22 3Encontros, derivas e intercessores em um acompanhamento terapêuticoConversando com as dores crônicas: sobre sugestões hipnóticas e níveis de experiência vivida1 
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Psicologia em Revista

 ISSN 1677-1168

KLAUTAU, Perla; WINOGRAD, Monah    SOLLERO-DE-CAMPOS, Flávia. Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente. Psicol. rev. (Belo Horizonte) []. 2016, 22, 3, pp.613-635. ISSN 1677-1168.  https://doi.org/DOI-10.5752/P.1678-9523.2016V22N3P613.

A partir do atendimento psicanalítico de pacientes portadores de lesões cerebrais, foi possível formular a hipótese de que, em muitos casos, o quadro psicopatológico que se instala após a percepção e a experiência das sequelas de adoecimentos neurológicos pode ser localizado em algum ponto entre a neurose traumática e as patologias narcísico-identitárias. Para fundamentar e ilustrar o desenvolvimento teórico dessa hipótese, apresentaremos um caso clínico no qual a compulsão à repetição é convocada como mecanismo de defesa: a experiência subjetiva de adoecimento neurológico é vivida como um golpe traumático que divide a vida entre um antes e um depois. A consequência disso é que os recursos para a elaboração psíquica são roubados, criando ou intensificando zonas psíquicas não integradas. Desse modo, é instalada uma temporalidade baseada em um presente permanente, isto é, num tempo que não fica para trás e tampouco fornece uma abertura para o que está por vir

: Trauma; Neurose traumática; Sofrimento narcísico-identitário; Compulsão à repetição.

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