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Temas em Psicologia

 ISSN 1413-389X

GOMIDE, Paula Inez Cunha; TECHE, Ana Maria Freitas; MAIORKI, Simone    CARDOSO, Singra Mara Nadal. Incidência de parricídio no Brasil. []. , 21, 1, pp.283-295. ISSN 1413-389X.  https://doi.org/10.9788/TP2013.1-20.

^lpt^aO estudo levantou dados relacionados à incidência de crimes de parricídio no Brasil, por meio de reportagens publicadas via online em jornais de grande circulação no país e catalogados em sites de busca na internet, ocorridos entre os anos de 2005 a julho de 2011. Foram levantados 246 casos. Os principais resultados mostraram que dois terços dos parricidas matam os pais (homens) e 86% deste crime é praticado pelo sexo masculino. A maioria comete o crime sozinho (88%) e os que recebem ajuda para o homicídio, em geral, a recebem da própria família (irmãos, mãe, marido, namorado, etc). São poucos os que recorrem a estranhos para cometerem o homicídio (9 casos). A arma mais utilizada foi a arma branca (55,4%), seguida por arma de fogo (17,1%) e utensílios domésticos (16,3%), tais como frigideira, martelo, entre outros. Diferente dos crimes comuns, estes homicídios ocorrem preferencialmente em casa (90,2%). Os motivos relatados pela imprensa são na maioria fúteis, como discussões ou por problemas mentais. No entanto, a literatura da área mostra que os filhos matam seus pais em função dos maus tratos (físicos, psicológicos e sexuais) sofridos na infância. Estes motivos dificilmente serão informados aos policiais e jornalistas durante a prisão do parricida.^len^aThe present study gathered data related to the incidence of parricide crimes in Brazil, through news reports published online on major circulation newspapers in the country and listed on search engines on the Internet, which happened between 2005 and July of 2011. There were 246 cases gathered. The main results have showed that two thirds of parricides kill their fathers, and 86% of such crime is committed by males. Most of them commit the crime by themselves (88%) and those who are helped in the homicide are usually helped by family members (siblings, mother, husband, boyfriend, and so forth). Few resort to strangers to commit the homicide (9 cases). The most used weapon was the white weapon (55,4%), followed by firearms (17,1%) and household tools and utensils (16,3%), such as frying pans, hammer, among others. Unlike common crimes, this kind of homicide takes place preferably at home (90,2%). The reasons reported by the press are mostly futile, as arguments or mental problems. However, the field literature shows that children kill their parents due to abuse (physical, psychological, and sexual) endured in childhood. Such reasons are hardly reported to police officers and journalists when the parricide is arrested.^les^aEl estudio recolectó datos relativos a la incidencia de los delitos de parricidio en Brasil, a través de los informes publicados por los principales periódicos del país, en la internet, y que se encuentran en sitios de búsqueda en la web, producidos de 2005 a julio de 2011. Los casos recolectados fueron 246. Los principales resultados mostraron que dos tercios de los parricidas matan a sus padres (hombres) y el 86% de los delitos son cometidos por varones. La mayoría de los delincuentes comete el crimen solo (88%) y los que reciben ayuda para el asesinato, generalmente, reciben de su propia familia (hermanos, madre, esposo, novio, etc.) Son pocos los que confían en desconocidos para cometer asesinato (9 casos). El arma o herramienta más utilizada fue el arma blanca (55,4%), seguido por las armas de fuego (17,1%) y artículos para el hogar (16,3%), como el pan, martillo, entre otros. A diferencia de los delitos comunes de este asesinato se produce preferentemente en el hogar (90,2%). Las razones relacionadas por la prensa son, en su mayoría inútiles, como discusiones o problemas mentales. Sin embargo, investigaciones anteriores muestran que los niños que matan a sus padres, lo hacen porque hubieron recibido maltrato (físico, sexual y psicológica) en la infancia. Estas razones son poco probables ser reportado a la policía y la os periodistas durante la detención del parricida.

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