Temas em Psicologia
ISSN 1413-389X
CARLOTTO, Mary Sandra; WENDT, Guilherme Welter; LISBOA, Carolina MORAES, Marcela Alves de. Preditores da adição ao trabalho em trabalhadores que utilizam tecnologias de informação e comunicação. []. , 22, 2, pp.377-387. ISSN 1413-389X. https://doi.org/10.9788/TP2014.2-09.
^lpt^aDenomina-se por adição ao trabalho a combinação de trabalho excessivo e necessidade de trabalhar constantemente o que pode desencadear problemas físicos e psicossomáticos. Este tema tem recebido especial atenção da comunidade científica uma vez que, em casos de adição ao trabalho, o indivíduo vai perdendo gradativamente o controle emocional em relação às exigências ocupacionais. Assim, o presente estudo buscou verificar se variáveis sociodemográficas, laborais, tecnoestresse e satisfação com a vida predizem adição ao trabalho em trabalhadores que utilizam Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nas suas atividades laborais. Trata-se de um estudo de delineamento observacional analítico transversal, sendo a amostra composta por 88 trabalhadores que utilizam em seu trabalho TICs. Os resultados do estudo revelam que as dimensões do tecnoestresse explicam a adição ao trabalho, corroborando modelos teóricos que apontam para uma associação entre utilizar excessivamente tecnologia e maior tendência para desenvolver adição ao trabalho. A dimensão ansiedade, quanto ao uso de TICs, revelou maior poder explicativo para as dimensões da adição ao trabalho: trabalho excessivo e trabalho compulsivo. No tocante à dimensão trabalho excessivo, verificou-se ainda que a descrença sobre o uso de TICs explica, juntamente com a ansiedade, comportamentos de trabalhar excessivamente. As implicações destes resultados podem ter especial importância na implementação e reorganização de rotinas de trabalho, nas políticas de saúde do trabalhador assim como no campo da prevenção e intervenção psicossocial e clínica.^len^aWorkaholism is defined by the combination of overwork and the need to constantly work, which can result in individual's physical and psychosomatic problems. This topic has been receiving special attention from the scientific community, since workaholism could gradually make individuals lose emotional control over their occupational demands. Thus, the present study aimed to verify whether sociodemographic and labor characteristics, technostress and life satisfaction predict workaholism in professionals who use Information and Communication Technologies (ICT) at their work. This is an observational analytical cross-sectional study, and the sample is constituted by 88 participants who use ICT. The results showed that the dimensions of technostress explain workaholism, corroborating theoretical models that show an association between the overuse of technology and a higher tendency to develop workaholism. The dimension anxiety related to the use of ICT showed higher explanatory power for the dimensions of workaholism: excessive work and compulsive work. Regarding the dimension excessive work, it was found that disbelief about the use of ICT explains, along with anxiety, the behavior of overwork. These findings' implications may have particular importance in the implementation and reorganization of work routines, workers' health policies, as well as in the field of prevention, and clinical and psychosocial intervention.^les^aDefiniese por adicción al trabajo la combinación de trabajo excesivo y la necesidad de trabajar constantemente lo que puede llevar a problemas físicos y psicosomáticos a lo individuo. Este tema ha sido objeto de especial atención por parte de la comunidad científica, ya que en la adicción al trabajo, poco a poco, el individuo pierde el control emocional sobre las demandas laborales. Por lo tanto, el presente estudio tuvo como objetivo verificar si las características sociodemográficas y laborales, el tecnoestrés y la satisfacción con la vida predicen la adicción al trabajo en trabajadores que utilizan las Tecnologías de la Información y Comunicación (TIC's) en su trabajo. Se trata de un estudio con diseño analítico observacional transversal y la muestra fue de 88 participantes que utilizan TIC's. Los resultados mostraron que las dimensiones del tecnoestrés explican la adicción al trabajo, corroborando los modelos teóricos que también muestran una asociación entre el uso excesivo de la tecnología y una mayor tendencia a desarrollar la adicción al trabajo. La dimensión ansiedad relacionada con el uso de las TIC's mostró mayor potencia explicativa para las dimensiones de la adicción al trabajo: trabajo excesivo y trabajo compulsivo. Referente a la dimensión de trabajo excesivo, se encontró que la incredulidad sobre el uso de TIC's explica, junto con la ansiedad, los comportamientos de trabajar en exceso. Las implicaciones de estos hallazgos pueden tener especial importancia en la ejecución y la reorganización de las rutinas de trabajo, en las políticas de salud de los trabajadores, así como también para el campo de la prevención y la intervención clínica y psicosocial.
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