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Boletim - Academia Paulista de Psicologia

 ISSN 1415-711X

JURDI, Andrea Perosa Saigh; DOMINGOS, Marina Ramos    PANCIERA, Sara Del Prete. Brincar como facilitador da interação social em crianças com Síndrome de Down. []. , 39, 96, pp.119-128. ISSN 1415-711X.

^lpt^aO objetivo deste estudo foi o de avaliar os efeitos da realização de intervenções lúdicas nas formas de brincar, na interação social e na comunicação de um grupo de crianças com Síndrome de Down (SD). Participaram da pesquisa 4 crianças com SD, 2 meninas e 2 meninos, entre 6 e 7 anos de idade, frequentadoras de uma instituição de educação especializada. Trata-se de um estudo de intervenção realizado em três fases, a saber, avaliação inicial, realização de oficinas lúdicas (intervenção), e avaliação final. Para as avaliações inicial e final foram conduzidas sessões de observação em uma situação lúdica não estruturada, utilizando-se o roteiro de avaliação do Modelo Lúdico. As intervenções foram planejadas em formatos de oficinas lúdicas para favorecer e estimular o brincar compartilhado e a atividade simbólica e ampliar o repertório de comunicação e interação das crianças. Os resultados indicaram que a intervenção favoreceu a interação e a comunicação entre as crianças, além de propiciar maior autonomia no brincar em relação ao adulto. Verificou- se também que as brincadeiras simbólicas tornaram-se mais frequentes e que as habilidades para o brincar compartilhado também foram favorecidas. Esses achados podem subsidiar o planejamento de práticas e intervenções junto às crianças com SD que incidam em seu desenvolvimento, rompendo com perspectivas limitantes e condescendentes a respeito das potencialidades dessas crianças.^len^aThe objective of this study was to evaluate the effects of performing ludic interventions in the ways of playing, in social interaction and in communication of a group of children with Down Syndrome (DS). Four children with DS were part of the research, two girls and two boys, between 6 and 7 years of age, enrolled in a specialized education institution. It is an intervention study that was carried out in three stages, which were: initial evaluation, realization of ludic workshops (intervention), and final evaluation. For the initial and final evaluations, sessions of observation were conducted in an unstructured ludic situation, using the Ludic Model evaluation plan. The interventions were planned in the format of ludic workshops to promote and stimulate the shared playing and symbolic activity, and to enlarge the repertoire of the children's communication and interactions. The results indicated that the intervention favored the interaction and communication among the children, and resulted in a bigger autonomy in playing in relation to the adult. It was also verified that the symbolic playing became more frequent and the abilities for shared playing were also favored. These findings can subsidize the planning of practices and interventions among children with DS that act in their development, breaking away from the limiting and condescending perspectives regarding the children's potentials.^les^aEl objetivo de este estudio fue el de evaluar los efectos de la realización de intervenciones lúdicas en las formas de jugar, en la interacción social y en la comunicación de un grupo de niños con Síndrome de Down (SD). En la investigación participaron 4 niños con SD, 2 niñas y 2 niños, entre 6 y 7 años de edad, frecuentadores de una institución de educación especial. Se trata de un estudio de intervención realizado en tres fases, a saber, evaluación inicial, realización de talleres lúdicos (intervención), y evaluación final. Para las evaluaciones inicial y final se realizaron sesiones de observación en una situación lúdica no estructurada, utilizando el guión de evaluación del Modelo Lúdico. Las intervenciones fueron planificadas en formatos de talleres lúdicos para favorecer y estimular el juego compartido y la actividad simbólica y ampliar el repertorio de comunicación e interacción de los niños. Los resultados indicaron que la intervención favoreció la interacción y la comunicación entre los niños, además de propiciar mayor autonomía en el juego en relación al adulto. Se verificó también que los juegos simbólicos se volvieron más frecuentes y que las habilidades para el juego compartido también fueron favorecidas. Estos hallazgos pueden subsidiar la planificación de prácticas e intervenciones junto a los niños con SD que inciden en su desarrollo, rompiendo con perspectivas limitantes y condescendientes acerca de las potencialidades de esos niños.

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