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Stylus (Rio de Janeiro)
versión impresa ISSN 1676-157X
Stylus (Rio J.) no.27 Rio de Janeiro oct. 2013
TRABALHO CRÍTICO COM CONCEITOS
Reflexões sobre a função desejo do analista, a partir da topologia das superfícies
Reflections over the analyst's function desire, from the topology of the surfaces
Samantha A. Steinberg*
Fórum do Campo Lacaniano - SP
Rede de Pesquisa Teoria e Clínica, no Fórum SP
RESUMO
Pretendemos, com este artigo, trazer algumas reflexões sobre a função desejo do analista a partir do que podem nos ensinar as figuras topológicas apresentadas por Lacan no seu Seminário 11, Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Procuraremos também marcar a contraposição entre os conceitos de transferência e desejo do analista utilizando um artigo de Pearl King, audaciosa analista inglesa da IPA, abordado por Lacan no seu seminário seguinte, Problemas Cruciais para a Psicanálise. A partir destes elementos, procuraremos também discutir a direção de tratamento proposta pela clínica lacaniana e a sua diferença com as demais terapias e análises. Os conceitos de demanda, identificação, transferência, objeto a e desejo do analista serão abordados para tal propósito.
Palavras-chave: Topologia das superfícies, Transferência, Identificação, Demanda, Função desejo do analista.
ABSTRACT
In this article we intend to elicit some reflections on the desire of the analyst function, based on what the topological figures presented by Lacan in his Seminar 11 – The Four Fundamental Concepts of Psychoanalysis – can teach us. We will also try to show the opposition between the concepts of transference and desire of the analyst using an article by Pearl King, IPA's audacious English analyst, tackled by Lacan in his following seminar – Crucial Problems for Psychoanalysis. From these elements we will also discuss the treatment plan proposed by the Lacanian clinic and its difference from the other therapies and analyses. The concepts of demand, identification, transference, object a and desire of the analyst will be tackled in order to achieve our aim.
Keywords: Topology of surfaces, Transference, Identification, Demand, Desire of the analyst function.
A formação do psicanalista exige que ele saiba, no processo em que conduz o seu paciente, em torno do quê o movimento gira. Ele deve saber, a ele deve ser transmitido, e numa experiência, aquilo de que ele retorna. Esse ponto pivô é o que eu designo pelo nome de desejo do psicanalista. (LACAN, 1964, p. 218)
Este trabalho, produto de um cartel, enfatiza e marca a relevância da contraposição do conceito de transferência, tal como Lacan (1964/1988) o concebe no Seminário 11, à função desejo do analista. Levantamos a hipótese de que esta contraposição é o que nos diferencia estruturalmente das outras terapias e análises. Para tal, nos propomos a trabalhar alguns recortes de um caso que Lacan (1964-65/inédito) nos apresenta no Seminário 12 para discutir especialmente esta importante diferença marcada neste momento do seu ensino.
A topologia nos acompanhará nesta tentativa, pois partimos do princípio que ela pode nos orientar no fazer clínico. Se conseguimos vencer uma resistência inicial e nos aproximamos dela, parece-nos que ela ensina, nos ajuda a melhor acompanhar os reviramentos e torções que Lacan realiza na elaboração dos seus conceitos fundamentais.
No Seminário 12, Lacan (op. cit.) justifica o seu mergulho na referência topológica utilizando o seu velho esquema óptico. Precisamente porque o objeto a não é homogêneo ao eu e ao corpo que ela se fará necessária. Ou seja, a topologia é o recurso que pode nos dizer um pouco mais da sua única invenção, deste objeto tão inusitado, caracterizado como não especularizável e de impossível apreensão para o pensamento intuitivo: o objeto a. Toda a questão, assim Lacan sustenta nesse seminário, é que no fim da análise podemos ficar suspensos entre dois termos, que não são da mesma ordem, o Ideal do eu ou o a. Como nós, analistas, contribuímos para que um destes dois caminhos se desenrole? Como a transferência e a função desejo do analista se relacionam com este problema? Vamos a um dos casos que Lacan retoma para elaborar estas diferenças.
