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Psicologia USP
versión On-line ISSN 1678-5177
Psicol. USP v.1 n.2 supl.2 São Paulo dic. 1990
INFORME
O centro de pesquisa e documentação de filosofia austríaca (parte I)
Norberto Abreu e Silva Neto
Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da USP
Este escrito tem por objetivo dar conta das atividades do Forschungsstelle und Dokumentationszentrum für Osterreichische Philosophie, dirigido pelo Prof. Rudolf Haller e localizado na cidade de Graz. Dada a sua extensão foi ele dividido em duas partes. A primeira consiste de breve introdução que esboça as características da filosofia austríaca, seguida de informações acerca dos objetivos do Centro, seu modo de funcionamento, dos documentos nele existentes e de uma relação de suas publicações até janeiro de 1989. A segunda, a ser publicada posteriormente, apresentará os projetos editoriais e de pesquisa nele desenvolvidos, alguns em andamento e outros já concluídos.
* * *
Com relação ao texto introdutório acerca da filosofia austríaca, devo antecipar que em sua realização moveu-me o desejo de estimular entre nós o interesse pelo conhecimento e estudo dessa escola filosófica à qual fui levado através do estudo da obra de Ludwig Wittgenstein. Essa escola, além de contar em seu rol de filósofos e psicólogos, nomes de pensadores que de fato revolucionaram a filosofia de nosso tempo, tem na pesquisa dos fenômenos psíquicos e no desenvolvimento da psicologia um de seus polos principais. Devo dizer ainda que dados os limites impostos por este informe, procurei ater-me estritamente à descrição das características dessa filosofia, deixando para outra ocasião a problematização das muitas e importantes questões que essa descrição sumária possa levantar.
FILOSOFIA AUSTRÍACA
"A cada qual aparece sob forma diferente. Disfarça-se em mil nomes e termos;
mas é sempre a mesma" (Goethe, A Natureza, 1932)
Desde 1968, Rudolf Haller, Professor do Instituto de Filosofia da Universidade Karl-Fran-zens de Graz, defende a posição de que há uma sutil e profunda influência exercida pelo meio cultural e filosófico austríaco sobre o desenvolvimento intelectual de Ludwig Wittgenstein (1889-1952), pensador que revolucionou a filosofia do século XX. Em seu livro Questions on Wittgenstein, fruto de longos anos de pesquisa, o Professor Haller apresenta um quadro da filosofia austríaca para a compreensão de Wittgenstein, quadro que julga não exclusivo mas sem o qual, diz ele, "é impossível avaliá-lo adequadamente". Ao apresentar tal quadro, Rudolf Haller avança também sua tese principal, ou seja, da afirmação da existência de uma filosofia especificamente austríaca, por oposição às demais correntes filosóficas do espaço da língua alemã, que no seu entender, a história da filosofia ainda não tratou com justiça.
De acordo com Rudolf Haller (1988), a filosofia austríaca nasce em 1874, com o aparecimento do livro Psicologia de um ponto de vista empírico, de Franz Brentano (1838-1917) e suas características distintivas podem ser vistas nos princípios defendidos por Brentano e aqueles autores que seguiram em sua escola de pensamento filosófico, ou seja, a afirmação do conhecimento unificado, a orientação para a ciência, o realismo empirista a a crítica da linguagem.
Desde o começo de sua atuação docente, Brentano defendeu a tese de que a investigação filosófica deveria proceder por analogia com as ciências naturais. Tal orientação para a ciência se explicita com a quarta tese de sua Livre-Docência, defendida em Würzburg no ano de 1866: "O verdadeiro método da filosofia não é outro que o das ciências naturais." (Haller, 1988, p.3). Dentre as 25 teses por ele propostas nesse concurso, essa foi a proferida como objeto de todos os ataques pois foram muitos os malentendidos havidos em sua compreensão. Nesse sentido, os ataques feitos por Franz Exner, então Reitor da Universidade de Viena, aos quais Brentano procura responder através de conferência pronunciada em 1892, publicada sob o título O futuro da filosofia, bem exemplificam a incompreensão e os malentendidos possíveis.
