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Revista Psicologia Organizações e Trabalho
versión On-line ISSN 1984-6657
Resumen
SEKI, Allan Kenji y SIMAO, Caio Ragazzi Pauli. Por que "não" a uma EJ: o que é inconciliável entre a universidade pública e as empresas júniores?. Rev. Psicol., Organ. Trab. [online]. 2014, vol.14, n.4, pp.475-480. ISSN 1984-6657.
Este texto de caráter teórico tem por objetivo problematizar a relação entre as empresas juniores e a universidade pública a partir do resgate do acúmulo histórico de debates realizados sobre a temática no Departamento de Psicologia e no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina durante os anos de 2011 e 2013. Discutimos a adequação das empresas juniores às universidades públicas enquanto forma de organização estudantil, instrumento pedagógico e agente de extensão universitária. Questionamos dois aspectos centrais às propostas de empresas juniores: o discurso do empreendedorismo e o processo de empresariamento das instituições educacionais no Brasil. A partir de uma perspectiva crítica, situada teoricamente nos campos dos conhecimentos marxista e sócio-histórico, discutimos a função social das universidades públicas no Brasil. Ao fim da exposição, concluímos que tanto a ideologia empreendedora como a sua expressão, na forma de empresariamento da educação, são incompatíveis com uma universidade que se proponha a produzir conhecimento efetivamente crítico e a formar sujeitos capazes de pensar e atuar criticamente sobre as contradições do capitalismo e seus reflexos nas condições de trabalho e emprego em nossa sociedade. Constatamos que as empresas juniores cumprem papel fundamental em difundir uma visão de universidade subjugada aos ditames e demandas do mercado, que forma sujeitos meramente adequados a tal realidade.
Palabras clave : universidade; empresa júnior; capitalismo; empreendedorismo; empresariamento da educação.