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Boletim - Academia Paulista de Psicologia

 ISSN 1415-711X

     

 

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

 

O desenvolvimento da psicossíntese no Brasil. Entrevista concedida por Marina Pereira R. Boccalandro à Aidyl M. de Queiroz Pérez-Ramos (C. nº 30)

 

The development of psychosynthesis in Brazil. Interview with the new academic

 

 

Aidyl M.Q. Pérez-Ramos1

Cad. nº 30, "Paula Souza"

 

 


RESUMO

Apresenta contribuições pessoais de Marina P. R. Boccalandro como pioneira e
atuante no enfoque supra citado, especialmente no País. Ela as inicia com o percurso em sua formação profissional que aos poucos vai sendo direcionado para a Psicologia Positiva, Humanista e Transpessoal, com aberturas para a Psicossíntese. Conceitua a abordagem como um direcionamento do ser em busca da realização pessoal e de sua efetiva relação com o mundo. Baseia-a nos ensinamentos de Assagioli, utilizando dos conceitos do mestre para conceber o enfoque. Emprega, para divulgação e progresso nessa linha, o ensino universitário, os congressos, a mídia e suas publicações, além da aplicação em psicoterapia. Assim, dentro desse direcionamento, vai progredindo e formando escola, cujos representantes, supervisionados, passam a constituir-se como mediadores nesse percurso, de uma visão do ser humano pleno e de auto-realizações expressivas.

Palavras-chaves: Psicossíntese; Roberto Assagioli.


ABSTRACT

This article presents the personal contributions of Marina P.R. Boccalandro as an active pioneer on Psychosynthesis, especially in Brazil. She initiates with her professional formation which was gradually directed to the Positive, Humanist and Transpersonal Psychology, with openings to Psychosynthesis. It evaluates the approach as a tendency of the being towards the self-realization and his effective relationship with the world. The basis of Assagioli's teachings are used for developing such approach. For publicity and progress in this matter, universitary teaching, congresses, media and her publications are utilized, as well as application in psychotherapy. So much so, she engages in this line, to disclose information on the matter by means of her teachings in university, congresses, media and her publications, as well as application in psychotherapy. Therefore, she improves and develops within this framework, and those reoresentatives, supervised, become mediators in this journey, with a vision of the human being complete and with significant self realizations.

Keywords: Psychosynthesis; Roberto Assagioli.


 

 

Resultado da entrevista com a nova Acadêmica Marina Pereira R. Boccalandro concedida à Aidyl M. de Queiroz Pérez-Ramos (C. nº 30)

Aidyl - Na oportunidade, quero reiterar-lhe minhas felicitações por sua entrada na Academia. Imagino-a cheia de júbilo e contentamento ao ser distinguida por essa nobre qualificação, o que muitos almejam e poucos conseguem. Sinto-me, por outro lado, muito feliz ao entrevistá-la neste momento áureo de sua vida profissional, especialmente porque venho acompanhando a realização de suas valiosas contribuições à Psicologia e os méritos obtidos em sua carreira profissional. Destaquei desse conhecimento, algumas perguntas, cujas respostas poderão elucidar mais ainda o muito que você tem contribuído para o progresso da ciência que nos ocupa, em especial em relação à teoria e prática da Psicossíntese. Inicio a entrevista com uma pergunta que para mim é básica:

Quais foram as razões que a levaram a escolher a Psicologia como profissão e como campo de estudo?

Marina- Muito do que aqui vou dizer já está relatado na minha apreciação curricular, que foi publicada no Boletim Academia Paulista de Psicologia, ano XXVI, nº 03/06. Mas acredito ser necessário repetir alguns dados para dar uma idéia do que de mais importante ocorreu na minha trajetória profissional. Tudo começou há 50 anos, quando do meu primeiro emprego no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. No convívio diário com os pacientes, médicos, enfermeiras e com a leitura dos prontuários médicos e com a participação semanal nas reuniões clínicas, por exigência do meu trabalho, fui envolvendo-me e apaixonando-me pelas áreas da Psicologia Clínica e Hospitalar. Não sentia em mim a vocação pela Medicina, mas sim pelo trabalho com o emocional e com as qualidades do ser humano. Ficava profundamente sensibilizada com o sofrimento do doente mental e sua família, e esta muitas vezes não sabia o que fazer para ajudar seu familiar enfermo.