Conforme se pode ler no texto dessa Conferência, a aplicação do método das ciências naturais à investigação filosófica não significa que se deva compreender sob esse nome apenas o método especial da mecânica racional e proceder como nos casos mais simples de mecânica, que retrocede às leis fundamentais e delas deriva leis secundárias para explicar os fenômenos essenciais, como pensou o Reitor Exner. Em seu discurso, Brentano salienta ainda que embora as leis físico-químicas constituam uma base sólida, não se pode através delas compreender a estrutura da célula; que não se poderia a partir de uma causa primeira explicar todo o complexo de reações entre as inumeráveis partes do organismo entre si e com o mundo exterior; que, as diferentes ciências determinam empiricamente as leis que regem os fenômenos específicos por elas estudados:
O fisiólogo determina empiricamente os estados da evolução embrionária e do florescimento das forças juvenis, e sua decadência na decrepitude. O morfologista nos mostra empiricamente as relações entre a variação de um órgão e as de outro. O zoólogo nos conta que todos os gatos brancos com olhos azuis são surdos; verifica esta lei empiricamente, sem poder deduzi-la de princípios superiores, nem explicá-la depois de observada. O etnólogo desenha as variações que hoje se apresentam na raça branca, e que dentro de poucos séculos se apresentarão no ocidente da América do Norte... (e) constata empiricamente, que isso se deve a influências climatológicas... Mas não lhe passa pela cabeça derivar esses fenômenos das leis fundamentais que regem as suas condições físico-químicas primárias. (Brentano, 1936, p. 67-8)
Após ter arrolado tais fatos, Brentano procura esclarecer que sua convicção sobre a aplicabilidade do método das ciências naturais às ciências do espírito não implica em uniformização ou criação de uma linguagem unificada na qual todas as demais ciências deveriam ser traduzidas:
Por conseguinte, a ciência da natureza não exige, de maneira alguma, como se supõe no argumento (de Exner, N.A.S.N), que em todas partes devemos proceder uniformemente, como nos casos mais simples da mecânica. Pelo contrário, ela nos ensina e nos exercita na mudança de nossos procedimentos de acordo com a índole especial dos objetos, e a aumentar ou rebaixar nossas exigências para obter em um caso, um êxito completo e noutro, renunciando ao impossível, o cientificamente possível. (Brentano, 1936, p.68)
Outro argumento que o Reitor Exner levanta contra a tese de Brentano é o de que fenômenos morais e sociais são fenômenos históricos ao passo que os da mecânica não o são, sendo, dessa forma, o método histórico-político aquele das ciências do social. Do ponto de vista dos objetos em questão, Brentano concorda que não se pode negar que certos fenômenos apresentem um caráter histórico mais diferenciado do que outros. No entanto, isto não é algo que separe o domínio das ciências naturais das ciências do espírito pois, para Brentano, não se pode duvidar de que também as ciências naturais abarcam em grande massa fenômenos históricos.
Exner diz: 'a mecânica não conhece nem o passado nem o futuro.' Não quero responder que isto não é exato, porque todo movimento transcorre em uma sucessão temporal de momentos... Mas, pode dizer-se o mesmo da embriologia e do estudo dos diversos estádios da evolução desde o embrião até o organismo já desenvolvido? Vale o mesmo para o estudo das idades da vida e de suas disposições tão sensivelmente diferentes? Vale o mesmo para o curso de uma enfermidade em um caso particular e para as variações do caráter de uma epidemia de uma época para outra? Não têm estes fenômenos em si mesmos nada de histórico? (Brentano, 1936, p. 70-1)
Conforme salienta Rudolf Haller, essa tendência teórica da filosofia austríaca que afirma a tese do conhecimento unificado, se revela em pensadores tão diferentes como Brentano e Ernst Mach (1838-1916) e mais tarde atingirá seu desenvolvimento pleno no Círculo de Viena e na filosofia analítica.
Pois bem, se por um lado esta quarta tese de Brentano esplicita a orientação para a ciência como algo próprio da filosofia austríaca, por outro, ela contém ainda uma segunda característica dessa tradição filosófica. De acordo com Rudolf Haller (1988), ela anuncia o programa filosófico de Brentano e envolve uma afirmação dupla:
...primeiro que a separação entre um método empírico e um transcendental proposta por Kant devia ser revogada, em favor do primeiro; e segundo, que com o fim da separação metodológica, padrões científicos no sentido estrito das ciências naturais deviam ser mantidos para todos os eventos, (p.3)
Assim, o interesse de Brentano pelos padrões científicos na realização de seu programa filosófico apresenta diferenças essenciais com a tradição kantiana de filosofia especulativa, igualmente interessada em procedimentos científicos. Conforme assinala Rudolf Haller, a filosofia austríaca se caracteriza pela oposição a todas as tendências transcendentais e idealísticas, através de sua linha realística, que aparece mesmo antes de Brentano e se concretiza em Johann Frie-derich Herbart (1776-1841), no herbatianismo e, sobretudo, no realismo lógico de Bernard Bolzano (1741-1848). Dessa forma, nas palavras de Haller,
a revolução copernicana de Kant, isto é, a derivação das leis da natureza a partir das leis do entendimento humano, de um sujeito transcendental foi uma revolução filosófica à qual não foram submetidos os filósofos austríacos. (1988, p.4)
A recusa de um sujeito transcendental a que alude Haller, pode ser vista ainda numa passagem de Oskar Kraus (1872-1942), a propósito da comparação da obra de Brentano com aquela de dois de seus discípulos mais famosos:
Brentano não conhece esses objetos ideais, intemporais, gerais, aos quais, Husserl ensina, devemos atribuir um ser verdadeiro, nem esses objetos subsistentes bestchende e portanto ausentes (daseinsfrei) de que fala Meinong. A intuição husserliana das essências é para Brentano apenas uma ficção, na medida em que ela pretenda ser mais do que uma representação abstrativa, quer dizer simplificante e generalizante (Kraus, 1955, p. xix)
Para Oskar Kraus, um dos mais fiéis discípulos de Brentano, a recusa a qualquer transcendência afirma a originalidade do mestre com relação a seus discípulos famosos.
No prefácio de seu Psicologia de um ponto de vista empírico, Brentano declara ter colocado nessa obra a meta de realizar, na ordem das idéias referentes ao psíquico, o que outras ciências como a física ou a química já haviam realizado. Brentano buscava encontrar
um núcleo de verdade geralmente admitida, em torno da qual, graças ao concurso de numerosas forças, não tardariam a vir se agregar de todas as partes novas cristalizações. (1943, p.21)
e o que forneceria o fundamento para uma psicologia empírica, a nova ciência que ele desejava estabelecer. Assim, sigamos um pouco mais de perto algumas de suas idéias, posto que elas podem nos levar à caracterização da filosofia austríaca como voltada para o uso do método de crítica da linguagem.
