20 2 
Home Page  


Temas em Psicologia

 ISSN 1413-389X

BRAGA, Tatiana Benevides Magalhães; MOSQUEIRA, Sáshenka Meza    MORATO, Henriette Tognetti Penha. Cartografia clínica em plantão psicológico: investigação interventiva num projeto de atenção psicológica em distrito policial. []. , 20, 2, pp.555-570. ISSN 1413-389X.  https://doi.org/10.9788/TP2012.2-20.

^lpt^aO texto apresenta pesquisa interventiva que investiga, sob perspectiva fenomenológica existencial, a trajetória da retomada de um projeto de atenção psicológica num distrito policial utilizando-se de diários de bordo. O atendimento psicológico já realizado na instituição envolvia representações construídas pelos policiais frente ao psicólogo, porém novas configurações do trabalho denotavam novas possibilidades de ação clínica no projeto de atenção psicológica realizado em resposta a pedido do Conselho de Segurança da zona oeste da cidade de São Paulo. Nesta interface, a atitude cartográfica implicada no plantão psicológico, pela perspectiva fenomenológica existencial de Martin Heidegger, emergiu como metodologia para conhecer o contexto e, simultaneamente, constituir o campo interventivo. Partindo de discursos dos atores sociais, os plantonistas questionavam falas e modos de atuação instituídos, entrelaçando intervenção e pesquisa: investigavam experiências que se configuravam na instituição e abriam espaço para uma escuta clínica do vivido pelos policiais e comunidade atendida. Outras aproximações ocorriam pela intervenção direta em situações que emergiam no cotidiano. Esta cartografia clínica desvelou temas como relações institucionais, dificuldades de trabalho, lugares do psicólogo, atendimento à comunidade. A atenção e afetabilidade aos sentimentos, percepções e atitudes frente ao plantão psicológico permitiram clarear cada situação, circunscrevendo e criando condições para a ação psicológica.^len^aThis interventional research, employing an existential phenomenology perspective and using a log-book, investigates the path developed from a primary psychological attention project at a police district in response to the São Paulo West Region Security Council demand. On one hand, the first attempt to comprehend the psychological practice involved some representations of the psychologist's role, constructed by the policemen. On the other hand, new configurations of the practice implicated new possibilities for the clinical action. In the midst of such interface, the cartographic attitude emerged as an appropriate methodology, by Martin Heidegger´s existential phenomenology perspective, to get acquainted to the context as well as to constitute the interventional field. Departing from the social actors' discourse, psychologists have questioned instituted modes of acting, trying to blend, at the same time, intervention and research: they investigated experiences that were conveyed in the institution, while opening space for clinical listening from the vivid experience coming from policemen and community attended by them. Other approaches occurred through direct intervention in everyday situations. Such clinical cartography revealed some set of themes: institutional relationships, job difficulties, psychologist's role, psychological attendance to the community. The attention and affectability to emotions, perceptions and attitudes before the psychological practice made possible to enlighten each situation, which enabled to circumscribe and create conditions for the psychological action.^les^aEl texto presenta investigación intervencionista que investiga, bajo perspectiva fenomenológica existencial, la trayectoria de la reanudación de un proyecto de atención psicológica en un distrito policial utilizando libros de registros. La atención psicológica ya realizada en la institución envolvía representaciones construidas por los policiales frente al psicólogo, sin embargo, nuevas configuraciones de trabajo denotaban nuevas posibilidades de acción clínica en el proyecto de atención psicológica realizado en respuesta al pedido del Consejo de Seguridad de la zona oeste de la ciudad de São Paulo. En esta interfaz, la actitud cartográfica implicada en el turno psicológico, por la perspectiva fenomenológica existencial de Martin Heidegger, surgió como metodología para conocer el contexto y, simultáneamente, constituir el campo intervencionista. Partiendo de discursos de los actores sociales, los de guardia cuestionaban lenguajes y modos de actuación instituidos, entrelazando intervención e investigación: investigaban experiencias que se configuraban en la institución y dejaban espacio para una escucha clínica de lo vivido por los policiales y por la comunidad atendida. Otras aproximaciones ocurrían a través de la intervención directa en situaciones que brotaban de lo cotidiano. Esta cartografía clínica desveló temas como relaciones institucionales, dificultades de trabajo, lugar del psicólogo, atención a la comunidad. La atención y afectabilidad a los sentimientos, percepciones y actitudes frente al turno psicológico permitieron clarificar cada situación, circunscribiendo y creando condiciones para la acción psicológica.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )