13 1Indicación formal y juicio reflexionante. El discurso filosófico y sus desafíos 
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Natureza humana

 ISSN 1517-2430

ANDRE, Duarte. Pobreza de espírito? Philippe Lacoue-Labarthe e a crítica ao nacional-espiritualismo de Heidegger. []. , 13, 1, pp.1-24. ISSN 1517-2430.

Segundo Lacoue-Labarthe, a filosofia tardia de Heidegger se caracterizaria por um "nacional-espiritualismo" de teor quase religioso, articulado por dois procedimentos teóricos complementares: por um lado, pelo caráter "geoetnopolítico" de sua reflexão ontológica, eufemismo com o qual o crítico francês alude ao caráter supostamente fascista da filosofia de Heidegger; e, por outro lado, pela sacralização do texto poético de Hölderlin, interpretado como "texto sagrado". Em meu comentário crítico à apresentação proposta por Lacoue-Labarthe à conferência Die Armut (A pobreza), de Heidegger, argumento, em primeiro lugar, que a hermenêutica epocal do ser deve ser entendida como uma superação da anterior concepção heideggeriana a respeito da missão histórico-espiritual do Dasein do povo alemão. Em segundo lugar, argumento que a hermenêutica epocal heideggeriana não se confunde com qualquer procedimento de sacralização dos textos poéticos, de sorte que o privilégio concedido à poesia no contexto do pensamento tardio de Heidegger mereceria ser mais bem caracterizado levando em conta sua exigência de encontrar uma linguagem não calculadora, pós-metafísica.

: Heidegger; pobreza; Philippe Lacoue-Labarthe; espírito; filosofia; política.

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