12 12 
Home Page  


Imaginário

 ISSN 1413-666X

ROCHA, Maria Cristina. Juventude: apostando no presente. []. , 12, 12, pp.205-223. ISSN 1413-666X.

^lpt^aA juventude como grupo com características comuns é uma construção sociocultural. Esse conceito vincula-se a realidades específicas, épocas determinadas, relações sociais e experiências culturais definidas. Segundo a ONU, a juventude está compreendida, por faixa etária, entre os 15 e os 24 anos. No Brasil, temos 33 milhões de jovens, o que corresponde a 20% da população. Predominantemente, os jovens são vistos como produtores e como vítimas de problemas. Essas visões traduzem uma insegurança dos adultos diante de situações de risco freqüentemente associadas à juventude e um não-saber o que fazer para evitá-las. Essas imagens estão presentes, também, na formulação de políticas públicas para a juventude que se traduzem em propostas disciplinadoras e contentivas. Nosso convívio com jovens, por meio de plantão psicológico, produto de parceria com o Conselho Tutelar do Butantã, colocou-nos em contato direto com essas visões e mobilizou-nos a realizar intervenções, nos âmbitos individual e coletivo, que questionassem esse posicionamento, bem como facilitasse a abertura para outras possibilidades de inserção social da juventude.^len^a(Youth: betting on present) Youth as a group with common features is a sociocultural construct. This concept is connected to specific realities, determined time frames, defined social relationships and cultural experiences. According to the UN, youth as an age interval embraces people ranging from 15 to 24 years old. There are 33 million young people in Brazil, a number that comprehends 20% of the population. Young people are predominantly seen as producers and victims of problems. This viewpoint conveys the adults’ insecurity on dealing with risk situations commonly associated to youth, and an unknowingness of how to avoid them. Those images are also present in the formulation of public policies addressing youth, translated into disciplinary and coercive proposals. Our contact with young people through counseling, a result of the partnership with Conselho Tutelar do Butantã, put us in close contact with those points of view and motivated us to intervene, both individually and collectively, in ways that questioned this stance and facilitated the openness to other possible social insertions for Brazilian youth.

: .

        · | |     · |