16 2 
Home Page  


Revista da SBPH

 ISSN 1516-0858

CHAGAS, Luciana Ferreira    MORETTO**, Maria Lívia Tourinho. A violência sexual e a repetição: a importância da função do segredo para a clínica psicanalítica e o tratamento na instituição de saúde. []. , 16, 2, pp.54-72. ISSN 1516-0858.

^lpt^aTrata-se do trabalho do psicanalista em hospital público, com mulheres adultas acometidas por violência sexual na infância, que mantiveram a experiência em segredo, e que se apresentaram no hospital com algum adoecimento. Num primeiro momento apresentaremos resultados dos dados obtidos no trabalho inicial de assistência psicológica oferecido, apontando história de vida em relação à violência sexual, dificuldades decorrentes do evento e presença de quadro psicopatológico atual, bem como nossa clínica, na qual pudemos concluir que esse suposto trauma não denunciado na época do episódio vivido, possivelmente retorna na vida adulta como sintoma, muitas vezes no corpo e/ou como repetição denunciando o que não pôde ser dito. Num segundo momento, o objetivo do nosso artigo é o de apontar a importância da escuta do “segredo” para que uma mulher que tenha vivido essa experiência na infância, possa ser tratada na vida adulta não só na clínica particular, mas em instituições de saúde, apostando que a qualidade da assistência psicológica oferecida está diretamente relacionada à compreensão clínica da função do segredo como possível manutenção de uma posição subjetiva que não pode ser revelada. Para isso, faremos uma articulação violência sexual, segredo e psicanálise.^les^aThis article will present the psychoanalytic clinic in a public hospital, with adult women affected by sexual violence in childhood, which kept the experience as a secret and came to the hospital with some illness. At first, we will present the obtained results, pointing out the story of life about sexual violence, difficulties arising from the event and current presence of psychopathological symptoms, as well as our clinic which has shown that the maintenance of secrecy, often returns in the body as symptom and repetition, reporting the unsaid. In a second moment, our goal in this article is to highlight the importance of listening to the "secret" in order to treat woman who has lived this experience in childhood, not only in private practice but in health institutions, betting that the quality of psychological assistance offered is directly related to the clinical understanding of the secrecy function as a probable maintenance of a subjective position that may not be revealed. For this, we will make an articulation of sexual violence, secrecy and psychoanalysis.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License