Nessa obra Brentano (1943, p.102) oferece um critério para o estabelecimento da distinção entre fenômeno físico e fenômeno psíquico, o critério da intencionalidade:
O que caracteriza todo fenômeno psíquico é o que os escolásticos da Idade Média chamaram de 'presença intencional' (ou ainda mental) de um objeto e o que nós chamamos usando expressões que não excluem qualquer equívoco verbal em relação a um conteúdo, em direção a um objeto (sem que seja entendido como tal uma realidade) ou objetividade imanente. Todo fenômeno contêm em si alguma coisa a título de objeto, mas cada um o contêm à sua maneira. Na representação, é alguma coisa que é representada, no julgamento é algo que é admitido ou rejeitado, no amor, algo que é amado, no ódio algo que é odiado, no desejo alguma coisa que é desejada, e assim por diante. Esta presença intencional pertence exclusivamente aos fenômenos psíquicos. Nenhum fenômeno físico apresenta nada de semelhante. Podemos então definir os fenômenos psíquicos dizendo que são os fenômenos que contêm em si internacionalmente um objeto (Gegenstand).
De acordo com Haller, pelo critério da intencionalidade Brentano afirma que nunca representamos, julgamos, amamos ou odiamos sem representar, julgar, amar ou odiar alguma coisa e que todas as atividades psíquicas são dirigidas para objetos, sendo exatamente esta propriedade que distingue os atos psíquicos de tudo o que é físico. Os atos intencionais, diz Haller, como as atitudes proposicionais implicam em objetos intencionais, sem contudo implicarem em objetos existentes, e tal distinção se mostra com clareza nas palavras de Chisholm, um intérprete contemporâneo da obra de Brentano: "podemos desejar ou pensar em cavalos que não existem, mas apenas podemos cavalgar naqueles que existem" (Hailer, 1988, p.4).
Na doutrina de Brentano, outra característica comum a todos os fenômenos psíquicos é sua percepção exclusiva pela percepção interior, diferentemente dos fenômenos físicos que são percebidos apenas pela percepção externa. Brentano considera a "evidência imediata" (um dos conhecimentos que nos é dado pela experiência, diz ele) como o caráter distintivo da percepção interior: "Portanto, quando dizemos que os fenômenos psíquicos são aqueles que são apreendidos pela percepção interior, isto significa que sua percepção é imediatamente evidente" (Brentano, 1943, p.104).
Quando Brentano traça a diferença entre os fenômenos psíquicos e os fenômenos físicos, ele deixa bem claro que tem em vista a elucidação do sentido desses termos, que está a fazer a crítica da linguagem referente a esses fenômenos. E, dessa maneira, afirma a "percepção interior", dado o seu caráter de "evidência imediata", como a percepção no sentido próprio da palavra. De acordo com sua argumentação, a percepção externa não pode ser considerada verdadeiramente uma percepção, exatamente pela falta de característica da evidência imediata. A percepção exterior capta aparências: cores, paisagens, acordes, calor, frio, odor, imagens, diz Brentano, e estes fenômenos não podem ser demonstrados de nenhuma maneira como verdadeiros e reais:
A percepção dita exterior não é uma percepção no sentido rigoroso do termo; e assim podemos dizer que os fenômenos psíquicos são os únicos a propósito dos quais podemos falar de percepção no sentido próprio da palavra. (1943, p. 104-5)
Por outro lado, demonstrando o caráter de evidência imediata da percepção interna como algo já presente no significado etimológico da palavra alemã usada para designar percepção, Wahrnehmung, que literalmente significa apreender o verdadeiro, Brentano define os fenômenos psíquicos como os únicos que possuem existência efetiva fora da existência intencional.
O conhecimento, a alegria, o desejo existem efetivamente; a cor, o som, o calor têm apenas uma existência fenomenal e intencional. (Brentano, 1943, p.105)
O que distingue a metodologia de Brentano, conforme indica Rudolf Haller (1988), são as três prescrições ditadas por seu programa de pesquisa: (1) disciplina; (2) a condução empírica das próprias pesquisas dentro dessa concepção de percepção interior, ou seja, dentro da concepção de que a percepção interior é um tipo básico de fato-percepção; e, (3) a aplicação de métodos críticos e analíticos à linguagem como um meio de remover ficções e pseudo-problemas da filosofia, (p.4)
O aspecto de análise da linguagem contido nas prescrições de Brentano, enquanto característica da filosofia austríaca, faz parte se sua filiação à longa "história familiar" da crítica da linguagem, uma história na qual, como indica Haller, encontramos de um lado Locke, Berkeley e os nominalistas tardios e, de outro, Otto Friedrich Gruppe, Friedrich Jacobi, J. G. Herder, 3. G. Hamman e G. Vico. Nessa lista são também importantes as contribuições de Ernst Mach e seus seguidores, Adolf Stõrh e Ludwig Boltzmann. E, no caminho que leva a Wittgenstein, ressalte-se o nome de Fritz Mauthner (1849-1923), que fazendo uso da crítica da linguagem como instrumento de análise filosófica, antecipa o autor do Tractatus ao caracterizar, em 1901, a lógica como vazia de conteúdo, como um sistema de tautologias.
