Boletim - Academia Paulista de Psicologia
ISSN 1415-711X
ALVES, Railda Sabino Fernandes et al. O perfil de saúde de homens jovens universitários. []. , 37, 93, pp.353-374. ISSN 1415-711X.
^lpt^aEstudos de gênero mostram que os homens utilizam padrões de comportamentos historicamente construídos para expressar a masculinidade dominante quanto à saúde. Que ideias hegemônicas de ser forte, invencível, e que a doença não os afeta, põem em risco a sua saúde. Na interface com os estudos de gênero, este estudo objetivou conhecer o perfil de saúde do homem jovem universitário da área de saúde. A metodologia foi quantiqualitativa. Os resultados mostraram que o perfil de saúde dos homens foi construído a partir de três eixos: 1. o perfil sócio demográfico que indica uma amostra composta por 200 estudantes, de Universidades públicas da Paraíba; 2. o perfil de saúde que comprova baixa adesão ao fumo (91%), alto consumo de álcool (65,5%), alimentação variada (44%), e prática de exercícios físicos (82%) incorporada à rotina diária. Os jovens se auto identificaram como saudáveis e suas doenças mais comuns são as viroses. A ida ao médico (89%) foi para especialistas e não houve relato sobre práticas de prevenção de doenças; 3. o perfil de promoção da saúde foi traçado a partir de respostas hipotéticas que não refletem as práticas de saúde efetivamente realizadas. A promoção da saúde foi atribuída à alimentação saudável, à prática de exercícios físicos diários, à ida ao médico, a não fumar e nem beber. Tais respostas são contraditórias já que a manutenção de hábitos saudáveis não faz parte da vivência da maioria dos entrevistados. Uma mudança paradigmática da compreensão masculina em relação a seus cuidados com a saúde passa pela tomada de consciência dessas contradições entre conhecimento e prática e, nesse sentido, pesquisas que investiguem os homens, enquanto sujeitos de sua saúde, parecem contribuir para a aproximação das idiossincrasias desse universo^len^aGender studies show that men use behavior patterns historically constructed to express masculinity as being dominant in health. They believe in hegemonic ideas that they are strong, invincible, and that disease does not affect them. With that, they jeopardize their health. In interface with gender studies, this study had as its objective to know the health profile of young male university students majoring in health science courses. The methodology was quantitative and qualitative. The results showed that the male health profile was constructed based on three axles: 1. the social demographic profile that indicates a sample composed of 200 students from public universities in Paraíba; 2. the health profile that proves low compliance with smoking (91%), high alcohol consumption (65.5%), varied diet (44%), and physical exercise (82%) incorporated into the daily routine. The young men identified themselves as healthy and their most common diseases as being viruses. Visits to the doctor (89%) were to specialists and there was no report of disease prevention practices; 3. the profile of health promotion was traced from hypothetical answers that do not reflect the health practices actually performed. Health promotion was attributed to healthy eating, the practice of daily exercise, trips to the doctor, and not smoking or drinking. These answers are contradictory since maintaining healthy habits is not part of the lives of the majority of the interviewees. A paradigmatic change of male comprehension regarding their health care goes through the awareness of these contradictions between knowledge and practice and, accordingly, research investigating men as subjects of their health appears to contribute to the approximation of the idiosyncrasies of this universe^les^aEstudios de género muestran que los hombres utilizan patrones de comportamientos históricamente construidos para expresar la masculinidad dominante en cuanto a la salud. Que ideas hegemónicas de ser fuerte, invencible, y que la enfermedad no les afecta, ponen en riesgo su salud. En la interfaz con los estudios de género, este estudio tiene como objetivo conocer el perfil de salud del hombre joven universitario. La metodología fue cuanticualitativa. Los resultados muestran que el perfil de salud de los hombres fue construido a partir de tres ejes: 1. el perfil socio demográfico que indica una muestra compuesta por 200 estudiantes, de Universidades públicas de Paraíba; 2. el perfil de salud que se comprueba bajo consumo de tabaco (91%) alto consumo de alcohol (65,5%), alimentación variada (44%), y práctica de ejercicios físicos (82%) incorporada a la rutina diaria. Los jóvenes se auto identificaron como saludables y sus dolencias más comunes fueron las viriasis. La visita al médico (89%) fue con especialistas y no hubo relato sobre prácticas de prevención de enfermedades; 3. El perfil de promoción de salud fue diseñado a partir de respuestas hipotéticas que no reflejan las prácticas de salud efectivamente realizadas. La promoción de salud fue atribuida a la alimentación saludable, la práctica de ejercicios físicos diarios, la visita al médico, y no fumar ni beber. Tales respuestas son contradictorias ya que el mantenimiento de hábitos saludables no forma parte de la vivencia de la mayoría de los entrevistados. Un cambio paradigmático en la comprensión masculina respecto a sus cuidados de salud pasa por la toma de conciencia de esas contradicciones entre conocimiento y práctica y, en ese sentido, investigaciones que indaguen los hombres, como sujetos de su salud, parecen contribuir para una aproximación de las idiosincrasias de ese universo
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