Boletim de Psicologia
ISSN 0006-5943
DE BARROS JUNIOR, Antônio Carlos RIBEIRO, Marcelo Afonso. A empresa-mãe protetora (re)vela uma dimensão perversa. []. , 63, 139, pp.129-145. ISSN 0006-5943.
^lpt^aO capitalismo da flexibilização produziu mudanças importantes na gestão das organizações, afetando também aquelas consideradas as melhores empresas para trabalhar. Aqui descrevemos resultados de uma pesquisa de pós-graduação sobre a relação inconsciente entre o sujeito e esse capitalismo, numa rede hoteleira multinacional. O método usado foi qualitativo, sendo um estudo de psicanálise aplicada na análise do discurso de documentos da empresa e de entrevistas abertas com seis de seus funcionários, realizadas entre 2007 e 2008. A velha empresa-mãe está sendo substituída pela empresa objetiva na seleção dos que estão aptos e na implementação de mudanças que o imperativo ao lucro exige. Mantém, contudo, a roupagem da mãe-protetora, da eleita mais de 10 vezes como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil. Entretanto, delineiam-se impasses e contradições nos discursos, que parecem oscilar entre o laço social neurótico e o perverso.^len^aFlexibilization capitalism has produced important changes into the way that companies are managed, also affecting those considered as the best places to work. Here we describe results of a post-graduate research about the unconscious relationship between the subject and such capitalism in a multinational hotel company. The method adopted was qualitative - a study of applied psychoanalysis through the analysis of discourses from organizational documents and open interviews with six of the company employees, held in 2007 and 2008. The old mother-company head office is being replaced by another one, which is objective when selecting competent people and implementing changes to fulfil profit demands. It keeps the image of a protective mother elected more than 10 times as one of the best companies to work in Brazil. However, some contradictions and impasses are detected in the analysed discourses, which seem to oscillate between the neurotic and perverse social ties.
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