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Tempo psicanalitico

 ISSN 0101-4838 ISSN 2316-6576

GUERRA, Gabriela Oliveira; ALBERTI, Taís Fim    BIAZUS, Camilla Baldicera. Expressões contemporâneas do mal-estar na universidade: temporalidade e escritas da experiência. []. , 53, 2, pp.102-137. ISSN 0101-4838.

^lpt^aO presente ensaio parte de uma pesquisa construída a partir de inquietações referentes ao sofrimento psíquico no contexto universitário, produzidas a partir da experiência de escuta da pesquisadora enquanto psicóloga em instituições da rede federal de ensino. Foi tecida no desejo de construir, a partir da escuta-flânerie, espaços-tempo de reflexão sobre as expressões contemporâneas do mal-estar na universidade. Em sua especificidade, objetivou problematizar a dimensão sociopolítica do sofrimento, suas expressões e formas de reconhecimento no território universitário; bem como refletir sobre os fenômenos sociais do nosso tempo, os processos de subjetivação e as estratégias de inscrição no laço social na contemporaneidade. A abordagem metodológica define-se por uma pesquisa em psicanálise. O delineamento desse método sustenta-se na proposta ético-metodológica tecida por Gurski (2008; 2012; 2014; 2019), na qual se articulam o referencial e a escuta psicanalítica com as construções dos escritos de Benjamin sobre o tema da experiência e a posição do flanêur em Baudelaire. Os participantes da pesquisa - técnicos, docentes e discentes ligados às atividades e projetos em Psicologia Clínica e Escolar Educacional na universidade - construíram escritas da experiência. Também foram incluídos neste estudo alguns fragmentos discursivos de expressões midiáticas em reportagens atuais de sites de notícias na internet, recolhidos como restos do discurso social acerca do tema. A problematização quanto aos efeitos dos discursos que organizam o laço social nas vivências universitárias encontrou tensionamentos sobre nossos modos de ser e de viver, modos de produção e de circulação dos afetos. O desamparo, a velocidade, a estagnação, a sobrevivência, o esgotamento, a indiferença, o silenciamento. Precipitados da experiência que decantam de narrativas diversas, significantes que constituem formas de nomear o mal-estar, de fazer registro e inscrição do que inquieta, do que produz sofrimento, nos limiares da escrita. Passagens constitutivas de experiências e de subjetividades.^len^aThe present essay is based on research built from concerns regarding psychological suffering in the university context, produced from the researcher's listening experience as a psychologist in institutions of the federal education network. It was done in the desire to build, from the listening-flânerie, spaces-time for reflection on contemporary expressions of uneasiness in the university. In its specificity, it aimed to problematize the socio-political dimension of suffering, its expressions and forms of recognition in the university territory; as well as reflecting on the social phenomena of our time, the processes of subjectivation and the strategies of inscription in the social bond in contemporary times. The methodological approach is defined by research in psychoanalysis. The design of this method is based on the ethical-methodological proposal made by Gurski (2008; 2012; 2014; 2019), in which the referential and psychoanalytical listening are articulated with the constructions of Benjamin's writings on the theme of the experience and flanêur's position in Baudelaire. The research participants - technicians, teachers and students linked to the activities and projects in Clinical and Educational School Psychology at the university - built writings of the experience. Also included in this study were some discursive fragments of media expressions in current news reports on internet news sites, collected as remnants of social discourse on the topic. The problematization as to the effects of the discourses that organize the social bond in university experiences found tension on our ways of being and living, ways of production and circulation of affections. Helplessness, speed, stagnation, survival, exhaustion, indifference, silence. Coming from the experience that flows from diverse narratives, signifiers that constitute ways to name the uneasiness, to register what is restless, what produces suffering, on the writing threshold. Transitions made of experiences and subjectivities.^les^aEste ensayo se basa en una investigación construida a partir de preocupaciones sobre el sufrimiento psicológico en el contexto universitario, producida a partir de la experiencia de escucha del investigador como psicóloga en instituciones de la red educativa federal. Se tejió en el deseo de construir, desde la escucha-flânerie, espacios-tiempo para la reflexión sobre las expresiones contemporáneas de malestar en la universidad. En su especificidad, pretendía problematizar la dimensión sociopolítica del sufrimiento, sus expresiones y formas de reconocimiento en el territorio universitario; además de reflexionar sobre los fenómenos sociales de nuestro tiempo, los procesos de subjetivación y las estrategias de inscripción en el vínculo social en los tiempos contemporáneos. El enfoque metodológico está definido por la investigación en psicoanálisis. El diseño de este método se basa en la propuesta ético-metodológica hecha por Gurski (2008; 2012; 2014; 2019), en la que la escucha referencial y psicoanalítica se articula con las construcciones de los escritos de Benjamin sobre el tema de la experiencia y la posición del flanêur en Baudelaire. Los participantes de la investigación, técnicos, docentes y estudiantes vinculados a las actividades y proyectos en Psicología de la Escuela Clínica y Educativa de la universidad, elaboraron escritos sobre la experiencia. También se incluyeron en este estudio algunos fragmentos discursivos de las expresiones de los medios en los informes de noticias actuales en sitios de noticias de Internet, recopilados como restos del discurso social sobre el tema. La problematización de los efectos de los discursos que organizan el vínculo social en las experiencias universitarias encontró tensión en nuestras formas de ser y vivir, modos de producción y circulación de afectos. Impotencia, velocidad, estancamiento, supervivencia, agotamiento, indiferencia, silencio. Precipitados de la experiencia que decantan a partir de diversas narrativas, significantes que constituyen formas de nombrar el malestar, registrar y registrar lo que es inquieto, lo que produce sufrimiento, en los umbrales de la escritura. Pasajes constitutivos de experiencias y subjetividades.

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