Aidyl - Gostaria que você sintetizasse o percurso de sua formação profissional em Psicologia e o direcionamento à especialidade que você escolheu.

Marina - Inicialmente, trabalhei como psicóloga numa escola de crianças (maternal, jardim e pré-escolar) onde fui tomando contato com a infância saudável. No curso de Psicologia e no Hospital das Clínicas (HC), envolvia-me mais com as patologias das crianças e não tinha oportunidade de conhecer, na prática, aquelas que estavam dentro dos padrões da normalidade. Aquele foi um trabalho muito rico para a minha formação posterior, porque o meu olhar estava voltado para a patologia, era com ela que convivia, tanto na clínica psiquiátrica quanto no curso de Psicologia que realizava na PUC/SP. Fui, então, conscientizando-me da importância de saber o que é saudável e como o ser humano, criança, adolescente ou adulto, poderia viver melhor, ser mais feliz e realizado do que aqueles mergulhados no desequilíbrio mental. Paralelamente ao trabalho como psicóloga escolar, fui transferida para o setor de Psicologia na Psiquiatria do HC. Posteriormente, iniciei minhas atividades em consultório, atendendo principalmente a infância. Escolhi atender adolescentes e adultos, pessoas com as quais me identificava mais. Quando saí do HC e fui para a PUC/SP já estava interessada na área da Psicofísica, com embasamento na Psicologia Analítica de Jung. Passei a freqüentar cursos para ampliar meus conhecimentos nesta área e atender meus clientes dentro desse referencial teórico.

Para o tema da minha dissertação de mestrado, resolvi pesquisar mais profundamente as relações entre mente e corpo, para o que minha orientadora, Profª. Dra. Yolanda Cintrão Forguieri (C. nº1), ajudou-me a encontrar a minha identificação com o enfoque humanista. Além dela, outro professor foi um marco na escolha da minha trajetória profissional, o Dr. Petho Sandor, com o qual fiz estudos e cursos durante muitos anos, sobre relaxamento, massagens, interpretação de sonhos e teoria junguiana. Foi na PUC/SP que iniciei minha real dedicação à Psicologia, começando pela supervisão dos estágios dos alunos sobre os atendimentos em triagem e em psicoterapia, atividade essa que exerço até hoje, não só na Faculdade de Psicologia da PUC como também em clínica privada. Depois passei a orientar alunos nos seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) e a ministrar aulas sobre Psicossíntese e Transtorno do Pânico, tema este último que consistiu do meu doutorado, tendo como orientadora a Profª. Dra. Mathilde Neder (C. nº14). Muitos anos passei estudando Jung, várias técnicas de trabalho corporal (relaxamentos, respiração, reiki, do-in, massagens, acupuntura etc.) e de terapia artística, meditação, imaginação e psicodrama, entre outros temas semelhantes. Até que um dia, ao ler um livro sobre Psicossíntese, de Roberto Assagioli, encontrei a minha “família espiritual” na profissão. Todo o caminho de estudos que havia feito até então se encaixava nessa teoria e nessa prática clínica. Finalmente havia encontrado uma abordagem psicológica que partilhava com o conceito de homem que adotava e utilizava várias técnicas que havia aprendido e colocado no meu trabalho como psicoterapeuta, professora, orientadora e supervisora. Com essa descoberta, aprofundei meus estudos, lendo toda a bibliografia específica disponível. Fiz especialização nessa área, no Centro de Psicossíntese de Devon, da Inglaterra, com a orientação de Richard Llewellyn.

Ainda quando realizava meu doutorado, fui eleita Diretora da Clínica Psicológica Ana Maria Poppovic da PUC/SP por quatro anos, tendo sido re-eleita por mais quatro. Essa foi uma experiência altamente gratificante, destacando o trabalho da clínica fora do seu contexto, aumento de especialidades nos serviços prestados, criação do serviço de Aprimoramento Clínico Institucional para médicos e psicólogos e continuidade à publicação do Boletim Clínico. Ao assumir a Clínica, também iniciei a divulgação dos meus trabalhos e pesquisas na área. Publiquei livros, capítulos de livros, artigos em revistas científicas, participei mais dos congressos, encontros científicos, jornadas, programas de TV e sites pela Internet, direcionando-os ao enfoque da Psicossíntese.