Ao descrever a concepção de filosofia de Wittgenstein, Rudolf Haller nos diz que seu cerne está no fato de que a filosofia deve ser interpretada como crítica da linguagem. No entanto, diz ainda, tal crítica não significa a formulação de teses pois a filosofia não é uma teoria, mas, pelo contrário, uma análise e descoberta da estrutura superficial e profunda da linguagem, uma atividade de clarificação como indica Wittgenstein na proposição 4.112 do Tractatus: "a filosofia objetiva a clarificação lógica dos pensamentos." (Haller, 1988, p.17) Esta concepção da atividade filosófica, acrescenta Haller, foi adotada pelos néo-positivistas do Círculo de Viena, que dela derivaram sua auto-nomeação como empiristas lógicos e a definição de sua tarefa: a "elucidação e demarcação das frases empíricas e a crítica de todas as pseudo-proposições" (1988, p.17).
Assim, seguindo a tradição filosófica austríaca, tanto Brentano como Wittgenstein usam a crítica da linguagem como instrumento de análise no combate à especulação metafísica, e esta, conforme nos ensina Haller, deve ser, num sentido amplo, uma crítica do conhecimento e de sua aquisição, posto que, diz ele, não se trata de uma crítica da "razão pura" mas da dependência que esta tem da linguagem, que a torna "razão impura" (Gerber). Dessa forma, nesse método é o instrumento da razão (a linguagem) que deve ser sujeito à crítica porque o ser humano dele depende para o conhecimento do mundo.
Além das características antes mencionadas: a orientação para a ciência, a crítica da linguagem e o empirismo (principalmente de Mill e Hume), é fundamental para o paradigma do método, o que Haller chamou de perspectiva holística: a visão de que todo um sistema de proposições está vinculado às nossas crenças. Esse holismo como fundamento epistêmico da ciência é um aspecto pelo qual se revelam fortes afinidades mesmo em linhas de pensamento opostas dentro da filosofia austríaca, como as desenvolvidas por Otto Neurath e Wittgenstein. Enquanto que o primeiro defendia que o teste de qualquer teoria deveria se referir a "uma rede completa de conceitos e não a conceitos que podem ser isolados" (Haller, 1988, p.13), o segundo argumentou que não aprendemos regras mas totalidades de julgamentos e que "não acreditamos numa simples proposição, mas em todo um sistema de proposições" (1988, p. 23). E, para completar, lemos ainda nessa direção a seguinte passagem da Gramática filosófica" de Wittgenstein:
"A compreensão da linguagem, como a de um jogo, parece como um pano de fundo contra o qual uma frase particular adquire significado." (Wittgenstein, 1974, p.50)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRENTANO, F. El porvenir de la filosofia. (Über die Zukunft der Philosophie). Trad. X. Zubiri. Madrid, Revista de Ocidente, 1936. 254p. [ Links ]
BRENTANO, F. Psychologie du point de vue empirique.(Psychologie von empirischen Standpunkt). Trad. Maurice de Gandillac. Paris, Aubier, 1943. 461p. [ Links ]
GOETHE, J. W. A natureza (fragmento). In: RIBEIRO, J. Goethe: notas apressadas de um jornalista. Rio de Janeiro, Revista de Língua Portuguesa, 1932. 120p. (Obras filosóficas, críticas e literárias de João Ribeiro). [ Links ]
HALLER, R. Gibt es eine Österreichische Philisophie? In: Fragen zu Wittgenstein. Amsterdã, Rodopi, 1986, p. 31-43. (Studien zur Österreichischen Philosophie, 10). [ Links ]
HALLER, R. Questions on Wittgenstein. Londres, Routledge. 1988,150p. [ Links ]
KRAUS, O. Introduktlion. In: BRENTANO, Franz. Psychologie von empirischem Standpunkt. 2. ed. Hamburg, Felix Meiner, 1955. v.1 p.xix.
WITTGENSTEIN, L. Philosophical grammar. Trad. Anthony Kenny. Oxford, Basil Blackwell, 1974. 496p. [ Links ]
FORSCHUNGSSTELLE UND DOKUMENTATIONSZENTRUM FÜR OSTERREICHISCH PHILOSOPHIE. Centro de Pesquisa e Documentação de Filosofia Austríaca.
