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Boletim - Academia Paulista de Psicologia
versión impresa ISSN 1415-711X
Bol. - Acad. Paul. Psicol. vol.35 no.88 São Paulo ene. 2015
EDITORIAL
Aidyl M. Q. Pérez-Ramos1
Cad. nº 30 "Paula Souza"
Informamos aos caros leitores que o Boletim Academia Paulista de Psicologia, como prova o presente número, continua progredindo para alcançar um nível de excelência na sua expansão nacional e de internacionalização.
Quanto à procedência em nível nacional, os artigos advêm de várias capitais: São Paulo (SP, com inclusão de cidades do interior, Bauru e São Carlos), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), João Pessoa (PB) e São Luís (MA); há um autor que procede de Londres. Dois artigos estão em inglês e os resumos de todos eles se encontram neste idioma e em espanhol. As Instruções para os Autores estão também neste ultimo idioma. Para completar a expansão territorial da revista, tanto no Conselho Editorial como na relação dos Consultores Ad Hoc, além dos especialistas brasileiros procedentes de varias regiões do País, compõem os órgãos citados, profissionais que procedem da Europa (Alemanha, França, Espanha e Bélgica), da Ásia (Israel) e das Américas (Canadá, Venezuela e México).
Em relação aos temas abordados, estes seguem a ordem dos Boletins anteriores. Primeiramente se encontram os referentes à Historia da Psicologia, para prosseguir com os de Teorias, pesquisas e estudos de casos e terminar com resenhas, eventos e uma síntese das realizações atuais da Academia Paulista de Psicologia e de seus membros.
Na área de História da Psicologia, está a contribuição de Danilo S. Faizibaioff e de Andrés E. Aguirre Antunez, sobre Fenomenologia; os autores vão às origens desse campo teórico, para pôr em relevo o "vivido" (experiências pessoais) de Minkowski e assim poder explicar a fundamentação diagnóstica e metodológica da Psicopatologia Fenômeno - Estrutural. Uma análise do comportamento verbal, na obra de Skinner, é efetuada por Alex Andrade Mesquita. Vera Barros de Oliveira (Cad. 35) apresenta a contribuição , em inglês, sobre o brincar em brinquedotecas hospitalares, como apoio afetivo às crianças internadas e a seus familiares. Faz alusão às origens dessas instituições no Brasil e no mundo, reporta o importante suporte das associações pertinentes, nacionais e internacionais. A contribuição de Luan Pinheiro e outros corresponde ao desenvolvimento das habilidades funcionais de alunos com síndrome de Down que frequentam um contexto escolar inclusivo. O progresso desses alunos é comprovado por suas habilidades chamadas funcionalidades, através de uma escala multifocal de observação dessas habilidades, a PEI - Psicologia (Perfil Evolutivo de Indicadores- Psicologia), utilizada por psicólogos que observam estes alunos nas próprias classes escolares. As comparações dos resultados do instrumento aplicados, no inicio e no final do curso referido, mostram efetivos progressos nas habilidades funcionais dos alunos com a síndrome mencionada, neste ambiente típico escolar.
É incluída a maior parte dos artigos na área de Teorias, pesquisas e estudos de casos. Na de teorias, integram os conceitos da Sistêmica, os pressupostos elaborados por Foucault e Certeau na área do poder, e também os trabalhos efetuados com construtos atuais. ATeoria Sistêmica é empregada por Ana Paula S.Becker e Luciene N. Borges no estudo de famílias migrantes de diversos países das Américas a uma dada região do sudeste brasileiro. Embora este enfoque não tenha sido utilizado plenamente na compreensão dos papeis, funções e de outras categorias do contexto aludido, as autoras o acolhem acertadamente, sendo útil para futuras pesquisas relacionadas com o núcleo familiar.
Sobre as ideias de Foucault e Certeau, é posto em destaque, por Bruna Alves Lopes e mais dois colaboradores, o brincar das crianças enfermas no cotidiano hospitalar. Enfatizam o valor do lúdico neste ambiente estressante e limitador, segundo as ideias dos teóricos acima citados.
Ainda dentro da linha teórica, os trabalhos que analisam construtos, cujos vocábulos têm sido empregados na atualidade. Nesta abordagem, Fernando Cesar Schreiber e outros autores apresentam as diversas vertentes do Cyberbullying, dado o desenvolvimento tecnológico nos dias de hoje. Por outro lado, Margaretti da Silva Oliveira e colaboradores avaliam a influência conceitual das crenças sobre o uso do álcool em grupos de alcoolistas e não alcoolistas, obtendo resultados esclarecedores.
Quanto à área de pesquisas, encontram-se trabalhos que procuram expandir o uso de um determinado instrumento psicológico a outros grupos populacionais, diferentes dos indicados para aplicação do teste. Irai Boccato Alves (Cad. 31) apresenta uma investigação neste sentido, procura expandir o emprego do Desenho da Figura Humana a grupos de adultos analfabetos. Outros autores empregam vários grupos experimentais e os comparam a um de controle, a fim de verificar, estatisticamente, suas diferenças e semelhanças, apoiando-se, por vezes, em teorias. Assim, Doris Lieth Peçanha (Cad. 19) e colaboradores estudam, comparativamente, grupos de crianças: um com asma e outro com cardiopatia congênita, frentes ao de pequenos saudáveis, obtendo resultados diferenciais, satisfatórios. Neste mesmo enfoque, Silvana Moura da Silva e outros psicopedagogos analisam grupos de professores e de seus alunos com cegueira, para verificar as percepções das dificuldades no ensino - aprendizagem dentro de um contexto escolar inclusivo. Os resultados são importantes para a melhoria desse tipo de ensino individualizado. No emprego do uso estatístico sofisticado, encontra-se o artigo de Nilton Formiga, que procura determinar um modelo para um instrumento psicológico.
Completam o conteúdo deste número do Boletim, resenhas de obras, atuais e clássicas. Encontra-se a da Memória da Psicologia- Textos produzidos na segunda metade do século vinte (2014) escrita por Arrigo Leonardo Angelini, cuja resenha reflete claramente o conteúdo do texto. É elaborada por José Fernando B. Lomônaco (Cad. 26). A obra clássica de Piaget, A formação do Símbolo da Criança, é atualizada em 2014, pelos autores Dias e Oiticica; é resumidamente, em forma bem condensada, por Therezinha Vieira. Outras duas resenhas congregam temas de grande expressividade para o mundo de hoje: A humanização da Medicina, de González Blasco, acertadamente comentada por seu colega, Marco Aurélio Janaudis, e a de Giora (organizadora, a Interdisciplinaridade: saberes e fazeres, resenhada expressivamente por João Elias Nery. Uma relação de eventos nacionais e internacionais, com uma síntese das realizações atuais da Academia e de seus membros, completam o contexto do presente número.
Esperamos que o conteúdo deste número do Boletim Academia Paulista de Psicologia seja de interesse para nossos leitores e útil para desenvolver seus conhecimentos psicológicos.
1 Editora desta revista e Secretária Geral da Academia Paulista de Psicologia (provedora deste veículo). Docente da PUC e Professora Titular UNESP e USP. Contato: Rua Pelágio Lobo, 107, vi Perdizes, 05009-020, São Paulo, SP. Brasil.