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Estilos da Clinica

versão impressa ISSN 1415-7128

Estilos clin. vol.6 no.10 São Paulo  2001

 

EDITORIAL

 

 

Há muitas maneiras de praticar a clínica psicanalítica com as crianças. Quer no sentido estrito em que se considere essa clínica, quer em um sentido amplo. Um psicanalista poderá a ter-se às coordenadas constitutivas do espaço psicanalítico clássico, e deitar seu pequeno paciente no divã. Mas poderá também escutar os pais, contar histórias, ensinar a escrever, trabalhar no vínculo pais-bebê, ou mesmo conversar com a escola de seu paciente autista, buscando a já famosa inclusão escolar.

A idéia de estilos inclui também a necessária flexibilidade da qual deve ser dotado um analista diante de cada tratamento e de cada criança. Pechberty aceita fazer as sessões da criança junto com a mãe dela, por exemplo, para não repetir a separação vivida pela criança em sua história; esse tratamento terá então uma marca peculiar - um estilo. Bastante diferente do de Colette Rigaud, que, ao fazer a análise de uma criança, vai em busca de determinantes peri e pré-natais, transformando essa análise também em uma experiência única e singular.

O primeiro editorial de estilos já trazia essa palavra de ordem como marca registrada da publicação. "A revista estilos da Clínica, voltada para o tratamento de crianças com problemas de desenvolvimento, quer reunir todas as possibilidades que o termo estilo contém. Quer ainda registrar as diferentes formas clínicas de tratamento atuais e convocar para o debate os praticantes de outras disciplinas orientados pelo eixo da psicanálise, que apostam na emergência de um sujeito, ou seja, que supõem, em seus pacientes, um estilo singular de fazer face à castração."

Aí está. estilos, que chega ao seu número 10 após seis anos de publicação ininterruptos, apresenta alguns relatos que podem ser considerados estilos de praticar essa clínica. Todos serão bem-vindos se estiverem buscando quer a retomada do desenvolvimento global da criança, quer a retomada da estruturação psíquica interrompida, quer a construção de um sujeito que ainda não adveio, quer a sustentação do mínimo de sujeito que em uma criança possa ter-se construído.

Nesta edição, o leitor encontrará, entre os artigos, quatro que retornam ao tema da inclusão. São artigos que haviam chegado para o dossiê anterior, e que não puderam ser publicados por pura falta de espaço. Decidimos publicá-los neste número por sua contribuição a essa discussão, que tem ocupado, por sua importância e atualidade, um grande espaço em nossas publicações e discussões.

 

Os editores