7 1Ethos y Eros ¿Relación (im)posible?: 
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Revista Mal Estar e Subjetividade

 ISSN 1518-6148 ISSN 2175-3644

LIMA, Maria Celina Peixoto. A escrita adolescente como cena dos impasses do feminino. []. , 7, 1, pp.29-43. ISSN 1518-6148.

^lpt^aA questão da mulher, para Freud, não é solucionada, e o desejo feminino persiste até o fim de sua vida como um enigma: o que quer uma mulher? Lacan, no artigo La signification du phallus, retoma o conceito de "mascarada" de Joan Rivière para indicar a tentativa de elaboração da posição feminina pelo estabelecimento de uma ficção fálica, no velamento de um vazio insuportável. Trata-se aqui de analisar a escrita do diário adolescente como uma versão do véu que situa o feminino. Haveria na escrita do diário uma demanda, ao mesmo tempo, de exibição e de camuflagem, assim como uma espécie de promessa da possessão de algo precioso, guardado em segredo, a questão mesma do semblante, tal como é tratada por Lacan; jogo que testemunha o caráter simbólico do falo, pois ele se apóia justamente sobre o artifício do véu, que consiste em esconder para fazer existir. Este trabalho interroga a vocação da escrita a servir de cena à trama da feminilidade, na qual o apelo sedutor ao olhar sugere a insistência da imagem, e a expressão de elementos heterogêneos (desenhos, colagens, letras) revela o transbordamento do feminino além do contorno do texto.^len^aFor Freud, woman's issue has not been solved, and the feminine desire persisted until the end of his life as an enigma: What does a woman want? Lacan, in the article La signification du phallus, takes up Joan Rivière's concept of "masquerade," once again, to indicate an attempt at the working out of the feminine position through the construction of a phallic fiction, in the concealment of an unbearable emptiness. This text deals with analyzing the writing in a teenage diary as a version of the veil which situates the feminine aspect. In the diary writing there would be a demand for exhibition, while at the same time, a demand for camouflage, like a type of promise of possession of something precious, kept in secret, an issue itself of countenance, such as is dealt with by Lacan. A game witnesses the symbolic character of speech, since it supports itself, precisely on the artifice of the veil, which consists of hiding in order to make it exist. This paper questions the vocation of writing to serve as a setting for the intrigue of femininity, where the seductive invitation in the look comes from the insistence of the image, and the expression of heterogeneous elements (drawing, pasting, hand-writing) revealing the overflow of the feminine aspect, outside the shape of the text.

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