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Psicologia Clínica

 ISSN 0103-5665 ISSN 1980-5438

BRASIL, Marina Valentim    COSTA, Angelo Brandelli. Psicanálise, feminismo e os caminhos para a maternidade: diálogos possíveis?. []. , 30, 3, pp.427-446. ISSN 0103-5665.  https://doi.org/10.33208/PC1980-5438v0030n03A02.

^lpt^aHistoricamente, é presente nos estudos feministas a problematização da associação da maternidade como algo inerente à identidade feminina. Como a psicanálise historicamente se constituiu como campo de saber que promoveu diversas visões acerca do papel social da mulher, o presente estudo busca compreender se há possibilidade de uma interlocução entre as produções atuais dos estudos feministas acerca da maternidade e como esta é concebida pela psicanálise, apoiando-se principalmente na teoria winnicottiana. Em outras palavras, busca compreender se a maternidade na posição winnicottiana é possível sob a ótica feminista. Após uma breve consideração histórica da relação entre o feminismo e psicanálise, apresenta-se o conceito de feminilidade e de "mãe suficientemente boa" de Donald W. Winnicott, diferenciando sua teoria das demais no campo da psicanálise, e as possíveis flexibilizações que seus estudos propuseram. Pôde-se identificar termos como inatismo, atenção integral e "mães normais" como percalços para possíveis entrelaçamentos da teoria psicanalítica winnicottiana em geral com os estudos feministas contemporâneos.^len^aHistorically, the consideration of the association of motherhood as something inherent to the feminine identity is present in feminist studies. As psychoanalysis has historically constituted a field of knowledge that promoted several views on the social role of women, the present study seeks to understand if there is a possible interlocution between the current output of feminist studies about motherhood and how it is envisioned by psychoanalysis, relying mainly on Winnicottian theory. In other words, it aims to establish whether a "Winnicott's maternity" is possible under a feminist perspective. After a brief historical review of the relation between feminism and psychoanalysis, Donald W. Winnicott's concept of femininity and "good enough mother" is presented, making a distinction between his theories and others as well as possible flexibilities which his studies proposed. It was possible to identify the terms of innatism, full attention, and "regular mother" as obstacles to a possible interweaving between Winnicott's theory and contemporary feminist studies.^les^aHistóricamente, la problemática de la asociación de la maternidad como inherente a la identidad femenina es presente en los estudios de género. Como el psicoanálisis ha constituido históricamente un campo de conocimiento que ha promovido varias visiones sobre el papel social de la mujer, el presente estudio busca entender si existe la posibilidad de una interlocución entre las producciones actuales de estudios feministas sobre la maternidad y cómo es concebida por el psicoanálisis, basándose principalmente en la teoría winnicottiana. En otras palabras, busca comprender si la maternidad en la posición winicottiana es posible bajo la óptica feminista. Después de un breve examen histórico de la relación entre el feminismo y el psicoanálisis, se presenta el concepto de la femineidad y de la "madre suficientemente buena" de Donald W. Winnicott, diferenciando su teoría de las demás, y las posibles flexibilizaciones que sus estudios propusieron. Se puede identificar en términos como innatismo, atención integral, y "madres normales" como percances para posibles entrelazamientos de la teoría psicoanalítica winnicottiana en general con los estudios feministas contemporáneos.

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