16 2 
Home Page  


Revista da SBPH

 ISSN 1516-0858

BARBOSA NETO, Esperidião    ROCHA, Zeferino. Corpo cuidado, esquecido e simbólico. []. , 16, 2, pp.7-24. ISSN 1516-0858.

^lpt^aNa atualidade, os corpos estão em evidência. Eles são cuidados com esmero, consumidos e cultuados como imagem, em nome da felicidade. Paradoxalmente, há um desconhecimento do próprio corpo, apesar dos inúmeros “espelhos” tecnológicos e urbanos. Este corpo foge ao controle da razão, é objeto de mal-estar; nossa relação com ele é sempre tensa. O corpo que se apresenta tão bem cuidado, e aquele ignorado pelo sujeito, compõem dimensões do psíquico, consciente e inconsciente. A psicanálise se interessa por esta última, objeto do recalcamento, e propõe a palavra como recurso capaz de fazer falar a dimensão não representada. Este artigo se propõe discutir, a partir de uma observação da clínica, o corpo em suas dimensões consciente e inconsciente, considerando os cuidados dedicados a ele, na atualidade, o descuido no sentido da interioridade e o trabalho clínico de simbolização. Abordaremos, primeiro, sobre o corpo cuidado, no contexto das exigências mercadológicas da atualidade, e seu mal-estar; depois, o corpo esquecido, no âmbito do recalque; e, por último, o trabalho psíquico de simbolização. Concluímos que o corpo funciona como metáfora, seu não-lugar é o não-lugar do sujeito; apreendê-lo é um trabalho interminável.^len^aNowadays, the bodies are in evidence. They are looked after with care, consumed and worshiped as an image, in the name of happiness. Paradoxically, there is a lack of knowledge of the body, despite numerous technological and urban "mirrors". This body escapes the control of reason, is the object of discomfort; our relationship with it is always tense. The body, which appears to be, so well taken care of, and ignored by the subject, composes psychic dimensions, conscious and unconscious. Psychoanalysis is interested in the last one, object of repression, and proposes the word as a resource capable of making speak the dimension not represented. This article intends to discuss, from a clinical observation of the body in their conscious and unconscious dimensions, considering the care devoted to it, nowadays, carelessness towards interiority and clinical work of symbolization. We will first consider the body cares in the context of the demands o f the market nowadays, and its discomfort, then, the forgotten body, within the repression and, finally, the psychological work of symbolization. We conclude that the body functions as a metaphor, its non-place is the non-place of the subject; apprehend it is a never-ending job.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License