direção pergunta como estão agora, o que gostariam de falar... Os rostos trazem sorrisos, como se com a última cena uma forte identificação unisse a todos! Afinal, um pequeno compartilhar aconteceu após cada cena, com as pequenas intervenções realizadas, e a última teve a força de uma síntese... A voz de uma jovem se faz ouvir: “Gostei muito do que vivemos. Ficamos juntos, pudemos dizer o que pensamos, estamos levando coisas boas para nossas vidas”. Há um pensamento que me ajuda sempre: “Tudo posso nAquele que me fortalece. Nada e nem ninguém no mundo vai me fazer desistir!”. Os aplausos que se seguem evidenciam a voz protagônica que fala em nome de todos. Considerando o adiantado da hora, o toque da coordenação do Programa que ainda precisaria dar alguns avisos e o lanche preparado que aguardava a todos no hall da entrada, encerramos os trabalhos. A direção valoriza na fala da jovem uma dimensão que também nos toca a todos – a relação com o mistério do sagrado e a força da VIDA que acolhemos em nós. Compartilhamos saberes e fortalecemos valores importantes que nos alimentam! Que as reflexões continuem para além desse momento vivido juntos. Fechamos o trabalho declamando parte da poesia do ENCONTRO de Moreno (1975):

 

. . . Um encontro entre dois: olho no olho, face a face. E quando estiveres perto, tomarei teus olhos e os colocarei no lugar dos meus, e tu tomarás meus olhos e os colocará no lugar dos teus; então eu te olharei com os teus olhos e tu me olharás com os meus. (Viena 1914)

 

Agradecemos mais uma vez a oportunidade tão rica de crescermos em espontaneidadecriatividade! As ponderações dos jovens vão aparecer nos depoimentos escritos que pedimos que fossem deixados na saída.

Depoimentos – Algumas vozes: “Gostei, pois aprendi coisas novas que posso me espelhar para poder ser uma pessoa melhor no futuro de nossas vidas”; “Gostei muito dessa reunião, pois aprendi a ser ousada e a expressar melhor minhas opiniões”; “Achei legal, pois essas atitudes que tivemos foram boas, pois nos ajudam a se enturmar, arrumar mais amigos, rir, aplaudir e mostrar que apesar da vergonha podemos ser melhores do que somos”; “O Ação Jovem proporciona muitas possibilidades para os jovens”; “Eu acho que a educação do jovem no Brasil precisa melhorar muito, mas graças à reunião eu acho que a educação está melhorando com esse projeto”; “Foi um momento de despertar e acordar para a vida! Uma frase muito importante que eu levo comigo para a vida inteira. Posso, tudo posso nAquele que me fortalece, nada e ninguém no mundo vai me fazer desistir! Acho que sem DEUS eu não estaria aqui nesse encontro maravilhoso”; “Essa reunião nos ajudou a refletir sobre o nosso futuro”; “Adorei o teatro, foi legal, fiz coisas que nunca pensei que faria”.

Foram deixadas 49 mensagens (várias assinadas). O teor de todas foi dizer que gostaram muito; foi possível acordar para a vida de um jeito divertido; fizeram amigos; perderam o medo do palco; venceram a timidez; aprenderam muito olhando para o dia a dia e para o futuro; constataram que, apesar das dificuldades, podem enfrentar e superar situações difíceis. Agradecem e elogiam o Programa. Ressaltamos o de uma mãe que diz ter aprendido muito, pois ajudou a lidar melhor com o filho adolescente...

 

UM OLHAR COMPREENSIVO-INTERPRETATIVO / PROCESSAMENTO

As indagações que brotaram do objetivo geral articulam-se em um eixo central: o possibilitar, a vivência e a reflexão favorecendo a construção de projetos de vida como pessoa e cidadão aos sujeitos envolvidos. Na cocriação vivida, o sociopsicodrama realiza sua vocação junto à pedagogia social, ao voltarem-se ambos os campos de saber para a transformação pessoal-social. A pedagogia social, por sua vez, vê-se diante de uma ferramenta conceitual e instrumental vigorosa.

Os desafios de ser jovem nos tempos de hoje, nosso tema central, foi trabalhado à luz de um primeiro disparador já na abertura, trazendo a questão de se construir nesse tempo de passagem entre infância e o projetar-se como adulto, o que coloca o jovem diante do desafio de construir “o que fazer / quem ser” – desafio de todo ser humano!