Hoje, olhando o meu trajeto, acredito que tudo se foi encaminhando para que ficasse cada vez mais clara a minha missão como profissional que tem como postura a Psicologia Positiva, a Humanista e a Transpessoal. Vejo o ser humano como tendo uma missão de encarar sua sombra, transformando-a e indo em busca de atributos positivos, pondo-os em prática consigo mesmo e com seu semelhante, no cuidado com a nossa Mãe Terra e sentindo-se como parte de toda a energia existente no Universo; afastando-se assim a sensação de solidão que oprime o ser e que é a causa da angústia existencial vivida pela humanidade.

Aidyl - Sabendo que você é uma pioneira no enfoque da Psicossíntese, quais são suas principais contribuições para o desenvolvimento desse campo, especialmente no Brasil?

Marina - A Psicossíntese é um enfoque psicológico ainda pouco conhecido em nosso país. Que eu saiba, a primeira tese de doutorado sobre o tema no território nacional foi a minha. Em relação à publicações sobre essa teoria, também acredito ser pioneira no Brasil. Tenho também procurado divulgar os ensinamentos de Roberto Assagioli através de participação em congressos de Psicologia, como também em programas de TV (Globo, Bandeirantes, Rede Mulher, TV Comunitária, entre outras), além da minha atuação como docente e supervisora. No consultório tenho ajudado meus clientes na descoberta do “Eu Superior”, “Self” ou “Centelha Divina” presente em cada um de nós. A Psicossíntese pressupõe que cada ser humano pode direcionar sua vida, deixando de ser mero joguete de seus impulsos reprimidos e de seus aspectos sombrios. Dessa forma, vou abrindo portas, usando os conhecimentos da teoria e prática da Psicossíntese para motivar clientes e alunos a uma percepção da possibilidade do ser em busca de sua realização pessoal e de sua relação com o mundo.

Aidyl - Que benefício resultou, e vem resultando, da Psicossíntese para o bem-estar humano?

Marina - Cada vez mais constatamos que o mundo em que vivemos tem que mudar para melhor. A Psicossíntese acredita que se deve começar pela mudança de cada um de nós, uma tentativa consciente de cooperar com os processos do desenvolvimento pessoal e transpessoal. Para ela o futuro da humanidade depende do crescimento individual e da nossa disposição para abrir nossos próprios canais interiores, a fim de que, cada um de nós, possa tornar-se um instrumento para expressão de qualidades transpessoais em nossa vida diária. Apesar de vivermos na era da comunicação, não conseguimos ainda desenvolver o poder coletivo de criar harmonia entre os seres humanos, começando por nós mesmos. A Psicossíntese Transpessoal preocupa-se com o problema das relações interpessoais e do homem como ser universal, onde a responsabilidade de cada um é que vai fazer a diferença. No Brasil,  existem alguns centros de Psicossíntese, inclusive em São Paulo, nos quais os princípios básicos da Psicossíntese são transmitidos e através deles se espera que as sementes de amor e do cuidado pessoal cresçam e desenvolvam-se em nosso ser. Vários centros de Psicossíntese existem no mundo todo, principalmente nos Estados Unidos e Europa, que postulam a mesma missão e com isso acredito que a Psicossíntese cumpre seu papel na melhoria do bem-estar universal.

Aidyl - Entendo que uma das suas contribuições para a Psicologia é a de formar especialistas na área, integrando os conhecimentos específicos com o direcionamento na psicoterapia e à pesquisa. Conte-nos como faz isso.

Marina - O alcance da minha intervenção acredito ser ainda pequeno. Na universidade, sigo o enfoque da Psicossíntese na orientação de muitos TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso), nas aulas, vivências, conferências, palestras e o faço também através de publicações e apresentação em programas de TV e sites na Internet. A maioria das minhas pesquisas acontece na Clínica Psicológica da PUC, onde estou há 30 anos, lecionando, supervisionando alunos e aprimorandos. Tenho, nos últimos 10 anos, pelo menos, procurado divulgar os conhecimentos obtidos através desses trabalhos, como também daqueles advindos da experiência como psicoterapeuta em clínica privada. Nessas atividades, tenho podido utilizar o conhecimento teórico e prático, não só da Psicossíntese, mas também através de todo o saber que venho acumulando sobre técnicas psicoterapêuticas. Na medida em que meus clientes obtém sucesso na resolução de seus problemas, ampliam seu auto-conhecimento, estabelecem melhores e mais satisfatórias relações com o mundo, prossigo na verificação do valor do enfoque por mim escolhido.