Caso de Pearl King
Pearl King, inteligente analista inglesa da IPA, analisante de Rickman e supervisionanda de Balint, apresenta um trabalho intitulado "On a patient's unconscious need to have bad parentes" em pré-congresso em Londres, realizado em 1963, encontro preparativo ao Congresso da IPA em Estocolmo, e oferece uma cópia deste trabalho a Lacan, que lá se encontrava na audiência. Este trabalho servirá de material para as suas elaborações na aula de 3 de fevereiro de 1965, no Seminário Problemas Cruciais para a Psicanálise (LACAN, 1964-65/inédito).
Lacan se interroga nesta aula, especialmente sobre a posição em que esta analista se manteve no tratamento e sobre as interpretações e efeitos das suas intervenções. Elogia a audácia de Pearl, no entanto, faz críticas importantes no que concerne ao seu entendimento da transferência, contratransferência e à sua concepção de interpretação.
Pearl King traz neste texto longo e minucioso o relato de um caso que atendeu por aproximadamente dez anos, com dois curtos momentos de interrupção. A questão central da analista, neste texto, é discutir a necessidade desse paciente em manter uma crença em um pai não satisfatório de forma tão intensa ao longo do tratamento, sustentando assim sua onipotência infantil. O paciente, diagnosticado pela analista como borderline, com momentos importantes de dissociações esquizofrênicas, inicia esta análise aos trinta anos. Neste texto, Pearl valoriza a contratransferência como um recurso importante que a auxiliou na descoberta das distorções inconscientes deste paciente, que projetavam nela e nos substitutos do seu pai um determinado padrão de comportamento que os aprisionava, com o consequente retardo e empobrecimento do desenvolvimento do seu ego emocional. Percebe o quanto ela respondeu deste lugar durante longos anos e nos relata detalhadamente neste artigo a sessão em que intervém interpretando a sua descoberta ao paciente e os efeitos que daí decorrem.
O que Lacan destaca deste texto?
Ele nos adverte sobre o modo desta analista tomar a transferência, que a leva a priorizar durante muito tempo os efeitos do ambiente e do comportamento dos pais no desenvolvimento do seu paciente. Ou seja, o mau pai se presentificou não só para o paciente, mas também para a analista. Destaca a fala de Pearl em que se diz fixada pelo paciente em vários momentos. Incide aí sua crítica, nos diz que ela ficou aprisionada, presa neste lugar durante quase dez anos. Podemos dizer que a transferência é sempre da ordem de um engano, mas a analista, neste caso, o favoreceu.
Lacan destaca uma intervenção da analista que se dá após a seguinte fala do paciente:
Sinto que há uma irritável versão de mim que está se tornando mais e mais ativa. Este self não está mais satisfeito com o status quo que tem estado presente há anos. Este status quo é baseado na crença que eu não posso fazer coisas e isso me faz desafiar esta crença. E isso não é a única coisa que tem acontecido comigo ultimamente. Eu tenho tido algumas estranhas experiências com relação ao espaço e tempo. Eu me vejo no café da manhã tentando fazer duas coisas ao mesmo tempo, tentando pegar a torrada e a manteiga ao mesmo tempo, e eu sinto minha mão indo em direção aos dois objetos e incapaz de se mover em direção a um ou ao outro. (KING, 2005, p. 134, tradução da autora)
A interpretação da analista, que se segue, será abordada na aula de Lacan:
A parte sua que sente necessidade de se sentir melhor e fez aliança comigo não aguenta mais o modo como você continua incapaz de dar um passo na direção do que lhe falta. Aí está o status quo de que você falava e parece-me que a razão pela qual você não pode avançar até pegar um dos objetos que deseja é que você pôs sua própria boca de bebê faminto em cada um dos dois. Então, como inconscientemente você acredita que só há comida suficiente para uma boca, isto é, que você só pode fazer uma coisa de cada vez, o outro vai sucumbir à fome e provavelmente morrer disso. Essa é uma razão pela qual você se colocou na situação de preservar o status quo, o que quer dizer, de não se permitir sentir que você podia fazer ou tinha feito algo porque isso teria significado dizer que uma parte de você, ou um de seus "self", de seu "eu próprio", teria sido abandonado para sempre e morrido de fome! (LACAN, 1964-65/inédito, p. 153)
Ela ainda interpreta, ao final desta mesma sessão:
Eu acredito que você inconscientemente precisou me manter um "fracasso", assim você podia sentir que eu estava sob o seu controle. [...] Se eu e seus pais somos maus, então quem poderá culpar a criança chorona, você, pelos estragos que pode ter feito com seus ataques a nós? [...] Talvez você possa ter trazido este material para a análise hoje por estar começando a acreditar que as boas experiências associadas aos seus bons e satisfatórios pais, do seu passado, também são acessíveis a você agora, no presente, e que eles sobreviveram aos seus sentimentos de raiva e desilusão. (KING, 2005, p. 139, tradução da autora)
Com base nestes recortes, pretendemos discutir a subversão da posição de Lacan, partindo dos seus conceitos fundamentais. Vamos a eles.
