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Boletim de Psicologia

 ISSN 0006-5943

SOUZA, Audrey Setton Lopes de. O desenho como instrumento diagnóstico: reflexões a partir da psicanálise. []. , 61, 135, pp.207-215. ISSN 0006-5943.

^lpt^aO objetivo deste trabalho é refletir sobre a importância dos elementos expressivos do desenho para a elaboração do raciocínio clinico do profissional na interpretação das técnicas projetivas gráficas. O desenho, assim como o sonho, se vale de elementos pictóricos para favorecer a manifestação do inconsciente, apresentando-se como elementos aparentemente insignificantes, e assim facilitadores no desarme da censura e engates para manifestação dos desejos e conflitos inconscientes. Refletindo sobre esta articulação propomos uma aproximação do desenho em seu processo de formação, no qual a folha em branco deve ser ocupada utilizando-se o lápis como instrumento de expressão Os elementos expressivos revelam-se excelentes dados para tal tipo de abordagem. Propomos considerar o desenho como uma forma possível de diálogo com as crianças, introduzindo a ideia de que a produção gráfica da criança, a exemplo da produção onírica, é antes de tudo resultado de um trabalho psíquico e de que qualquer busca de sentido só será alcançada, se esta puder ser inserida em um diálogo e uma certa postura de escuta.^len^aThe purpose of this paper is to consider the importance of the drawing expressive elements for the construction of the professional clinical reflections, in order to understand the graphic projective tests. The drawing, same as a dream, has recourse to the pictorial elements, in order to benefit the unconscious manifestation, using apparently insignificant elements, that facilitates control desarmation and a link for the manifestation of the unconscious desires and conflicts. Deliberating about this articulation we suggest an approximation of the drawing in its formation process, in which, the white paper must be filled, using the pencil as an expression instrument. The expressive elements are an excellent datum for this kind of approach. We suggest considering the drawing as a possible way to dialogue with children, introducing the idea o that the child's graphic production, as like the dream production, is primarily a result of psychological work and that any search for meaning will only be achieved if it could be inserted into a dialogue and a certain posture of listening.

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