Revista Mal Estar e Subjetividade
ISSN 1518-6148 ISSN 2175-3644
DAMASCENO, Maurício Henriques. A noção de não-consciente dos filósofos e o inconsciente freudiano. []. , 5, 1, pp.174-189. ISSN 1518-6148.
^lpt^aO texto que se segue não tem absolutamente nenhuma pretensão de trazer à discussão que envolve Psicanálise e Filosofia algum novo ponto. Dito isso, o que propomos é uma leitura sistemática de maneira que algo possa ser compreendido acerca dessa discussão que se arrasta desde o início do século XX. Por tratar-se de uma convergência que comporta grande complexidade e dispersão, optamos por uma forma resumida de apresentação do problema para o fim que nos interessa. Portanto, tomaremos a discussão no contexto da modernidade sem, no entanto, prescindir da evolução do pensamento filosófico antecedente. Esse último terá um estatuto subliminar, uma forma de presença oculta. Sobre o fato de ser esta convergência complexa e relativamente dispersiva, é preciso fazer alguns esclarecimentos. Complexo por ser um espaço transdisciplinar, e por isso, exigir certo conhecimento das duas disciplinas envolvidas. Dispersivo porque tanto a Psicanálise, quando a Filosofia não se encerram em um conjunto teórico definitivo capaz de assegurar algum consenso. Esses dois pontos (complexidade e dispersividade), conferem a esta proposta um caráter introdutório o que justifica nossa opção por uma abordagem generalista, interessada em uma demarcação da problemática de forma mais ampla sem privilegiar essa ou aquela leitura filosófica ou psicanalítica. Tendo em vista esse propósito, tomaremos a noção de não-consciente presente na Filosofia de Plotino, passando brevemente pelos racionalistas Pierre Nicole e Espinoza, chegando finalmente à Filosofia moderna com Kant e Schopenhauer. Nesta primeira parte do trabalho será utilizado como referência principal o livro O Sono Dogmático de Freud produzido por Pierre Raikovic. A segunda parte do trabalho contempla a construção do conceito freudiano, tendo como referência o artigo metapsicológico O Inconsciente de 19151.^len^aThe text that follows isn't claiming a new discussion about Psycho-analysis and Philosophy. What it suggests is a systematic reading in which something can be understood about a debate that lasts since the beginning of the Twentieth Century. Because it's about a convergency with a vaste complexity and dispersion, we chose to summarize the matter's presentation, in order to achieve our goals. Therefore, the debate will start from a modern context without, nevertheless, sparing the preceding philosophy's evolution. This last one will have a subliminar state, being present in a concealing way. Concerning the fact that it's a complex convergency and relatively dispersive, is necessary to enlighten some reasons. Complex because it's an interdisciplinar space, so, it demands some knowledge about the two subjects envolved. Dispersive because neither Psycho-analysis nor Philosophy end in a definite theoric group capable of asserting a consent. These two points (complexity and diversity) accord to this proposal an introdutionary feature which justifies our generalized approach, interested in an extensive problematic delimitation without privileging neither a philosophical nor a psycho-analysis reading. With this purpose, the text will start at the no conscious inkling, present in the Plotinus' philosophy, going shortly through the rationalists Pierre Nicole and Espinoza, ending in the Modern Philosophy of Kant and Schoepehauer. During this first part will be used, as a main reference, the book O Sono Dogmático de Freud produced by Pierre Raikovic. The second part regards the construction of Freud's concept, using as a reference the metapsychological article O Inconsciente from 1915.
: .