Transferência
Primeiro a transferência, conceito nada simples, um dos quatro conceitos fundamentais do Seminário 11. Lacan (op. cit.) a define aqui pela primeira vez de uma maneira nova e enigmática. Depois de discorrer sobre o que não se confunde com a transferência, por exemplo, a repetição, ou sobre os pontos que não lhe parecem tão fundamentais na estrutura, como os afetos que dela decorrem, nos diz que ela é a atualização da realidade sexual do inconsciente. O que seria isso?
A transferência é um fenômeno próprio das relações humanas; basta sermos seres falantes para estarmos de alguma maneira envolvidos nos fenômenos de transferência. Transferimos saber, transferimos sentido ao Outro (como tesouro dos significantes, como Inconsciente) de saída. Mas não é só isso, Lacan ressalta neste seminário a íntima relação da transferência aos conceitos de inconsciente e pulsão.
Aponta nesse momento uma contradição de base na função da transferência, que faz com que a defina como um nó. Diz: "A contradição de sua função, que faz apreendê-la como o ponto de impacto do porte interpretativo, nisso mesmo que, em relação ao inconsciente, ela é o momento de fechamento – isto faz com que a tratemos como o que ela é, um nó" (LACAN, 1964/1988, p. 126).
Ao mesmo tempo em que só podemos intervir a partir dela, da sua instauração na cena analítica, da instalação da estrutura do sujeito suposto saber, não podemos esquecer que a tendência da transferência é fechar o inconsciente. Fechar o inconsciente na medida em que algo do objeto a se coloca na função de obturador. Não um obturador qualquer, mas um obturador ativo, que se assemelha muito à estrutura do olho, diz Lacan. Desta maneira é preciso distinguir duas vertentes da transferência: uma pulsional, relacionada ao objeto a, que se relaciona ao fechamento do inconsciente; e outra, significante, articulada à suposição de um saber e ao inconsciente, que faz avançar o trabalho da análise, o torna possível. Estas duas vertentes caminham juntas no dispositivo analítico; no entanto, é preciso que o analista saiba deste funcionamento, deste nó, para poder sair dele. A crítica de Lacan a Pearl é que ela não soube sair deste nó, manteve-se nele e favoreceu a inércia própria ao fenômeno transferencial durante muitos anos. Havia uma atualização do inconsciente do paciente e de sua realidade sexual na cena analítica, mas o que a analista pode fazer com isso?
Para pensar este manejo, Lacan formaliza a função desejo do analista. Para trazer recursos e possibilidades de manobrarmos a transferência e sairmos do lugar que somos chamados pelo paciente a ocupar.
Transferência e função desejo do analista nas figuras topológicas
Vamos às figuras topológicas que Lacan nos apresenta neste seminário, ao cross-cap e ao toro para melhor distinguir esses lugares. Haverá duas lições dedicadas a estas formalizações. Na lição de 29 de abril de 1964, nos deparamos com a figura do oito interior e com a banda autoatravessada de Moebius ou cross-cap, este último só na versão sem cortes, staferla (LACAN, 1964/staferla.free-fr).
