30 2 
Home Page  


Psicologia Clínica

 ISSN 0103-5665 ISSN 1980-5438

FRANCA, Cassandra Pereira    MAZZINI, Cristiana de Amorim. Encontros e desencontros entre Laplanche e Lacan: abordagens psicanalíticas das questões sociais. []. , 30, 2, pp.211-228. ISSN 0103-5665.  https://doi.org/10.33208/PC1980-5438v0030n02A01.

^lpt^aAlgumas críticas enunciadas por Laplanche em 1960, no Colóquio de Bonneval, relacionadas ao "inconsciente estruturado como linguagem" pareciam ser, a princípio, apenas um desdobramento do pensamento de Lacan. No entanto, suas implicações acabaram estendendo-se à corrente estruturalista como um todo, trazendo uma capilaridade teórica ao debate que acabou por afastar, definitivamente, a produção desses autores. Apesar de as denúncias do caráter conservador da psicanálise por parte dos movimentos feministas e LGBT não fazerem referência direta ao pensamento de Laplanche, é possível esboçar um alinhamento comum. Judith Butler acrescenta ao debate sua visão do quanto o poder participa da construção das subjetividades, impossibilitando separar poder e gênero. A literatura sobre o assunto nos leva a concluir que, apesar de o ensino de Lacan, após algumas reformulações que levaram em conta a crítica ao estruturalismo, ter oferecido ferramentas para pensar as questões contemporâneas de maneira menos estanque, ainda existem importantes autores fazendo um uso teórico viciado que, por ter como consequência a legitimação de posições conservadoras e opressoras, pede um reposicionamento.^len^aThe critique regarding the "unconscious structured as language" presented by Laplanche at the Bonneval Colloquium, in 1960, seemed at first to be only a by-product of Lacan's theory. However, later on, such critique was extended to structuralism itself, highlighting a debate that was responsible for the breakup between these authors. In spite of not referring to Laplanche's ideas directly, we sustain that LGBT and feminist movements have a common point with Laplanche's critique of structuralism. Judith Butler contributes to this discussion by pointing out the importance of power for subjective construction, making it impossible to set apart gender from power. Therefore, literature about this subject leads us to conclude that, even if Lacan has offered tools to conceive of contemporary issues in a more flexible way, after taking some of the critiques about structuralism into consideration, there still are authors who employ his theory in order to uphold oppressive stances, which demands a reassessment.^les^aAlgunas críticas enunciadas por Laplanche en 1960, en el Coloquio de Bonneval, relacionadas al "inconsciente estructurado como lenguaje" parecían ser, en principio, apenas un desdoblamiento del pensamiento de Lacan. Sin embargo, sus implicaciones acabaron extendiéndose a la corriente estructuralista como un todo, trayendo una capilaridad teórica al debate que acabó por alejar, definitivamente, la producción de esos autores. A pesar de que las denuncias del carácter conservador del psicoanálisis, por parte de los movimientos feministas y LGBT, no hacen referencia directa al pensamiento de Laplanche, es posible bosquejar una alineación común. Judith Butler añade al debate su visión de cuánto el poder participa de la construcción de las subjetividades, impidiendo que se separe poder y género. La literatura sobre el asunto nos lleva a concluir que, a pesar de la enseñanza de Lacan, tras algunas reformulaciones que tuvieron en cuenta la crítica al estructuralismo, haber ofrecido herramientas para pensar las cuestiones contemporáneas de manera menos estancada, aún existen importantes autores haciendo un uso teórico viciado para legitimar posiciones conservadoras y opresoras, que piden un reposicionamiento.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License