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Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva

 ISSN 1517-5545

BARBOSA, João Ilo Coelho    BORBA, Aécio. O surgimento das terapias cognitivo-comportamentais e suas consequências para o desenvolvimento de uma abordagem clínica analítico-comportamental dos eventos privados. []. , 12, 1-2, pp.60-79. ISSN 1517-5545.

^lpt^aO estudo discute, a partir da análise de aspectos históricos, o surgimento das terapias cognitivo-comportamentais e o impacto que tal advento trouxe ao campo da terapia comportamental. Alguns dos fatores que parecem se relacionar com tal surgimento são: a falta de um maior desenvolvimento conceitual para uma abordagem clínica particular dos eventos privados, a tradição da modificação do comportamento com a pesquisa básica com animais, que excluía a investigação da subjetividade e o maior interesse pela manipulação direta de contingências ambientais, em detrimento da intervenção junto a pensamentos e sentimentos do cliente. Considera-se que a maior aceitação e difusão das terapias cognitivo-comportamentais, a partir da década de 70, favoreceu o ressurgimento de conceitos tradicionais na psicologia para a explicação do comportamento e, por outro lado, contribuiu para uma maior preocupação dos analistas do comportamento em responder às frequentes criticas dos terapeutas cognitivo-comportamentais a uma suposta insuficiência das terapias comportamentais para a abordagem do comportamento humano complexo, resultando no surgimento de novas propostas terapêuticas, mais consistentes com os pressupostos do behaviorismo radical^len^aThe paper discusses, from the viewpoint of the analysis of historical aspects, the birth of cognitivebehavioral therapies and their impact to the field of behavior analysis. Some factors that seem to relate to such birth may be: the lack of a greater conceptual development for a particular clinical approach for the concept of private events; the tradition of behavior modification with basic research with animals; and a greater interest on direct manipulation of environmental contingencies instead of intervention on the clients' thoughts and feelings. It is considered that a greater acception and spread of cognitive-behavioral therapies, since the 1970s, favored the rebirth of tradition concepts in psychology used to explain behavior, and on the other side, contributed to a greater concern of behavior analysts do respond to the frequent critics of cognitive-behavioral therapists to a supposal lack of behavioral therapies to approach complex human behavior, resulting on the rebirth of new therapeutical propositions, still consistent with the assumptions of radical behaviorism but able to deal with feelings and emotions in their practice

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