Curiosamente, Lacan localiza no cross-cap dois campos, um ocultando ou recobrindo o outro, e nos diz que se trata de uma superfície de uma só face, ou seja, uma superfície não orientável. Localiza nesta figura o campo do desenvolvimento do inconsciente ocultando e recobrindo o campo da realidade sexual. Assim, apresenta dois lobos ou campos (b e c, na figura acima) que se articulam intimamente. E ainda posiciona um outro elemento como lugar de junção/disjunção destes dois campos, o desejo, um desejo vinculado à libido. Este se localiza num ponto de interseção, que é essencialmente um vazio, nos diz Lacan (1964/1988). Diz: "Sustento que é no nível da análise – se algum passo à frente pode ser dado – que se deve revelar o que é desse ponto nodal pela qual a pulsação do inconsciente está ligada à realidade sexual" (p. 146).
Esse ponto nodal é o desejo. Continua:
Essa imagem nos permite figurar o desejo como lugar de junção do campo da demanda, onde se presentificam as síncopes do inconsciente com a realidade sexual. Tudo isto depende de uma linha que chamaremos desejo, ligada à demanda, e pela qual se presentifica na experiência a incidência sexual (Ibid., p. 149).
Entendemos neste trecho que a transferência, formalizada como atualização da realidade sexual do inconsciente, pertence à estrutura da esfera provida de um cross-cap, imersa em três dimensões. Podemos sobrepor estes dois campos, da realidade sexual e do inconsciente, aos "dois lados" do cross-cap propriamente dito, separados pela linha de autointerseção. O desenvolvimento do inconsciente e a realidade sexual funcionariam nesta figura como dois campos que se recobrem, e o desejo se localizaria nesta linha de autointerseção. Parece-nos relevante que Lacan faz questão de posicionar o desejo e a libido nesta linha anômala, que existe só submersa em três dimensões. Enfim, o que pretendemos evidenciar aqui são essencialmente os lugares, lugares que não coincidem para a transferência e para o desejo.
Na última lição do Seminário 11, de 24 de junho de 1964, Lacan volta à topologia e nos apresenta o oito interior, agora associada ao toro. Faz uma linha imaginária na interseção do oito interior da demanda que nomeia de identificação. Nesta mesma imagem também situa o desejo e o ponto de transferência. Marcamos aqui o pontilhado do desejo que se opõe à linha da identificação e à transferência. Este vazio do desejo é o que pode manter uma certa abertura nestes movimentos que tendem ao fechamento.
No final deste capítulo, didaticamente Lacan nos mostra como estes elementos se articulam:
Para lhes dar a fórmula-referência, direi – se a transferência é o que, da pulsão, desvia a demanda, o desejo do analista é aquilo que a traz ali de volta. E, por essa via, ele isola o a, o põe à maior distância possível do I que ele, o analista, é chamado pelo sujeito a encarnar. (Ibid., p. 258)
E continua:
O esquema que lhes deixo como guia da experiência, como também da leitura, lhes indica que a transferência se exerce no sentido de reconduzir a demanda à identificação. É na medida em que o desejo do analista, que resta um x, tende para um sentido exatamente contrário à identificação, que a travessia do plano da identificação é possível, pelo intermédio da separação do sujeito na experiência. (Ibid., p. 258)
Assim, entendemos que a espiral do oito interior se desenvolvendo em direção ao centro fecha o inconsciente, relaciona-se à vertente pulsional da transferência. A função desejo de analista deve tomar o rumo contrário, deixar aberto o vazio central do toro, trazer a demanda de volta ao seu lugar. Assim, esta função isola o objeto a, o põe a maior distância possível deste lugar que é chamado a se instalar.
Portanto, o lugar que o analisante coloca o analista na relação transferencial não pode coincidir com o lugar almejado / visado pelo analista. Deve haver um desencontro aí, um corte, que Lacan nesse momento de seu ensino relaciona ao desejo do analista.
