25 3 
Home Page  


Temas em Psicologia

 ISSN 1413-389X

MONTEIRO, Mayla Cosmo; MAGALHAES, Andrea Seixas    MACHADO, Rebeca Nonato. A Morte em cena na UTI: a família diante da terminalidade. []. , 25, 3, pp.1285-1299. ISSN 1413-389X.  https://doi.org/10.9788/TP2017.3-17Pt.

^lpt^aO presente estudo é parte de investigação mais ampla sobre as repercussões da terminalidade para os familiares de pacientes gravemente enfermos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Utilizou-se metodologia clínico-qualitativa de pesquisa. Foram entrevistados seis familiares de pacientes em situação de terminalidade em UTI de um hospital privado de médio porte. Da análise do conteúdo das entrevistas, emergiram cinco categorias: percepção sobre a doença e a evolução clínica; impacto da internação em terapia intensiva; percepções s obre a terminalidade; processo de tomada de decisão; e relação com a equipe médica. Neste trabalho, serão apresentadas as três primeiras categorias, com o objetivo específico de discutir percepções e recursos emocionais dos familiares diante da terminalidade. Constatou-se que a morte iminente do paciente promove grande angústia e sofrimento para os familiares, provocando intensas vivências de desamparo. O luto antecipatório foi um recurso adaptativo utilizado pelos membros da família, permitindo assim que reorganizassem seus recursos. Foi evidenciado também um comportamento resiliente entre os familiares, facilitado pelo suporte social e familiar, pela qualidade do vínculo familiar-paciente, pela percepção de que o doente não está sofrendo e pela presença da religião ou da espiritualidade.^len^aThe present study is part of a broader investigation with the purpose of investigating the repercussions of terminal conditions on the families of gravely ill patients hospitalized in Intensive Care Units (ICUs). The study used a qualitative clinical research methodology. Six family members of terminal patients admitted to the ICU of a medium-sized private hospital were interviewed. Five categories emerged from the analysis of the content of the interviews: perception of the illness and clinical progress; impact of admission to intensive care units; perception of the terminal condition; decision-making process; and relationship with the medical staff. This paper will present the first three categories, aiming to discuss the family members' perceptions and their emotional resources in the face of a terminal condition. Evidence shows that the imminent death of the patient generates great distress and suffering for relatives, causing intense experiences of helplessness. Family members used anticipatory mourning as a coping mechanism, allowing them to reassess their resources. Relatives also demonstrated resilient behavior, which was facilitated by social and familial support; the quality of the family-patient bond; the perception that the patient is not suffering; and the presence of religion or spirituality.^les^aEste estudio forma parte de investigación más amplia sobre las repercusiones de una situación terminal para los familiares de pacientes gravemente enfermos en Unidad de Cuidados Intensivos (UCI). Se utilizó metodología clínico-cualitativa de investigación. Fueron entrevistados seis familiares de pacientes en situación terminal en UCI de un hospital privado de porte medio. Del análisis del contenido de las entrevistas emergieron cinco categorías: percepción sobre la enfermedad y la evolución clínica; impacto de la internación en cuidados intensivos; percepción sobre la situación terminal; proceso de toma de decisión; y relación con el equipo médico. En este trabajo serán presentadas las tres primeras categorías, con el propósito de discutir las percepciones y los recursos emocionales de la familia ante la enfermedad terminal. Se constató que la muerte eminente del paciente promueve gran angustia y sufrimiento para los familiares, provocando vivencias intensas de desamparo. El luto anticipatorio fue un recurso adaptativo utilizado por los familiares, permitiendo así que reorganizaran sus recursos. Fue evidenciado un comportamiento infatigable entre los familiares, facilitado por el soporte social y familiar, por la calidad del vínculo familiar-paciente, por la percepción de que el enfermo no está sufriendo y por la presencia de la religión o de la espiritualidad.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf ) | ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License