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Revista Mal Estar e Subjetividade

 ISSN 1518-6148 ISSN 2175-3644

SARAIVA, José Eduardo Menescal. Prazer do consumo ou consumo do prazer?: AIDS, consumismo e mal-estar contemporâneo. []. , 2, 1, pp.129-140. ISSN 1518-6148.

^lpt^aO trabalho associa fenômenos aparentemente díspares como impulsividade sexual, Aids, sexo de risco e consumismo. O consumo é identificado à promessa de bem-estar, garantia ilusória contra o mal-estar da finitude. O consumismo, bem como as adições, em geral, surgem como a negação do destino trágico do humano, cuja consciência nos humaniza, mas nos obriga a conviver com a angústia do desamparo. Contra a dor proveniente de tal angústia, o consumismo convida ao entorpecimento pela impulsividade. O erotismo se presta a este papel de objeto-fetiche da sociedade de consumo que, negando a morte enquanto limite e finitude, exorta a condutas de consumo do sexo. Tais condutas, impulsivas e muitas vezes promíscuas, ameaçam a integridade física e até mesmo a vida dos sujeitos envolvidos, por expô-los ao risco de contaminação pelo vírus HIV. As reflexões propostas têm como objetivo último realizar uma mudança de foco na leitura teórica de certos automatismos de conduta, como a tão incensada mas, poucas vezes, questionada liberalidade sexual. Esta, ao se confundir com promiscuidade, pode estar reproduzindo, pelo discurso do prazer ilimitado, a lógica perversa do capital, fomentador da impulsividade que aproxima o sujeito da morte, precisamente pelo imperativo de negá-la.^len^aThe paper relates apparently non-connected phenomenon's like, impulsively sexual habit, AIDS, risky sex and consumerism. The consumerism is related to a well being promise, a illusionary guarantee against the ill state of ending. The consumerism, like general purchasing, comes with the denial of the tragic human destiny, which knowledge humanizes us but at the same time obligates us to live with the angst of the lack of holding. Against the pain that comes with such angst, the consumerism invites to the dizziness through impulsively actions. The eroticism is used for this role of fetish-object in the consumerism society that, denying death as a limit and an ending, exorcise the conduct of sex purchase. Such conduct, impulsive and many times promiscuity related, threatens the physical integrity and even life itself of the involved persons, while exposes them to the aids contamination risk. The proposed thinking have as a last goal, achieve a change in the theoretic reading focuses of certains conduct automatism's, such as the non stopped but few times questioned sexual liberation. This one when it confuses itself with promiscuity can be reproducing, through the unlimited pleasure speech, the money evil logic, fomenter of impulsively actions, that brings the person near death through the obligation to deny it.

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