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Revista da SBPH

 ISSN 1516-0858

PORTO, Flávia Figueira de Andrade    BITTENCOURT, Maria Inês Garcia de Freitas. O tempo para os que esperam: reflexões a partir do atendimento psicológico a pacientes na Unicor de um hospital público da cidade do Rio de Janeiro. []. , 12, 2, pp.43-53. ISSN 1516-0858.

^lpt^aEste trabalho contemplou a experiência do terapeuta no atendimento psicológico a pacientes internados na Unidade Coronariana de um hospital público da cidade do Rio de Janeiro. Nesta prática foi possível observar a urgência do tempo de espera dos pacientes por encaminhamentos cirúrgicos e/ou de tratamento, motivada pela expectativa de recuperação da saúde. Estava em jogo nessa espera, a reapropriação da vida relacional e ocupacional por parte do paciente, sua oportunidade de dar prosseguimento a investimentos pessoais e de retornar ao convívio familiar. O espaço físico hospitalar e suas implicações na comunicação entre os pacientes, com a equipe e familiares, o manejo do saber/poder médico e a consequente relação afetiva estabelecida entre as pessoas que fazem o cotidiano institucional foram fundamentais no processo de produção de subjetividade ou de despersonalização dos sujeitos ali internados. Este trabalho, que partiu de uma perspectiva psicanalítica de análise e de estudos sobre modelos asilares de instituições de cuidado (Goffman, 1987), trouxe à baila a importância de relações afetivas satisfatórias que considerem o paciente um ser em potencial, capaz de amenizar os impactos gerados pelo tempo de espera com sua possibilidade criativa.^len^aThis work was inspired by an experience in psychological therapy of hospitalized patients in the coronary unit of a public hospital in Rio de Janeiro. The urgency of time was observed in surgical and clinical patients, motivated by the expectation of health recovery, including relational and occupational life, personal projects and the return to family life. This study sought support in poetry to describe some feelings related to therapeutic practice. Physical space and its implications for communication between the patients, the medical team and family, the management of knowledge / power relationship and the resulting affective relationship in the staff were fundamental conditions for the quality of subjective feelings in the hospitalized subjects. This work, which started from a psychoanalytic perspective and from studies on patterns of asylum care institutions (Goffman, 1987), outlined the importance of emotional relationships in order to mitigate the impacts generated by the waiting time with creative possibilities.

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