Aidyl - Que importância atribui à Psicossíntese na formação do psicólogo?

Marina - O que tenho observado na minha atividade profissional é que, em geral, os alunos não têm conhecimento de Psicologia Positiva e Transpessoal. Procuro, a partir dos conhecimentos que já possuem sobre as Três Forças, Psicologia do Comportamento, Psicologia Humanista e Psicanálise, para chegar na Quarta Força – a Psicologia Transpessoal – e posteriormente à Psicossíntese. Assim, possibilito-lhes chegar à compreensão do ser humano também como um ser espiritual, valorizando os seus aspectos positivos, como as virtudes, tão importantes para a saúde, realização pessoal e bem-estar. A Psicossíntese traz exercícios que a eles são transmitidos que podem ser usados não só para eles mesmos, como também para seus futuros clientes  e a todos aqueles que procurarem seus serviços. Outra contribuição importante da Psicossíntese é o conhecimento da estrutura de personalidade criada por Roberto Assagioli, que postula o ser humano como centro de energia pura, possuidor de instrumentos (corpo físico, emocional e mental) para relacionar-se com o mundo. Essa é uma visão nova para os alunos, principalmente porque afirma que o homem não precisa ser escravo dos conteúdos do inconsciente inferior, mas pode direcionar sua vida pelo fortalecimento da Vontade, atributo que é diretamente ligado ao Self. A Psicossíntese postula que podemos verdadeira e livremente escolher o que queremos para a nossa vida, assumindo total responsabilidade da auto-determinação. É a esta aquisição que a Psicossíntese dá o nome de Vontade.

Aidyl - E você, como concebe a Psicossíntese? E as expectativas futuras?

Marina - Creio que já ficou claro que me sinto totalmente à vontade com a teoria e prática da Psicossíntese. Com a evolução da física quântica, cada vez mais essa abordagem vai se atualizando. Cada vez mais temos que nos ver como seres entrelaçados, fazendo parte da mesma teia da vida. Nosso bem-estar pessoal expande-se para a família, sociedade e, em conseqüência, para toda a humanidade. A Psicossíntese nos diz que o trabalho de mudança social parte do trabalho de mudança pessoal. Essa abordagem tem tido cada vez mais seguidores e acredito que ela é hoje, juntamente com outros enfoques transpessoais, uma esperança de vida melhor para o ser humano e para a humanidade. Poderá ser a Psicologia do amanhã. Ela é como a pedra jogada no lago, que faz círculos concêntricos, cada vez mais amplos, até se integrarem nas águas tranqüilas, mas nunca esquecendo que nosso Self é o centro de conhecimento que existe no âmbito do nosso ser.

Aidyl - Como concebe a profissão de psicólogo no Brasil? Quais os possíveis entraves e aberturas?

Marina - A Psicologia é ainda, no nosso país, uma profissão nova, comparada com outras, como Medicina, Engenharia e Direito. No início, o psicólogo era mais um aconselhador e um avaliador de habilidades através de testes, utilizando-se do consultório no atendimento. Gradualmente, a profissão foi-se expandindo para atender nas escolas, hospitais, empresas, esporte, informática etc. etc. etc. Atualmente, vemos que essa expansão continua e, cada vez mais, estamos presentes nos vários contextos sociais. Isso tem um aspecto positivo, que é a Psicologia tornando-se mais conhecida porque o seu profissional vai a campo. O necessário agora é nos preocuparmos sobre a qualidade da formação do psicólogo. Deve haver também preocupação, pelas organizações formadoras, com a qualidade de ensino. Hoje temos uma grande quantidade de cursos de Psicologia, lançando no mercado mais de cinco mil novos psicólogos anualmente. Mas parece que a teoria e prática ensinadas, muitas vezes, não refletem os altos padrões obtidos pela ciência. A Psicologia no Brasil necessita ainda firmar o seu lugar no cenário nacional e, para isso, é preciso estar à altura das exigências de habilidades e conhecimentos necessários para sermos reconhecidos e respeitados como profissionais.