Características e objetivos
O Centro funciona desde 1982 em Graz. Nesse período realizou uma série de pesquisas e projetos editoriais, passou a abrigar numerosos espólios literários, copiou e duplicou documentos, organizou o Arquivo Brentano, deu início ao projeto de bibliografia da filosofia austríaca, ampliou o Serviço de Informação de Literatura filosófica, psicológica e de documentação, em trabalho conjunto com o Instituto de Filosofia da Universidade de Düsseldorf e montou uma Biblioteca para trabalhos de filosofia austríaca, em conjunto com a Biblioteca da Universidade de Graz. Desde 1989, o Centro edita ainda um informativo, o FÖP DÖP Nachrichten, que, em seqüências editoriais irregulares, destina-se a dar informações mínimas sobre cada parte dos trabalhos realizados e de seus resultados aos que se interessam por filosofia austríaca. No primeiro número desse informativo, os objetivos do Centro são apresentados da seguinte forma:
O Centro de pesquisa foi concebido, desde o princípio, não como uma mera organização bibliotecária, mas sim como uma célula de filosofia viva. Não apenas como garantia de encontrar uma tradição, mas também como modelo de pensamento filosófico no qual devem ser compreendidos os trabalhos sobre questões dessa tradição. Por isso nos empenhamos menos na documentação da filosofia do presente do que na renovação e continuação de seu grande passado.1
Cooperação com outras instituições
O Centro mantém intercâmbio com uma série de instituições possuidoras de arquivos e documentos que sejam essenciais aos interesses de pesquisa e documentação ou que representem interesses semelhantes aos seus. Assim, mantêm contatos e convênios com as seguintes instituições a nível internacional:Wiener-Kreis-Archiv (Arquivo Círculo de Viena)l Amsterdã; Franz Brentano Forschung (Pesquisa Franz Brentano), do Seminário Filosófico da Universidade Würz-burg; Sozialwissenschaftlichen Institut (Instituto de Ciências Sociais), em Konstanz; Ernst-Mach-Institut (Instituto Ernst Mach), em Freiburg (Breisgau); Der Forchungsstelle für Mittleuropäische Philosophic (Centro de Pesquisa de Filosofia Centro Européia), em Trento; Carnap Collection (Coleção Carnap) da Biblioteca Hillman da Universidade de Pittsburg. Na Áustria, há convênios com as seguintes instituições: Brenner-Archiv (Arquivo Brenner) da Universidade de Innsbruck; Bolzano Forschungsstelle (Centro de Pesquisa Bolzano) do Instituto Filosófico da Universidade de Salzburgo; Dokumentationsstelle für Neuere Österreichische Literature (Centro de Documentação da Nova Literatura Austríaca), em Viena.
Por outro lado, a partir do trabalho conjunto com inúmeras bibliotecas e arquivos da Áustria, assim como da Alemanha, Tchecoslováquia, Polônia, Suíça e Estados Unidos, foram adquiridos pelo Centro, nos últimos anos, muitas cópias de documentos originais da história da filosofia austríaca, especialmente aqueles referentes à biografia de filósofos austríacos.
Documentação
Os arquivos existentes no Centro são organizados tendo em vista um duplo alvo estabelecido: primeiro a aquisição de obras póstumas existentes, tais como manuscritos e correspondências, principalmente através de doações, uma vez que ele não dispõe de meios financeiros à sua disposição para tal; e, segundo, a aquisição de cópias de materiais inéditos, que se encontrem em mãos de particulares ou de órgãos públicos, com vistas à sua preparação para pesquisas.
Assim, os arquivos existentes estão classificados da seguinte maneira:
a) Originais
FRANZ BRENTANO (1838-1917). Filósofo em Würzburgo e Viena; mais tarde domiciliou-se em Schonbühel/NO e Itália.
Biblioteca pessoal: 870 títulos, dentre os quais valiosas primeiras edições; trabalhos avulsos contendo numerosos apontamentos e anotações manuscritas por Brentano; cartas.
KARL BÜHLER (1879-1963). Psicólogo em Bonn, Munique, Dresden e Viena. Em 1938 emigrou para os Estados Unidos.
Espólio Literário: manuscritos e escritos datilografados sobre psicologia, teoria da linguagem, e Biologia (12.000 folhas).
WILHELM MARIA FRANKL (1878-1933). Discípulo de Meinong, membro da Grazer Schule (Escola de Graz), professor em Mührisch-Trübau.
Escritos datilografados sobre teoria da realidade (Wirklichkeitstheorie), ética, filosofia religiosa, (507 folhas).
FRANZ HILLEBRAND (1863-1926). Filósofo e psicólogo em Viena e Innsbruck.
Acompanhamento escrito de cursos de Brentano sobre lógica, filosofia prática, psicologia, metafísica (330 folhas).
Curso próprio sobre Aristóteles, Platão, filosofia grega. (Pós-escritos de A. Kastils, 650 folhas).
ALOIS HÖFLER (1853-1922). Filósofo, Psicólogo e Pedagogo em Viena e Praga.
Espólio literário: exemplares pessoais de suas próprias publicações (250 títulos); manuscritos, escritos datilografados, atas da Universidade e de Sociedades.
Documentação pessoal (catálogo em preparação): 5000 cartas.
GEORGE KATKOV (1903-1985). Filósofo e historiador, secretário da Sociedade Brentano em Praga. Emigrou para a Inglaterra em 1939.
Espólio literário: Biblioteca (200 títulos, publicações de Brentano e de discípulos de Brentano); escritos datilografados, cartas, correspondência Kraus-Brentano/Marty-Brentano; escritos datilografados e cópias do espólio de Brentano (catálogo em preparação).
OSKAR KRAUS (1872-1942). Jurista e filósofo em Praga. Emigrou para a Inglaterra em 1939.
Espólio literário: Publicações, escritos datilografados, apontamentos de aulas, correspondência; escritos datilografados e cópias do espólio de Brentano; notas sobre e cartas de A. Schweitzer (catálogo em preparação).
ANTON MARTY (1847-1914). Filósofo em Cernowitz e Praga.
Espólio literário: manuscritos sobre psicologia, estética, ética, história da filosofia, teoria do conhecimento, metafísica, religião; cópias de ensaios póstumos de Brentano, notas sobre Brentano; atas universitárias, documentos pessoais (330 registrados, ca. 15.000 folhas).
JOSEF PANETH (1857-1890). Fisiologista em Viena. Manuscritos póstumos de F. Nietzsche, escritos datilografados, correspondência (450 folhas).
