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Revista Mal Estar e Subjetividade

 ISSN 1518-6148 ISSN 2175-3644

SILVA, Nilce da. O mal-estar da professora alfabetizadora: contribuições de D. Winnicott. []. , 5, 1, pp.11-44. ISSN 1518-6148.

^lpt^aEste artigo pretende contribuir para a compreensão da subjetividade da alfabetizadora à luz da teoria de Winnicott. Durante o ano de 2004, em escolas públicas e particulares da cidade de São Paulo, por meio de pesquisa qualitativa, sem desprezar alguns dos instrumentos característicos da pesquisa quantitativa, procuramos conhecer a vida de um grupo de professoras alfabetizadoras (das séries iniciais do Ensino Fundamental Regular e de Educação de Jovens e Adultos - EJA) do ponto de vista das suas lembranças - das recordações que outras pessoas do seu círculo social próximo têm de suas vidas - e das interpretações que as mesmas fazem de suas vidas quando pequenas e relacionar esta "memória individual e coletiva" com os aspectos relacionados às representações que as mesmas têm sobre seu desempenho profissional na carreira docente como alfabetizadora. Dos dados coletados e analisados, verificou-se uma tendência em apontar que professoras alfabetizadoras que enquanto bebês tiveram "mães suficientemente boas", no sentido winnicottiano do unitermo, têm maior satisfação no desempenho nas suas carreiras e, inclusive por isto, sofrem menos as conseqüências do stress docente (burnout) na medida em que são mais criativas na sua prática pedagógica e na sua vida cotidiana. Não por isso, deixam de sentir a pressão social quando procuram criar e fazer, sobretudo no âmbito dos sistemas públicos de ensino, que se mostram pouco abertos para o profissional que faz, conduzindo-os à espera doentia das férias, dos feriados e da aposentadoria. Dividimos este artigo nas seguintes partes: a - introdução: das dificuldades de entender a subjetividade; b - os trabalhos que têm sido feitos na área do stress docente; c - o "tipo ideal" da "mãe suficientemente boa"; d - apresentação e análise de dados; e finalmente, apresentamos algumas considerações que podem servir para o debate desta problemática com ênfase na importância do "ato criativo".^len^aThis article intends to contribute for the understanding of the subjectivity of the female primary school teachers based in Winnicott's theory. During the year of 2004, in public and private schools of the city of S. Paulo, by means of qualitative and instruments of the quantitative research, we look for to know the life of a group of female primary school teachers (Regular Basic Teaching Adult Education - EJA) of the point of view of theirs souvenirs - of the memories who other people of their next social circle have of their lives - and of the interpretations that the same ones make of themselves lives when they were children and to relate this "individual and collective memory" with the related aspects the representations that the same ones have on the performance professional in teaching career as female primary school teachers. Of the collected and analyzed data, a trend in also pointing that they, who while babies had had "enough good mothers", in the winnicottiano sense of the expression, have greater satisfaction in the performance in their careers and, for this was verified, suffers little the consequences of teacher burnout in the measure where they are more creative in pedagogical practical and in daily life. Not therefore, they leave to feel the pressure social when they look for to create and to make, over all in the scope of the public systems of education, that if they little show open for the professional who makes, leading them it the unhealthy wait of the vacations, the holidays and the retirement. This article has the following parts: a- the introduction: of the difficulties to understand the subjectivity; b - the works that have been made in the area of stress female primary school teachers; c - the "ideal type" of the "enough good mother"; d - presentation and analysis of data; e finally, we present some considerations that can serve for the debate of this problematic one with emphasis in the importance of the "creative act".

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