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Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento

 ISSN 1519-0307 ISSN 1809-4139

MAGALHAES, Júlia et al. Vulnerabilidade social e saúde mental de crianças e jovens: relato de dois estudos longitudinais brasileiros. []. , 21, 2, pp.9-38. ISSN 1519-0307.

^lpt^aCrianças e jovens que vivem experiências de vulnerabilidade social, tais como residir em comunidades violentas, ter escassez de recursos financeiros, passar por situações estressantes de vida e sofrer violência na comunidade ou intrafamiliar, têm grandes chances de desenvolver problemas de saúde mental. Em face dessa situação, que alcança grande parte das famílias brasileiras, políticas públicas focadas na diminuição da pobreza, como o Programa Bolsa Família, têm sido implementadas. O objetivo deste artigo é descrever dois projetos de pesquisa voltados a avaliar fatores que podem reduzir a associação entre vulnerabilidade social e problemas de saúde mental na infância e adolescência: "Violence and child rights in Brazil: can the cycle of violence be broken?" e "Poverty reduction, mental health and the chances of young people: understanding mechanisms through analyses from 6 low- and middle-income countries" - CHANCES-6. A apresentação desses projetos serve para ilustrar o alcance de pesquisas epidemiológicas desenvolvidas no Brasil, assim como para conhecer o que está sendo abordado na área da saúde mental infantojuvenil em contextos de vulnerabilidade social, e como estão sendo conduzidas essas discussões. De forma geral, os estudos têm demonstrado altas taxas de problemas de saúde mental e de diferentes tipos de violência na infância e adolescência, revelando fatores relacionados a esse complexo cenário. Além disso, apontam a importância de integrar componentes de saúde mental aos programas de proteção social voltados aos jovens de países em desenvolvimento. Destaca-se a necessidade de gerar evidência científica sobre a eficácia das políticas públicas voltadas ao público infantojuvenil em vulnerabilidade social visando reduzir problemas de saúde mental e violência.^len^aChildren and young people who live experiences of social vulnerability, such as living in violent communities, having a shortage of financial resources, experiencing stressful life situations and experiencing violence in the community or within the family, have a high chance of developing mental health problems. In view of this situation that affects a large part of Brazilian families, public policies focused on reducing poverty, such as the Programa Bolsa Família, have been implemented. The objective of this article is to describe two research projects aimed at evaluating factors that can reduce the association between social vulnerability and mental health problems in childhood and adolescence: "Violence and child rights in Brazil: can the cycle of violence be broken?" and the "Poverty reduction, mental health and the chances of young people: understanding mechanisms through analyses from 6 low- and middle-income countries" - CHANCES-6. The presentation of these projects serves to illustrate the scope of epidemiological research carried out in Brazil as well as to know what is being addressed in the area of mental health for children and adolescents in contexts of social vulnerability, and how these discussions are being conducted. Overall, these surveys have shown high rates of mental health problems and different types of violence in childhood and adolescence, revealing factors related to this complex scenario. In addition, they point out the importance of integrating mental health components into social protection programs aimed at young people in developing countries. We highlight the need to generate scientific evidence on the effectiveness of public policies aimed at children and adolescents in social vulnerability to reduce mental health problems and violence.^les^aNiños y jóvenes que viven experiencias de vulnerabilidad social, tales como residir en comunidades violentas, tener escasez de recursos financieros, pasar por situaciones estresantes de vida y sufrir violencia en la comunidad o intrafamiliar, tienen grandes chances de desarrollar problemas de salud mental. En vista de esta situación, que afecta a gran parte de las familias brasileras, han sido implementadas políticas públicas enfocadas en la disminución de la pobreza, como el Programa Bolsa Família. El objetivo de este artículo es describir dos proyectos de investigación destinados a evaluar factores que pueden reducir la asociación entre vulnerabilidad social y problemas de salud mental en la infancia y la adolescencia: "Violence and child rights in Brazil: can the cycle of violence be broken?" y "Poverty reduction, mental health and the chances of young people: understanding mechanisms through analyses from 6 low- and middle-income countries" - CHANCES-6. La presentación de estos proyectos sirve para ilustrar el alcance de investigaciones epidemiológicas desarrolladas en Brasil, así como también para conocer lo que está siendo abordado en el área de salud mental infantojuvenil en contextos de vulnerabilidad social y cómo están siendo conducidas estas discusiones. De forma general, los estudios han demostrado altas tasas de problemas de salud mental y de diferentes tipos de violencia en la infância y adolescencia, revelando factores relacionados con este complejo escenario. Además, apuntan a la importancia de integrar componentes de salud mental a los programas de protección social destinados a los jóvenes en países en desarrollo. Se destaca la necesidad de generar evidencia científica sobre la eficacia de las políticas públicas destinadas al público infantojuvenil en vulnerabilidad social para reducir problemas de salud mental y violencia.

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