FRANZ WEBER (1890-1975). Discípulo de Meinong, filósofo em Liubliana.
Espólio literário: manuscritos, escritos datilografados, documentos pessoais (1700, além de cópias das publicações de Weber).
b) Cópias
FRIEDRICH ADLER: troca de correspondência com E. Mach (58 cartas).
HUGO BERGMANN: correspondência com David Baumgardt.
FRANZ BRENTANO: manuscritos póstumos e correspondência em forma de cópias/escritos datilografados e fotocópias dos originais (26.000 folhas e cerca de 2.500 cartas).
RUDOLF CARNAP: troca de correspondência com Neurath (160 cartas), Ch. Morris e M. Schlick.
CHRISTIAN VON EHRENFELS: manuscritos sobre teoria do valor, estética, ética, psicologia, teoria do conhecimento (catálogo em preparação); correspondência (1370 cartas).
KURT GÖEL: correspondência familiar (880 folhas).
HEINRICH GOMPERZ: troca de correspondências com M. Schlick, E. Husserl, C. Stumpf, H. Feigl, R. Carnap, R. Wahle e E. Mach.
THEODOR GOMPERZ: troca de correspondência com E. Mach.
ERNST MACH: apontamentos de aulas, diário (1380 folhas). Correspondência (464 cartas).
THOMAS G. MASARYK: correspondência com F. Brentano, C. Ehrenfels, T. Gomperz, E. Husserl, A. Marty, A. Meinong e C. Stumpf.
ALEXIUS MEINONG: Anotações de acompanhamento das aulas de Brentano sobre filosofia prática, lógica, história da filosofia; manuscritos e suas próprias anotações sobre psicologia, teoria do conhecimento e teoria dos objetos (5030 folhas). Correspondência (4520 cartas).
OTTO NEURATH: troca de correspondências com F. Tönnies, M. Schlick, C. Morris e R. Carnap.
FERDINAND TÖNNIES: correspondência com M. Adler, L. Braun, L. Brentano, M. Buber, Jastrow, W. Jerusalem, F. Mauthner, O. Neurath (88 cartas), (e J. Popper-Lynkeus.)
KAZIMIERZ TWARDOWSKI: manuscritos sobre lógica (1830 folhas).
FRIEDRIECH WAISMANN: manuscritos sobre Schlick, filosofia da matemática, filosofia da linguagem, teoria do conhecimento (1060 folhas).
LUDWIG WITTGENSTEIN: manuscritos das Investigações Filosóficas e das Observações Filosóficas (5110 folhas).
PUBLICAÇÕES
BERG, Jahn/MORSCHER, Edgar:
Bernard Bolzano: Der Österreichische Philosoph. In: W. L. Gombocz/R. Haller/Heinrichs (Hrsg.), Internationale Bibliographie zur Österreichischen Philosophie 1974/75 (Amsterdam 1986). p.15-65
BRANDL, Johannes:
Vorwart zu F. Brentanos "Von der Natur der Vorstellung". In:Österreichische Philosophen und ihr Einfluss auf die analystische Philosophie der Gegenwart. Band II: Philosophie der Psycchologie (= Conceptus, Jg. 21, Nr. 53/54,1987), S. 19-23.
BRENTANO, Franz:
Von der Natur der Vorstellung (Erstveröffentlichung aus dem Brentano-Archiv der FÖP). In Österreichische Philosophen und ihr Einfluss auf die analytische Philosophie der Gegenwart. Band II: Philosophie der Psychologie (=Conceptos, Jg. 21, Nr. 53/54,1987), S. 25-31.
CHISHOLM, Roderick M.:
The Self in Austrian Philosophy. In: J. C. Nyiri (Hrsg.), Von Bolzano zu Wittgenstein Zur Tradition der Österreichischen Philosophie (Wien 1986), p. 71-74.
CHISHOLM, Roderick M.:
Reflections on Ehrenfels and the Unity of Consciousness. In: R. Fabian (Hrsg.), Chr. von Ehrenfels-Leben und Werk (Amsterdam 1986), p. 136-149.
CHISHOLM, Roderick M./MAREK, Johann C:
Einleitung in: Franz Bretano, Über Ernst Machs "Erkenntnis und Irrtum" (Studien zur Österreichischen Philosophic, Bd. Vl, Amsterdam 1988), p.1-12.
EHRENFELS, Christian von:
Philosophische Schriften, Band 1: Werttheorie. Hrsg. von Reinhard Fabian. Mit einer Einleitung von Wolfgang Grassl. München/Wien: Philosophia (1982), VIII+614.
EHRENFELS, Christian von:
Philosophische Schriften, Band 2: Ästhetik. Hrsg. von Reinhard Fabian. Mit einer Einleitung von Rudolf Haller. München/Wien: Philosophia (1986), VIII+502.
EHRENFELS, Christian von:
Philosophische Schriften, Band 3: Ethik, Psychologie, Erkenntnistheorie. Hrsg. von Reinhard Fabian. Mit einer Einleitung von Peter M. Simons. München/Wien: Philosophia (1988), VIII+521.
FABIAN, Reinhard/SIMONS, Peter:
The Second Austrian School of Value Theory. In: W. Grassl/B. Smith (eds.), Austrian Economics-Historical and Philosophical Background (LOndon 1986), p.37-101.
