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Revista Mal Estar e Subjetividade

 ISSN 1518-6148

MARTINS, José Clerton de Oliveira; TASSIGNY, Mônica Mota; CARVALHO, Daniel Franco de    SANTOS, Adjanilson Moreira dos. Sobre ter e ser a partir das coisas: reflexões sobre consumo, subjetividade e satisfação no tempo livre. []. , 13, 3-4, pp.591-618. ISSN 1518-6148.

^lpt^aEste trabalho pretende lançar luzes sobre as questões do consumo na atualidade, numa sociedade denominada de hipermoderna, na qual a aquisição de bens não só possibilita ao sujeito um lugar na classe social como também infere um lugar simbólico. Baseados em pesquisa bibliográfica e documental, autores como Cuenca, Oliveira, Salis, Lipovetsky, Freud, Kehl, Debord etc. fundamentaram a compreensão de que, nesta sociedade, as experiências do tempo do consumo estão permeadas pelo sentido de "hiper": desejos sempre intensos e grandiosos, numa obsessão pelo excesso. No entanto, esses sentidos não correspondem a uma experiência criadora e autônoma, pois a forma como é vivenciada não permite ao sujeito uma reflexão mais significativa. Nessa direção, problematizamos a compreensão do tempo ocidental, como essa noção afeta a subjetividade, e articulamos pontos de encontro entre psicanálise e ócio, no intuito de compreender de que forma as relações de consumo são manipuladas no jogo de forças das satisfações produzidas pela propaganda. Por fim, buscamos responder se o sujeito subjetivado pela linguagem do consumo (mercadoria) poderá escapar do automatismo consumista e vivenciar uma experiência criadora e autônoma a partir do ócio. Poderemos encontrar uma causa do consumismo? Reconhecer as questões dessa trama e do existir poderá munir o sujeito de uma capacidade para lidar com a angústia.^len^aThis paper aims to clarify the issues of consumption today, a society called hypermodern, in which goods purchased not only allocates a social status, but also infers a symbolic identity. Based on literature and documents from the authors: Cuenca, Oliveira, Salis, Lipovetsky, Freud, Kehl, Debord etc., who based the understanding that, within society experiences of consumption are often permeated by a sense of "hyper" desires, which are often intense and grandiose. Society, obsessed with physical desires, does not experience a more creative and autonomous lifestyle with meaningful reflection. Through this, we comprehend the Western understanding of time and how this notion affects subjectivity; we observe crossovers between Psychoanalysis and Leisure, in order to understand how consumer relations are handled in the power game of the satisfactions produced by propaganda. Finally, we intend to answer if the subject influenced by over consumption can escape consumerism and become enlightened to an autonomous lifestyle of creativity from leisure.^les^aEste estudio pretende enfocar el problema del consumo en la actualidad de la sociedad llamada hipermoderna. La compra de mercancías no sólo permite al sujeto un lugar en su clase social, como también infiere un lugar simbólico. Asi, con base en una investigación bibliográfica, desde la obra de autores contemporáneos tales como: Cuenca, Oliveira, Salis, Lipovetsky, Freud, Kehl, Debord entre otros, damos soporte para la comprension del consumo en la sociedad contemporánea, que se presenta con la característica "hiper", una obsesión por el exceso, pero que sin embargo, los sentidos resultantes de este consumo, no implican en una experiencia creativa y autónoma, una vez que son estimuladas por elementos exteriores al sujeto. En esta dirección, cuestionamos sobre la comprensión occidental del tiempo libre volcado para el consumo y cómo tal hecho afecta la subjetividad, desde una articulación del psicoanálisis y los estudios del ocio, con el fin de entender cómo se da la relación entre subjetividad y las satisfacciones anunciadas por la propaganda. Por fin, buscamos contestar si el sujeto influenciado por el consumo (pose de mercancías) podrá escapar del automatismo consumista y de esta manera, acceder a una experiencia autónoma creadora desde el ocio.^lfr^aCe document vise à faire la lumière sur les questions de consommation d'aujourd'hui,dans une société dénominnée comme hypermoderne, dans laquelle l'acquisition de biens ne permet pas seulement au sujet D´aquerir une place dans une classe sociale, mais aussi induit un lieu symbolique. Base sur des travaux de recherche bibliographique et documentaire, des auteurs tels que: Cuenca, Oliveira, Salis, Lipovetsky, Freud, Kehl, Debord etc. ont fondamentalisés la compréention que dans cette société, les expériences du temps de la consommation sont imprégnés d'un sentiment d '"hyper" et toujours avec des désirs intenses, grandiose, une obsession à l'excès, cependant, ces sens ne correspondent pas á une experience creative autonome car la façon dont elle est vécue pas sujet ne permet pas une relexion plus significative. En ce sens, nous questionons de façon critique la compréention du temps occidentale et comment cette notion influe sur la subjectivité; nous articulons des points de rencontre entre la psychanalyse et l´oisiveté, afin de comprendre comment les relations de consommation sont traitées dans le jeu de puissance des satisfactions produites parpropagande. Enfin, nous cherchons á repondre si la langue de la subjectivité du sujetconsommation (produits) peuvent échapper à l'automatisme de consommation et donc de l'expérienceexpérience autonome, créatif, de l'oisiveté.

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