MONTENEGRO, Maria Aparecida de Paiva. A psicanálise como teoria dos atos irracionais. []. , 9, 3, pp.187-198. ISSN 1413-389X.

^lpt^aO diálogo entre filosofia e psicanálise, tradicionalmente marcado pela provocação, torna-se, contudo, particularmente interessante quando se concebe esta última como teoria dos atos irracionais. Nessa perspectiva, ao mostrar que os atos até então considerados irracionais remetem a conteúdos plenamente coerentes, a psicanálise amplia o âmbito da racionalidade contribuindo para o exame dessa complexa questão no interior da filosofia. Todavia o emprego que a própria psicanálise faz de dois padrões distintos de racionalidade - um explicativo e outro interpretativo - atrai críticas filosóficas provenientes das mais diferentes tradições. Tal é o caso das críticas de Georges Politzer e Sartre, representantes da filosofia continental e Wittgenstein e Donald Davidson, expoentes da filosofia anglo-saxônica^len^aThe dialogue between philosophy and psychoanalysis, traditionally characterized as mutually provocative, becomes, nevertheless, of particular interest when the latter is conceived as a theory of irrational acts. From such a perspective, while pointing out that the acts so far considered irrational address to entirely coherent contents, psychoanalysis magnifies the scope of rationality, contributing to the inquiry into this complex philosophical question. However, the use of two distinct patterns of rationality by means of psychoanalysis itseif - explanation and understanding - arouses philosophical criticisms on the part of the most different traditions. Such are the cases of George Politzer's and Sartre's critiques, representatives of continental philosophy, and the ones of Wittgenstein's and Donald Davidson's, exponents of Angio-Saxon philosophy

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