FABIAN, Reinhard:
Leben und Wirken von Christian von Ehrenfels. Ein Beitrag zur intellektuellen Biographic In: R. Fabian (Hrsg.), Christian von Ehrenfels Leben und Werk (Studien zur Österreichischen Philosophic, hrsg. von R. Haller, Band VIII. Amsterdam 1986), p. 1-64.
FLECK, Lola:
Otto Neuraths Beitrag zur Theorie der Sozialwissenschaften. In: F. Stadler (Hrsg.), Arbeiterbildung in der Zwischenkriegszeit. Otto Neurath - Gerd Arntz (Wien/München 1982), p.100-103.
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Über Anna Schapira-Neurath. In: F. Stadier (Hrsg.). Arbeiterbildung in der Zwischenkriegszeit. Otto Neurath Gerd Arntz (Wien/München 1982), p.229-230.
GOMBOCZ, Wolfgang L.:
Vorworte zu: Internationale Bibliographic zur Österreichischen Philosophic 1974-1975 (Amsterdam 1986, p.7-11) und 1980-1981 (Amsterdam 1988, p.7-13).
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GRASSL, Wolfgang/SMITH, Barry:
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Lebensform oder Lebensformen? In: Grazer Philosophische Studien 21 (1984), p.55-63.
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Was Wittgenstein a Neopositivist? In: Fundamenta Scientiae 5 (1984), p.271-283.
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Der erste Wiener Kreis. In: Epistemology, Methodology and Philosophy of Science. Essays in Honor of C. Hempel (Erkenntnis 22,1985), p.341-358.
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Elemente der deskriptiven Psychologie. Zwei Auszüge aus Nachschriften von Vorlessungen Anton Martys (Erstveröffentlichung) aus dem Brentano-Archiv der FÖP). In:Österreichische Philosophen und ihr EnfluB auf die analytiche Philosophie der Gegenwart. Band II: Philosophie der Psychologie (= Conceptus, Jg. 21, Nr. 53/54,1987), p.49-66.
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Mach und Ehrenfels Über Gestaltqualitäten und das Problem der Abhängigkeit. In: R. Fabian (Hrsg.), Chr. von Ehrenfels Leben und Werk (Amsterdam 1986), p.85-111.
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Theorie und Trieb Bemerkungen zu Ehrenfels. In: R. Fabian (Hrsg.), Chr. von Ehrenfels Leben und Werk (Amsterdam 1986), p.214-246.
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Alois Riehl und der Herbartianismus in Österreich. In: J. C. Nyiri (Hrsg.), Von Bolzano zu Wittgenstein Zur Tradition der österreichischen Philosophie (Wien 1986), p.132-140.
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Ethik und Werturteilsproblematik im Wiener Kreis. In: J. C. Nyiri (Hrsg.), Von Bolzano zu Wittgenstein Zur Tradition der österreichischen Philosophie (Wien 1986). p.162-172.
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The Theory of Value of Chr. von Ehrenfels. In: R. Fabian (Hrsg.), Chr. von Ehrenfels Leben und Werk (Amsterdam 1986, p.150-171).
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Die Erfassung der österreichischen Nationalphilosophie im Rahmen der empirischen Metaphilosophie. In: J. C. Nyiri (Hrsg.), von Bolzano zu Wittgenstein Zur Tradition der österrichischen Philosophie (Wien 1986), p.54-70.
STOCK, Wolfgang G.:
Am Beispiel Wilhelm M. Frakl (1878-1933): Logik, Naturphilosophie, Ontologie und Wissenschaftstheorie in der Grazer Schule. In: W. L. Gombocz/R. Haller/N. Heinrichs (Hrsg.), Internationale Bibliographie zur österreichischen Philosophie 1980/81 (Amsterdan 1988), p. 17-89.
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Psychologie und Philosophie der Grazer Schule. Ein informetrischer Überblick zu Werk und Wirkungsgeschichte von Meinong, Witasek, Benussi. Ameseder, Schwarz, Frankl und Veber. In: Sonderband der Internationalen Bibliographie zur österreichischen Philosophie (Hrsg. von W. L. Gombocz, R. Haller, N. Heinrichs Amsterdam 1989, im Druck).
WEBER, Franz:
Empfindungsgrundlagen der Gegenstandstheorie. In: Österreichische Philosophen und ihr Einfluss auf die analytische Philosophie der Gegenwart. Band II: Philosophie der Psychologie (=Conceptus,Jg. 21, Nr. 53/54,1987), p. 75-87.
WEBER, Franz:
Gefühl und Wert. In: Österreichische Philosophen und ihr Einfluss auf die analytische Philosophie der Gegenwart. Band II: Philosophic der Psychologie (= Conceptus, Jg. 21, Nr. 53/54,1987), p.89-101.
STUDIEN ZUR ÖSTERREICHISCHEN PHILOSOPHIE
Hrsg. von Rudolf Haller (Amsterdam: Rodopi, 1979 ff.).
1. RUDOLF HALLER: Studien zur Österreichischen Philosophie. Variationen über ein Thema (1979). 194.
2. WERNER SAUER: Österreichische Philosophie zwischen Aufklärung und Restauration. Beitäge zur Geschichte des Frühkantianismus in der Donaumonarchie (1982). 400.
3. RODERICK M. CHISHOLM: Brentano and Meinong Studies (1982). 124.
4. FRIEDERICH WAISMANN: Lectures on the Philosophy of Mathematics. Edited and with an Introduction by Wolfgang Grassl (1982). 170.
