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Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento

 ISSN 1519-0307 ISSN 1809-4139

SEGAMARCHI, Paula Racca; SEGRETTI, Letícia    SILVA, Jader Brito Ramos da. Associação entre funções executivas e problemas de comportamento: uma revisão integrativa de literatura. []. , 21, 1, pp.84-108. ISSN 1519-0307.  https://doi.org/10.5935/cadernosdisturbios.v21n1p84-108.

^lpt^aOs problemas emocionais/comportamentais podem ser classificados como internalizantes, que compõem transtornos com sintomas ansiosos, depressivos e somáticos; e externalizantes, que se referem a transtornos com sintomas impulsivos, disruptivos ou com uso de substância. Quanto às funções executivas, são habilidades essenciais para o sucesso, seja na escola ou na vida, que promovem e organizam comportamentos direcionados a metas. Esta revisão de literatura se propôs a analisar as publicações que correlacionam esses dois temas, a fim de sintetizar criteriosamente evidências disponíveis nos últimos cinco anos e indicar possíveis rumos para futuras investigações. As informações foram obtidas em setembro de 2020 na base de dados PubMed, com os seguintes descritores: executive functions and behavior problems; executive functions and behavior problem; executive function and behavior problems; e executive function and behavior problem. Identificaram-se 98 trabalhos em inglês desde 2015. Desses, foram excluídos 15 artigos repetidos. A partir disso, foi realizada uma seleção por meio da leitura dos títulos, excluindo trabalhos cujos participantes apresentassem algum diagnóstico prévio, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), restando 20 artigos. Dos 20, dez foram excluídos após leitura do resumo, por também tratarem de crianças com condições associadas, como, por exemplo, epilepsia ou TDAH. Restaram dez artigos, que foram selecionados e analisados. Concluiu-se que há evidências a respeito da relação entre essas variáveis na literatura, indicando que as funções executivas desempenham importante papel na regulação emocional, o que reforça a importância de que avaliações amplas sejam realizadas precocemente, uma vez que a identificação de prejuízos nas funções executivas e da presença de problemas emocionais/comportamentais permite esforços quanto à prevenção dessas questões, além do desenvolvimento de estratégias de intervenção.^len^aEmotional/behavioral problems can be classified as internalizing, which comprise disorders with anxious, depressive and somatic symptoms; and externalizing, which refer to disorders with impulsive, disruptive and substance use symptoms. As for executive functions, they are essential skills for success, whether in school or in life, that promote and organize behaviors aimed at goals. This literature review proposed to analyze the publications that correlate these two themes, in order to carefully synthesize the evidence available in the last five years and indicate possible directions for future investigations. The information was obtained in September 2020 from the Pubmed database, with the following descriptors: executive functions and behavior problems; executive functions and behavior problem; executive function and behavior problems; and executive function and behavior problem. 98 papers in English were identified since 2015. Of these, 15 repeated articles were excluded. From this, a selection was made by reading the titles, excluding works whose participants had any previous diagnosis, such as attention deficit hyperactivity disorder (ADHD), leaving 20 articles. Of the 20, ten were excluded after reading the summary, as they also dealt with children with associated conditions, such as, for example, epilepsy or ADHD. There were ten articles left that were selected and analyzed. It was concluded that there is evidence regarding the relationship between these variables in the literature, indicating that executive functions play an important role in emotional regulation, which reinforces the importance of broad assessments being carried out early, since the identification of impairments in functions and the presence of emotional/behavioral problems allows efforts in terms of prevention, in addition to the development of intervention strategies.^les^aLos problemas emocionales/conductuales se pueden clasificar como internalizantes, que comprenden trastornos con síntomas ansiosos, depresivos y somáticos; y externalizantes, que se refieren a trastornos con síntomas impulsivos, disruptivos y por consumo de sustancias. Las funciones ejecutivas son habilidades fundamentales para el éxito, sea en la escuela o en la vida, que promueven y organizan comportamientos dirigidos a metas. Esta revisión de la literatura propuso analizar las publicaciones que correlacionan estos dos temas, con el fin de sintetizar cuidadosamente la evidencia disponible en los últimos cinco años e indicar posibles direcciones para futuras investigaciones. La información se obtuvo en septiembre de 2020 de la base de datos PubMed, con los siguientes descriptores: executive functions and behavior problems; executive functions and behavior problem; executive function and behavior problems; y executive function and behavior problem. Se identificaron 98 artículos en inglés desde 2015. De estos, se excluyeron 15 repetidos. A partir de eso, se realizó una selección mediante la lectura de los títulos, excluyendo trabajos cuyos participantes tuvieran algún diagnóstico previo, como el transtorno por déficit de atención con hiperactividad (TDAH), quedando 20 artículos. De los 20, diez fueron excluidos tras la lectura del resumen, ya que también trataban de niños con patologías asociadas, como, por ejemplo, epilepsia o TDAH. Quedaron diez artículos seleccionados y analizados. Se concluyó que existe evidencia sobre la relación entre estas variables en la literatura, lo que indica que las FE juegan un papel importante en la regulación emocional, lo que refuerza la importancia de que las evaluaciones amplias se realicen de manera precoz, ya que la identificación de deficiencias en las funciones y la presencia de problemas emocionales/conductuales permite realizar esfuerzos en materia de prevención, además del desarrollo de estrategias de intervención.

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