O aquecimento que mobilizou a corporeidade e o imaginário favoreceu a grupalização e a preparação para ousar ocupar o próprio espaço existencial simbolizado também no Palco, utilizado posteriormente. Ressaltamos o momento de realização do mapeamento sociométrico, particularmente no critério de agrupamento por Bairros. A solicitação para que se verbalizasse o que temos e o que queremos trouxe identificação, reconhecimento e articulação com a dimensão da cidadania. Acontece, assim, a “Cidade Educadora” que vai para além dos muros da Escola e mobiliza o aprendente a tomar contato com seu contexto de vida (Gadotti, Padilha & Cabezudo, 2004). Celebrações e dramas foram reconhecidos como possibilidades de todos nós. Trabalhar um pouco cada cena, focando a participação da plateia, sustentou o aquecimento durante toda a apresentação e pode provocar compartilhar/elaborar durante o caminho.

As cenas Minha formatura (1) e Faculdade (4) tocaram na realização de um sonho, feito projeto, concretizando-se numa conquista profissional que passa pela dedicação aos estudos. As cenas Oportunidade de emprego (5) e Seriedade (6), ao focar trabalho, revelam como essa temática preocupa os jovens, seja em relação ao presente (poder trabalhar agora), seja quanto ao temor de perder o emprego numa situação em que se tem responsabilidades com a família constituída... Aqui também fica implícita a importância do preparo. As cenas Diálogo (3, cena 1 – busca de conversa com os pais) e novamente a Seriedade (6, cena 2 – apoio da esposa e do filho) falam da força da família: no presente para compartilhar a vida e no futuro como campo de solidariedade. As cenas Diálogo (3, cena 2 – pedido ao amigo para mediar aproximação à paquera) e Ansiedade (7, a paralisação que impede o encontro com o bem-amado) focam a força das relações amorosas / força dos amigos. A cena Diversão (2), ao trazer equilíbrio entre lazer e trabalho, fala das responsabilidades na travessia para tornar-se adulto... deixa implícito um tempo em que é importante fazer escolhas.

Parar para olhar o mundo interior, permitir-se hoje construir um trabalho em conjunto, enfrentar o palco físico do Teatro – símbolo do palco da vida, à luz dos valores compartilhados, remeteram todos a projetarem-se como pessoas, cidadãos na vida profissional e pessoal. Os depoimentos deixados pelos jovens enfatizam a importância da experiência para suas vidas. O realizado em conjunto, um modo de viver o tempo que fortaleceu vínculos e possibilitou um pensar a vida, o que queremos da vida, com ludicidade!

Os conceitos morenianos de espontaneidade-criatividade, o experimentar novas possibilidades de vivenciar papéis considerando sua dimensão pessoal e coletiva, o perceber o outro e o dar-se a perceber (tele/encontro) permitiram, como atitudes, estarmos atenta no papel de diretora, para com espontaneidade-criatividade e abertura ao encontro estarmos sensíveis para lidar com o que emergia no grupo e com as cenas e com a comunicação em geral.

Sustentar a atitude de que conseguiríamos vencer a timidez inicial dos jovens com nossa postura foi um desafio; na perspectiva moreniana um diretor espontâneo favorece a espontaneidade de quem está conosco. Foi a primeira vez que trabalhamos levando as cenas para o Palco de um Teatro tradicional e precisamos nos desdobrar para disponibilizar microfone e orientar os atores, como personagens em cena não devem dar as costas para o público... Cuidar da quebra da quarta parede, mobilizando a interação palco-plateia!

Abrimos a possibilidade de retorno ao Programa Ação Jovem em alguma oportunidade e de um trabalho com os Educadores para contribuir como filha da terra à cidade e a um Programa que efetivamente está a serviço dos jovens!

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No relato da intervenção apresentado, nos depoimentos dos participantes comentados e nas primeiras reflexões da socioeducadora-investigadora, evidencia-se o modo espontâneocriativo com que os jovens lidaram com sua problemática e a de seu contexto trazendo contribuições no levantamento dos desafios que os mobilizam, no tomar contato com os novos papéis que os aguardam na vida social, no compreender as responsabilidades decorrentes, diante das mudanças que envolvem sua corporeidade, sociabilidade e ampliação da compreensão do mundo, no resgate de valores fundamentais que os auxiliem na construção de seu Projeto de Vida e no compartilhar de experiências e reflexões, ampliando e fortalecendo vínculos em direção a relações mais saudáveis.

