NUNES, Leila Regina d'Oliveira de Paula et al. O que revelam as teses e dissertações sobre a autopercepção do portador de necessidades especiais?. []. , 10, 2, pp.136-153. ISSN 1413-389X.

^lpt^aA visão de mundo apresentada pelo portador de necessidades educacionais especiais raramente é levada em consideração na sociedade de modo geral, assim como nas práticas educativas. A análise da produção discente dos Programas de Pós-Graduação em Educação e Psicologia revelou que, em 22 teses e dissertações, foi dada a voz a esses indivíduos para expressarem sua visão de mundo e de si próprios. A população ouvida incluiu crianças, adolescentes e adultos, portadores de deficiência mental, física, visual, auditiva, múltipla ou com altas habilidades. Colhida em entrevistas livres e semiplanificadas, a fala dos sujeitos mostrou-se atravessada, do começo ao fim, pelas marcas do estigma. O relato da maioria revelou que sua auto-imagem estava diretamente vinculada à percepção que os outros tinham a respeito deles, sendo, com isto, formada pelos estereótipos e preconceitos, que têm sua concretização na exclusão efetiva desses indivíduos dos espaços sociais, resultando em uma marcante limitação existencial^len^aThe way people with special needs view the world is rarely considered by the society in general as well as by the educational practices. An analysis of the scientific production of graduate programs in Education and Psychology showed 22 master thesis and doctoral dissertations where these individuals were invited to express their feelings about themselves and their own lives. The subjects were children, teenagers, and adults with mental, physical, sensorial or multiple handicaps, as well as gifted abilities. Free and semi-structured interviews were used to collect participants' verbalizations, which were marked by the stigma. Subjects reported that their self images were directly connected to the way others perceive them and shaped by stereotypes. The consequential exclusion of this population from the main social relations establishes a remarkable existential limitation

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