Aidyl - Como se sente como Acadêmica? Em que sentido seu Patrono lhe serve como modelo?

Marina - Bem, poder ocupar uma Cadeira na Academia foi para mim o presente mais valioso que poderia receber pelos meus 50 anos de trabalho em Psicologia. Ao lado dessa satisfação, há também a responsabilidade de estar à altura exigida por essa posição. Sempre trabalhei com seriedade e sempre busquei com afinco encontrar uma teoria com a qual me identificasse e isso aconteceu mais tardiamente na minha carreira. Olhando para trás vejo que fiz o caminho necessário para encontrá-la e sinto-me preparada para abraçá-la. Sei que hoje, já na terceira idade, não tenho a mesma energia que tinha aos 30 anos. Mas hoje, se a mocidade não está mais presente, tenho mais experiência e sabedoria para continuar crescendo como pessoa e profissional. Quanto ao meu Patrono, Dr. Renato Ferraz Kehl, um dos pioneiros das ciências psicológicas no Brasil, posso dizer que fiquei muito orgulhosa de tê-lo como modelo. Formado em Farmácia e Medicina, inicialmente dedicou-se ao exercício da clínica médica e posteriormente à área da saúde pública. É considerado pioneiro e expoente na área da Eugenia no Brasil. Dotado de extensa cultura humanista, transitou por várias áreas do saber, sempre pautando em toda a sua produção o profundo respeito ao ser humano. Publicou 30 livros e muitos artigos científicos. Em Psicologia, foi o portador de idéias inovadoras e de vanguarda. Entre elas podemos citar: A interpretação do Homem, Psicologia da Personalidade, Orientação de Famílias, Terceira Idade e Aconselhamento Psicológico. Por toda essa vida de trabalho e dedicação à Medicina, foi escolhido como Titular da Academia Nacional de Medicina do Brasil e também da Academia Nacional de Medicina do Peru. E sua dedicação à Psicologia foi louvável, recebendo a distinção como Patrono deste sodalício. A profunda admiração que senti ao ler sobre Dr. Kehl, fez-me pensar na intenção do trabalho que tenho tido para implantar uma nova corrente na Psicologia. Posso sentir, compreender e admirar toda a luta dele, para introduzir um campo novo, novas idéias, numa sociedade científica muitas vezes fechada a inovações.

Aidyl - Algumas palavras dirigidas à Academia

Marina - A posse de uma Cadeira na Academia foi o ponto alto da minha carreira. Sinto como uma etapa vencida que me proporcionará novas aberturas na profissão de psicólogo.

Pretendo ser um membro ativo e participante, colaborando sempre, no que me for possível, para o engrandecimento desse sodalício. Reafirmo aqui o meu compromisso em participar dos eventos, científicos ou festivos, promovidos, procurando tornar a Academia mais conhecida através de comunicações em congressos, eventos e publicações.

Pretendo sempre continuar trabalhando e honrando a Cadeira 13, que assumi com a morte do Prof. Dr. Juan Pérez-Ramos, outro importante membro desta Academia.

Gostaria aqui de agradecer a você, Aidyl, minha grande incentivadora, e também Profª. Dra. Yolanda Cintrão Forguieri, que foi a Acadêmica, juntamente com a Profª. Dra. Denise Ramos e a Profª. Dra. Mathilde Neder, que indicaram meu nome para ocupar uma vaga na Academia. Sem vocês, não estaria agora podendo participar desta entrevista. Sou também, imensamente grata a todos os acadêmicos que me elegeram e principalmente ao “Grande Arquiteto do Universo” que me concedeu a graça de chegar até aqui.

Aidyl - Agradeço imensamente a oportunidade de conceder-me esta entrevista, desejando-lhe pleno êxito em sua vida profissional, especialmente como Acadêmica, distinção que por certo a motivará mais ainda a identificar-se com a nobre profissão de psicólogo.

 

 

Enviado em: 01/02/2007
Aceito em: 27/02/2007

 

 

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