O Sociodrama mostra-se como Método Ativo, acionador de aprendizagens significativas, enraizadas em experiências vividas, ou por viver, acionando o imaginário pessoal-social, mobilizador de subjetividades e intersubjetividades que se desdobram em possibilidades de encontros potencializadores. Como “. . . Uma resposta provoca uma centena de perguntas . . .” (Moreno, 1975, Divisa), cabe indagarmos sobre a natureza da aprendizagem realizada. Diferentes áreas de saber foram tramadas, caracterizando a perspectiva inter e transdisciplinar apregoada pelas “Metodologias Ativas” nos dias de hoje. Nelas, os sujeitos aprendentes são os protagonistas e o(a) educador(a) faz-se mediador(a) entre as questões trazidas por estes e o que está disponível na cultura, visando a alguma sistematização. No trabalho realizado, a aprendizagem socioemocional se destaca – estamos no território das aprendizagens existenciais; o ter que dar conta de ser – o buscado é a própria reorganização do educando em sua rede de papéis no horizonte da transformação pessoal-social.

A proposta moreniana alinha-se, assim, às perspectivas que buscam uma Educação para o século XXI – solicitada pela UNESCO a pensadores do mundo todo na virada do milênio. A obra Educação – um tesouro a descobrir é o primeiro passo, em que se destacam “Os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser” (Delors, 1999, pp. 89-99). A obra Os sete saberes necessários à educação do futuro expande os quatro pilares, e ressaltamos aqui a importância de se pensar junto com o educando “sua condição humana” (Morin, 2006, pp. 47-59). Conhecimentos foram mobilizados, uma coconstrução realizada, a presença do outro foi reconhecida e a constatação de que somos em relação, experienciada.

O trabalho, como pesquisa-intervenção em um ato, firma, assim, a importância das intervenções sociopedagógicas que valorizam os programas de políticas públicas voltadas para a juventude e a necessidade de sua implementação, no que a Pedagogia Social (Graciani, 2001) pode contar com a vertente da Pedagogia Moreniana e sua riqueza teórico-metodológica, como aliada, articulando fazer Educação e fazer Ciência, voltadas para a valorização da Vida, que se dá em relação.

 

 

REFERÊNCIAS

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Contro, L. (2011). Psicossociologia crítica: a intervenção psicodramática. Curitiba, PR: Editora CRV.

Cukier, R. (2002). Palavras de Jacob Levy Moreno: vocabulário de citações do psicodrama, da psicoterapia de grupo, do sociodrama e da sociometria. São Paulo, SP: Ágora.

Delors, J. (Coord.) (1999). Educação – Um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. (2a. ed.). São Paulo, SP: Cortez.

Fava, S. R. S., Marino, M. J., Sgorbissa, M. L, & Wechsler, M. P. F. (2005). Educação em cocriação: perspectiva sociopsicodramática. In H. Fleury, & M. Marra (Org.). Intervenções grupais na educação. São Paulo, SP: Ágora.

Freire, P. (1970). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro,         [ Links ] RJ: Paz e Terra.

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.

Gadotti, M., Padilha, P. R. & Cabezudo, A. (Org.) (2004). Cidade educadora – princípios e experiências. São Paulo, SP: Cortez.

Gohn, M. G. (2010). Educação não formal e o educador social. São Paulo, SP: Cortez.

Graciani, M. S. S. (2001). Pedagogia social. (4a. ed.). São Paulo, SP: Cortez.

Marino, M. J. (1992). O acontecimento educativo psicodramático: encontro entre Heidegger, Moreno e uma psicodramatista educanda-educadora (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-graduação em Educação e Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

Marino, M. J. (2002). Vir a ser psicodramatista – um caminho de singularização em coexistência (Tese de Doutorado). Programa de pós-graduação em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

Martins, J., & Bicudo, M. A. V. (1989). A pesquisa qualitativa em psicologia – fundamentos e recursos básicos. São Paulo, SP: EDUC/Moraes.

Moreno, J. L. (1974). Psicoterapia de grupo e psicodrama. São Paulo, SP: Mestre Jou.

Moreno, J. L. (1975). Psicodrama. São Paulo, SP: Cultrix.

Moreno, J. L. (1992). Quem Sobreviverá? Fundamentos da Sociometria, Psicoterapia de Grupo e Sociodrama (v.1). Goiânia, GO: Dimensão.

Morin, E. (2006). Os sete saberes necessários à educação do futuro. (11a. ed.). São Paulo, SP: Cortez.

 

Recebido: 26/11/2018
Aceito: 18/3/2019

 

Marilia J. Marino. Doutora em Psicologia. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Psicodramatista didata supervisora pela Sociedade de Psicodrama de São Paulo (SOPSP/Febrap). Pedagoga. Docente da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).



1 O artigo tem por base o trabalho apresentado no IV Congresso Internacional de Pedagogia Social “A Hora e a Vez da Pedagogia Social”, realizado em São Paulo, 2012.

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