EDITORIAL

A revista Psicologia: Ciência e Profissão só tem a comemorar!

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou, na 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ocorrida no mês de julho do presente ano, que o Brasil subiu duas posições no ranking dos trinta países com maior produção científica, mais especificamente medida pelo número de artigos publicados. Assim, conseguimos ultrapassar a Suécia e a Suíça e galgamos a 15ª posição no cenário mundial.

Segundo Jorge Guimarães, atual presidente da CAPES, o salto foi muito expressivo, porque demonstra a capacidade de reação dos cientistas brasileiros, que publicaram 16.872 artigos em 2006, número que só era previsto para 2009 e que representa 2% da publicação mundial. Similarmente ao que ocorre com a concentração de outros bens, os Estados Unidos são responsáveis por cerca de 30% da publicação científica no mundo, o que o deixa isolado na 1ª posição do ranking.

Em acréscimo, salienta o presidente da CAPES que as áreas que mais se desenvolveram foram aquelas em que a avaliação ocorreu de forma mais exigente. Comparando-se os últimos triênios (2001-2003 e 2004-2006), a Psicologia e a psiquiatria foram as áreas em que o avanço do crescimento foi mais expressivo (70%). É importante para nós, envolvidos com a editoração da revista

Psicologia: Ciência e Profissão, participarmos desse importante momento em que os exemplares publicados em 2006 foram novamente avaliados, tendo sido mantida nossa classificação como revista científica A nacional!

Os nossos pares que são avaliadores têm reconhecido a qualidade da nossa revista, que possibilita a expressão e o relato de idéias, de experiências e de pesquisas, ajudando assim a dar visibilidade à produção da Psicologia brasileira. Buscando alcançar os critérios estabelecidos pelos nossos pares da CAPES-ANPEPP para o QUALIS, vamos estabelecer como meta que a Psicologia: Ciência e Profissão seja classificada como periódico internacional. Para tanto, passaremos a publicar também artigos advindos da América Latina, cujo conhecimento construído não é freqüentemente divulgado nas bases de dados internacionais, o que dificulta a nossa interlocução.

Vale ressaltar que essa proposta só será implantada no volume 28, e que de forma alguma diminuirá o espaço destinado à divulgação dos autores brasileiros, que precisam de veículos qualificados para a publicação de seus trabalhos. Todos nós teremos a ganhar com a ampliação do escopo da revista, que passará a ser tecida por mais mãos e propiciará a oferta de leituras mais diversificadas e ricas!