20 1 
Home Page  


Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento

 ISSN 1519-0307 ISSN 1809-4139

MEDEIROS, Loren da Silva; RODRIGUES, Paula Da Silva; SAMPAIO, Ana Claudia Silva    BERNARDI, Maria Martha. O ambiente materno influencia o desenvolvimento ponderal e a viabilidade da prole de ratos, porém não altera o cuidado maternal. []. , 20, 1, pp.176-191. ISSN 1519-0307.  https://doi.org/10.5935/cadernosdisturbios.v20n1p176-191.

^lpt^aO comportamento materno tem como objetivo garantir a sobrevivência e o desenvolvimento adequado da ninhada. Variações no ambiente ou no número de filhotes durante o período perinatal podem levar a alterações no desenvolvimento da prole. Este trabalho avaliou a influência de um ambiente materno desfavorável e da redução da ninhada no cuidado maternal, na viabilidade e no ganho de peso dos filhotes. Ratas lactantes foram divididas em três grupos: C - grupo controle mantido em gaiolas com 100% da maravalha e ninhadas padronizadas em oito filhotes; E1 - grupo experimental 1 em que as ninhadas foram padronizadas em quatro filhotes mantendo-se 100% da maravalha da gaiola; E2 - grupo experimental 2 mantido em gaiolas com redução de 60% na quantidade de maravalha e ninhadas padronizadas em oito filhotes. Entre os dias 5 e 7 da lactação, o comportamento materno foi observado. Avaliaram-se o ganho de peso das proles nos dias 4, 10 e 21 da lactação e a sobrevivência delas ao desmame. Em comparação ao grupo C, verificou-se o seguinte: 1. o cuidado maternal destinado aos filhotes não foi modificado; 2. as mães do grupo E1 apresentaram maior tempo de auto-grooming; 3. as mães do grupo E2 apresentaram maior frequência, tempo total e tempo máximo de auto-grooming; 4. a prole do grupo E1 apresentou maior ganho de peso; 5. a prole do grupo E2 não apresentou alterações no ganho de peso, porém houve menor sobrevivência. A redução da ninhada promoveu maior ganho de peso da prole, enquanto a menor disponibilidade de maravalha não influenciou o ganho de peso da prole. Em ambas as condições, o cuidado maternal não foi modificado. O aumento do auto-grooming materno no grupo E2 pode ser interpretado como um sinal de estresse materno e no grupo E1 como sinal de conforto.^len^aMaternal behavior aims to ensure the survival and development of the offspring and variations in the environment or the number of pups can lead to changes in the development of the offspring. This study evaluated the influence of an unfavorable maternal environment and the reduction of the litter in maternal care and in the offspring viability and weight gain of offspring. Lactating rats were divided into three groups: C - control group kept in cages with 100% shavings and standardized litters in 8 pups; E1 - experimental group 1 in which litters were standardized in 4 puppies keeping 100% of the shavings in the cage; E2 - experimental group 2 kept in cages with a 60% reduction in the amount of wood shavings and 8 hatchlings. Between days 5-7 of lactation, general activity and maternal behavior were observed. The weight gain of the offspring was evaluated on days 4, 10 and 21 of lactation. In relation to group C, it was found that: 1. the maternal care of the puppies was not modified; 2. mothers in group E1 had a longer auto-grooming time; 3. mothers in the E2 group had higher frequency, total time and maximum auto-grooming time; 4. the offspring of the E1 group showed greater weight gain; 5. the offspring of the E2 group showed no changes in weight gain but an increased mortality. The reduction of the litter promoted greater weight gain of the offspring while the lower availability of shavings did not influence the weight gain of the offspring. In both conditions, maternal care was not modified. The increase in maternal auto-grooming in the E2 group can be interpreted as a sign of maternal stress and only the increased time of the auto-grooming in the E1 group suggest a reduce response to stress.^les^aEl comportamiento materno tiene como objetivo garantizar la supervivencia y el desarrollo de la descendencia y las variaciones en el entorno o el número de crías pueden conducir a cambios en el desarrollo de la descendencia. Este trabajo evaluó la influencia de un entorno materno desfavorable y la reducción de la prole en el cuidado materno, en la viabilidad y el aumento de peso de la descendencia. Las ratas lactantes se dividieron en tres grupos: C- grupo de control mantenido en jaulas con aserrín de madera 100% y proles estandarizadas en 8 crías; E1 - grupo experimental 1 en el que las proles se estandarizaron en 4 crías manteniendo el 100% de las aserrín de madera en la jaula; E2 - grupo experimental 2 mantenido en jaulas con una reducción del 60% en la cantidad de aserrín de madera y 8 neonatos. Entre los días 5-7 de lactancia, se observó actividad general y comportamiento materno. El aumento de peso de la descendencia se evaluó los días 4, 10 y 21 de lactancia y su viabilidad al destete. En relación con el grupo C, se encontró que: 1. el cuidado materno de las proles no fue modificados; 2. las madres en el grupo E1 tuvieron un tiempo de aseo más largo; 3. las madres en el grupo E2 tuvieron mayor frecuencia, tiempo total y tiempo máximo de preparación; 4. la descendencia del grupo E1 mostró mayor aumento de peso; 5. la descendencia del grupo E2 no mostró cambios en el aumento de peso pero presentó reducción en su viabilidad. La reducción de la camada promovió un mayor aumento de peso de la descendencia, mientras que la menor disponibilidad de virutas no influyó en el aumento de peso de la descendencia. En ambas condiciones, la atención materna no fue modificada. El aumento de la preparación materna en el grupo E2 puede interpretarse como un signo de estrés materno y en el grupo E1 sugiere una respuesta reducida al estrés.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License