17 1 
Home Page  


Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento

 ISSN 1519-0307 ISSN 1809-4139

GUEVARA, Victor Loyola de Souza; QUEIROZ, Lara Rodrigues    FLORES, Eileen Pfeiffer. Leitura dialógica adaptada para uma criança com transtorno do espectro autista: um estudo preliminar. []. , 17, 1, pp.87-99. ISSN 1519-0307.  https://doi.org/10.5935/cadernosdisturbios.v17n1p87-99.

^lpt^aA Leitura Dialógica (LD) consiste na leitura compartilhada de livros ilustrados intercalada com perguntas, feedback e expansão das respostas da criança. Estudos que adaptaram a LD para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são promissores, mas ainda são escassos. Este estudo piloto, realizado em uma escola pública, teve por objetivo adaptar um procedimento de LD para uma criança com TEA e verificar efeitos sobre engajamento na tarefa e participação verbal. Foram lidas 20 obras infantis com a criança em três etapas: (1) LD com todos os tipos de perguntas usados tradicionalmente na LD - perguntas abertas, de distanciamento e de identificação de emoções, por exemplo; (2) LD apenas com perguntas "tipo Q", como: "O que é isto?", "Quem é este?", "O que ela está fazendo?"; (3) Inclusão de uma hierarquia crescente de dicas vocais - repetir a pergunta, oportunidade para completar as respostas e apresentação do modelo de resposta. Na Etapa 1 houve alta frequência de se levantar e de ecolalia imediata e não houve iniciações verbais. Na Etapa 2 aumentaram as respostas vocais adequadas, cessaram as ecolalias imediatas e surgiram iniciações verbais da criança, e estas últimas aumentaram na Etapa 3. A restrição feita da variedade de perguntas a partir da Etapa 2 pode ter auxiliado o desempenho ao diminuir o número de diferentes dimensões às quais a criança precisava atentar para responder. As perguntas do mediador podem ter funcionado como modelos para a criança fazer iniciações verbais. Estudos futuros deverão replicar o procedimento usando linha de base múltipla.^len^aDialogic Reading (LD) is the shared reading of picture books interspersed with questions, feedback and expansion of the child's responses. Studies that have adapted to LD for children with Autistic Spectrum Disorder (ASD) are promising but are still scarce. This pilot study, conducted in a public school, investigated effects of an adapted version of LD on task engagement and verbal participation. We read 20 children's works with the child in three stages: (1) LD with all kinds of questions traditionally used in LD (including open questions, distancing and emotion identification); (2) LD only with "wh-type" questions, such as: "What is this?", "Who is this?", "What is she doing?"; (3) Inclusion of a least-to-most prompting hierarchy: repeating or rephrasing the question, completion prompt and response model. During Stage 1 there was a high frequency of getting up and of immediate echolalia and no verbal initiations. During Stage 2 the child's adequate vocal responses increased, immediate echolalia ceased verbal initiations emerged and increased during Stage 3. Restricting the range of questions during Stage 2 may have aided performance by diminishing the number of different dimensions that the child had to attend to in order to respond. The storyteller's questions may have functioned as models for verbal initiation. Further studies will replicate the procedure using multiple baseline designs.^les^aLa Lectura Dialógica (LD) consiste en la lectura compartida de libros ilustrados intercalados con preguntas, retroalimentación y expansión de las respuestas del niño. Los estudios que han adaptado LD para niños con Trastorno del Espectro Autista (TEA) son prometedores, pero todavía son escasos. Este estudio piloto adaptó un procedimiento de LD para un niño con TEA y verificó los efectos sobre la conducta enfocada y la participación verbal. Leemos 20 libros de cuentos tres etapas: (1) LD con todos los tipos de preguntas tradicionalmente usadas en LD (por ejemplo, quién es, qué es esto, qué está haciendo); (2) LD con preguntas tipo qué, quién, cuándo, etc.; (3) inclusión de una jerarquía creciente de pistas verbales (rehacer la pregunta, dar oportunidad de completar y dar un modelo de respuesta). En la Etapa 1 hubo alta frecuencia de levantarse y de ecolalia inmediata y no hubo iniciaciones verbales. En la Etapa 2, aumentaron las respuestas verbales adecuadas, se suspendió la ecolalia inmediata y aparecieron iniciaciones verbales por el niño, que aumentaron durante la Etapa 3. Restringir la variedad de tipos de preguntas durante la Etapa 2 puede haber mejorado el rendimiento a través de la disminución de la cantidad de dimensiones a las que el niño debía dar atención para responder. Las preguntas del narrador pueden haber funcionado como modelos para la iniciación verbal. Otros estudios repetirán el procedimiento utilizando diseños de línea de base múltiples.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License