5. HEINER RUTTE: Wahrheit und Basis Empirischer Erkenntnis. In Vorber.
6. FRANZ BRENTANO: Über Ernst Machs "Erkenntnis und Irrtum". Mit zwei Anhängen: Kleine Schriften über Ernst Mach. Der Brentano-Mach-Briefwechsel. NachlaB herausgegeben und eingeleitet von Roderick M. Chisholm und Johann C. Marek. (1988). 250.
7. EDMUND RUNGGALDIER: Carnap's Early Conventionalism. An Inquiry into the Historical Background of the Vienna Circle (1984). 154.
8. REINHARD FABIAN (Hrsg.), Christian von Ehrenfels: Leben und Werk (1986). 286.
9. ALLAN JANIK: Essays on Wittgenstein and Weininger (1986). 253.
10. RUDOLF HALLER: Fragen zu Wittgenstein und Aufsätze zur Österreichischen Philosophie (1986). 253.
11. J. C. NYIRI: Gefühl und Gefüge. Studien zum Entstehen der Philosophie Wittgensteins (1986). 207.
12. ELISABETH LIST/ILJAR SRUBAR (Hrsg.): Alfred Schütz: Neue Beiträge zur Rezeption seines Werkes (1988). 348.
13. JOSEF NOVAK (Hrsg.): On Masaryk. Texts in English and German (1988). 398.
14. KURT SALAMUN (Hrsg.): Karl R. Poper und die Philosophie deskritischen Rationalismus. Zum 85. Geburstag von Karl R. Pooper (im Erscheinen).
INT. BIBLIOGRAPHIE ZUR ÖSTERR. PHILOSOPHIE
(STUDIEN ZUR ÖSTERR. PHILOSOPHIE SUPPLEMENT)
Herausfegeben von Wolfgang L. Gombocz, Rudolf Haller, Norbert Heinrichs (Amsterdam: Rodopi, 1986 ff.).
1. International Bibliography of Austrian Philosophy IBÖP 1974-1975. Internationale Bibliographie zurÖsterreichischen Philosophie (mit einem Beitrag "Bernard Bolzano Der österrichischer Philosoph" von Jan Berg und Edgar Morscher) Amsterdam 1986.172.
2. International Bibliography of Austrian Philosophy IBÖP 1980-1981. Internationale Bibliographie zurÖsterreichischen Philosophie (mit einem Beitrag "Am Beispiel vom W. Frankl" von Wolfgang G. Stock). Bearbeitet von Reinhard Fabian, Wolfgang Gombocz, Jutta Valent, Helmut Werba (Amsterdam, 1988), 154.
3. International bibliography of Austrian Philosophy IBÖP 1982-1983. Internationale Bibliographie zur Österreichischen Philosophie. (In Vorbereitung).
Sonderband: Psychologie und Philosophie der Grazer-Schule.
Eine Dokumentation. Bearbeitet von Mechtild und Wolfgang Stock. (Im Cruck).
GRAZER PHILOSOPHISCHE STUDIEN
Internationale Zeitschrift für Analytische Philosophie herausgegeben von Rudolf Haller, Amsterdam: Rodopi 1975 ff.
Band 1: Amsterdam 1975. 213 pp.
Band 2: Amsterdam 1976. 249 pp.
Band 3: Amsterdam 1977. 230 pp.
Band 4: Amsterdam 1977. 210 pp.
Band 5: "Die Philosophie Franz Brentanos". Amsterdam 1978. 280 pp.
Band 6: Amsterdam 1978. 209 pp.
Band 7/8: "Essays of the Philosophy of Roderick M. Chisholm". Amsterdam 1979. 400 pp.
Band 9: Amsterdam 1979. 219 pp.
Band 10: Amsterdam 1980. 218 pp.
Band 11: Amsterdam 1980. 207 pp.
Band 12/13: "Science and Ethics". Amsterdam 1981. 298 pp.
Band 14: Amsterdam 1981. 221 pp.
Band 15: Amsterdam 1982. 247 pp.
Band 16/17: "Schlick und Neurath ein Symposion". XXIII. 489 pp.
Band 18: Amsterdam 1983. 203 pp.
Band 19: "The Worlds of Art and the World". Amsterdam 1983. 203 pp.
Band 20: "Beiträge zur Philosophie von Stephan Körner". Amsterdam 1983. 305 pp.
Band 21: Amsterdam 1984. 225 pp.
Band 22: Amsterdan 1984. 201 pp.
Band 23: Amsterdam 1985.194 pp.
Band 24: Amsterdam 1985. 242 pp.
Band 25/26: "Non-Existence and Predication". Amsterdam 1985/1986. 602 pp.
Band 27: Amsterdam 1986. 230 pp.
Band 28: "Philosophische Aufsätze zu Ehren von Roderick M. Chisholm". Amsterdam 1986. 300 pp.
Band 29: Amsterdam 1987. 224 pp.
Band 30: "Science and Ethics". Amsterdam 1987. 213 pp.
Band 31: Amsterdam 1988. 243 pp.
Band 32: Amsterdam 1989 (im Erscheinen)
Band 33: "Wittgenstein im Brennpunkt". Amsterdam 1989 (im Erscheinen)
1 FÖP-DÖP NACHRICHTEN. Grasz, Forchungsstelle und Dokumentationszentnim für Österreichische Philosophic, n.2/Janner 1989, p.5.