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Revista Brasileira de Psicanálise

 ISSN 0486-641X

MONCAYO, Raul. O supervisor suposto saber: perspectivas lacanianas sobre a análise de controle.Mariana Ali Mies. []. , 55, 4, pp.69-89. ISSN 0486-641X.

De forma a preservar o ímpeto evolutivo e o alcance da psicanálise, a tarefa da análise de controle é prevenir o estabelecimento da inércia que busca o menor denominador comum e a degeneração de ideias e práticas em evolução na direção de banalizações e preconceitos. A uma instituição psicanalítica é necessário manter padrões mínimos e simultaneamente preservar-se como ambiente vibrante e dinâmico para o contínuo desenvolvimento e regeneração da psicanálise enquanto estrutura viva e simbólica. Através de uma análise de controle, cada analista adquire um estilo analítico único, que não se refere a preferências e idiossincrasias egoicas, mas a uma singular e nova articulação subjetiva dos elementos preexistentes na estrutura tradicional. Sem a realização de uma análise pessoal, a análise da contratransferência e da identificação projetiva em supervisão pode operar como resistência à análise pessoal, essa última o mais importante fator para a autoautorização do analista dentro da organização psicanalítica. O analista não é autorizado pela supervisão ou pelo supervisor, mas pela experiência analítica pessoal com o inconsciente, o sintoma e seus efeitos pós-analíticos sob a forma do que Lacan nomeia de sinthoma. Lacan diz que, ao término da análise, o analisando ou futuro analista não se identifica com o analista, mas sim com seu sinthoma.

: análise de controle; supervisão como resistência; sinthoma; autorização; supervisor suposto saber.

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