A função desejo do analista e o corte
No Seminário 12, Lacan (op. cit.) dá uma volta a mais na função desejo do analista e a articula ao corte, à interpretação. Diz:
Se o inconsciente é o que é, essa abertura que fala, o desejo está para ser formulado por nós em algum lugar no corte característico da escansão dessa linguagem, e é isso que nossa referência topológica tenta exprimir. Adianto a fórmula seguinte, antes de comentá-la: poderíamos dizer que o desejo é o corte pelo qual uma superfície se revela como acósmica. (Ibid., p. 144)
Mas antes disso, pensemos no desejo para Lacan. O desejo é o desejo do Outro. O que a transferência faz com o desejo? Lacan nos diz que "na transferência trata-se sempre de suprir, por meio de alguma identificação, este problema fundamental, a ligação do desejo com o desejo do Outro" (Ibid., p. 152). No entanto, o desejo sempre irá escapar, não se deixará agarrar, por ser a própria falta. Enquanto nós habitamos a linguagem, a falta, o desejo, habita o interior do objeto a.
O que nós, analistas, faremos com isso? Lacan propõe que saibamos dar a tesourada certa na dimensão do desejo. Haverá um corte correto que revelará a superfície em sua verdadeira natureza, ou seja, na sua natureza não-orientável, acósmica; e haverá o corte incorreto, que banalizará a superfície, transformando-a em uma superfície banal, cilíndrica. Neste capítulo utilizará a garrafa de Klein para dizer destes diferentes cortes.
A função desejo do analista, a partir destas elaborações, é saber talhar estas figuras e assim revelar a estrutura do inconsciente. O seu movimento é o inverso da transferência, que tenta suprir a relação do desejo ao desejo do Outro a partir das identificações e reconduzir a demanda a este fenômeno, da identificação.
As intervenções de Pearl para Lacan são exemplos dos cortes incorretos, dos cortes que banalizam o inconsciente. São interpretações que não revelam a dialética do desejo, não demarcam a sua função, mas sim, inversamente, acreditam na existência de um objeto para o desejo e de um Ideal para a análise. Pearl interpreta almejando uma unificação, um fortalecimento do ego do paciente e o paciente assim responde, uma outra crença é construída. Talvez uma outra crença tenha sido construída na cena analítica: do mau pai ao ego unificado e equilibrado.
Portanto, neste caso, a analista claramente conduz a demanda para o plano da identificação, em vez de levá-la para o sentido oposto, em que a travessia deste plano poderia ocorrer. E só podemos conduzir uma análise para a travessia das identificações se operarmos com a função desejo do analista, retomando nossa questão inicial.
A função desejo do analista almejará a pura diferença, nada além disso. Não há um Ideal a seguir e a propiciar ao analisando. O inconsciente se mostra como abertura, como fenda que pulsa, que abre e fecha continuamente. E a função do analista é fazer cortes que revelem esta estrutura. Só o analisante estará apto a dar o passo seguinte, que poderá costurar ou não algo a partir do corte do analista. E assim ir desconstruindo e desmontando o seu novelo neurótico, o seu emaranhado de identificações. O desejo estará no centro deste trabalho, é ele que norteará o nosso fazer clínico. Talvez por isso o nome função desejo do analista, que não nos deixa esquecer a direção a seguir nos tratamentos que conduzimos.
Referências
EIDELSZTEIN, A. La topologia en la clínica psicoanalítica. Buenos Aires: Letra Viva, 2006. [ Links ]
KING, P. Time present and Time past: selected papers of Pearl King. Londres: Karnac Books, 2005. [ Links ]
LACAN, J. (1961-62). O Seminário, livro 9: a identificação. Inédito. [ Links ]
__________. (1961-62). Le Séminaire, livre IX. Disponível em: <http://staferla. free-fr>. Acesso em: 10 de janeiro de 2013. [ Links ]
__________. (1964). O Seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988. [ Links ]
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__________. (1964-1965). O Seminário, livro 12: problemas cruciais para a Psicanálise. Inédito. [ Links ]
__________. (1966-67). O Seminário, livro 14: a lógica do fantasma. Inédito. [ Links ] Introdução à topologia de Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.
NASIO, J.-D. Introdução à topologia de Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011. [ Links ]
Endereço para correspondência
E-mail: sasteinberg09@gmail.com
Recebido: 29/01/2013
Aprovado: 15/03/2013
* Psicóloga. Psicanalista. Membro do Fórum do Campo Lacaniano - SP. Co-coordenação da Rede de Pesquisa Teoria e Clínica, no Fórum SP.