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Temas em Psicologia

 ISSN 1413-389X

POMPERMAIER, Henrique Mesquita. Críticas de Skinner e Merleau-Ponty à causalidade. []. , 26, 1, pp.111-123. ISSN 1413-389X.  https://doi.org/10.9788/TP2018.1-05Pt.

^lpt^aEncontra-se, tradicionalmente, uma forte identificação entre explicação e causa, tanto na filosofia, quanto na ciência e no senso comum. Contudo, revisões críticas instauradas no âmbito da filosofia da ciência, particularmente a partir do século XX, questionam essa identificação tácita, de modo que uma explicação científica não implica necessariamente em apontar causas. Exemplos dessa compreensão aplicados a discussões com relação a fenômenos psicológicos podem ser encontradas em diferentes tradições, como a fenomenologia-existencial de M. Merleau-Ponty, e o comportamentalismo radical de B. F. Skinner. Este trabalho busca salientar a crítica em relação ao pensamento causal, discutindo seu papel fundamental para a abordagem do comportamento como fenômeno com sentido próprio, como pretendido nessas duas perspectivas. Em ambas as abordagens, explicar não é encontrar as causas, mas descrever, a estrutura do comportamento, para Merleau-Ponty, ou as contingências de reforçamento, para Skinner. Nesse sentido, indica-se essa postura crítica como elemento favorecedor de possíveis aproximações e diálogos entre essas diferentes perspectivas.^len^aA strong connection between explaining phenomena and identifying causes is commonly observed not only in philosophical, but also in scientific and common sense discourse. Nonetheless, critical analyses conducted in philosophy of science, especially as of the twentieth century, questioned this tacit connection, to the effect that a scientific explanation does not necessarily imply identifying causes. Examples of this viewpoint applied to discussions of psychological phenomena can be found in various traditions, such as M. Merleau-Ponty's existential-phenomenology and B. F. Skinner's radical behaviorism. The present paper seeks to highlight the criticism of causal theories, discussing the fundamental contribution of such criticism to treating behavior as a phenomenon with its own sense, as was proposed in Merleau-Ponty and Skinner's approaches. Both approaches claim that explaining behavior does not signify identifying causes, but rather describing either the structure of behavior, according to Merleau-Ponty, or the contingencies of reinforcement, according to Skinner. Along these lines, we recommend such criticism as an element favoring potential closeness and dialogue between these different perspectives.^les^aObservase tradicionalmente una identificación fuerte entre explicación y causas, tanto en la filosofía cuanto en la ciencia y el sentido común. Sin embargo, revisiones críticas desde la filosofía de la ciencia, sobre todo a partir del siglo XX, cuestionaron esta identificación tácita, por lo que una explicación científica no implica necesariamente apuntar causas. Ejemplos de esta comprensión aplicada a los debates sobre los fenómenos psicológicos pueden ser encontrados en diferentes tradiciones, como la fenomenología existencial M. Merleau-Ponty, y el conductismo radical de B.F. Skinner. En este trabajo se pretende dar a conocer la crítica del pensamiento causal, discutiendo su papel clave en el enfoque de la conducta como un fenómeno con su propio sentido, como pretendido en esas dos perspectivas. En ambos enfoques, explicar no es encontrar las causas, sino que describir la estructura de la conducta, para Merleau-Ponty, o las contingencias de reforzamiento, para Skinner. En este sentido, se indica esta posición crítica como elemento favorecedor de aproximaciones posibles y diálogos entre estas diferentes perspectivas.

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