SOUZA, Regina Magalhães de    ARCARO, Nicolau Tadeu. O Banco Mundial e o investimento na juventude brasileira. []. , 8, 16, pp.251-270. ISSN 2175-1390.

Este artigo analisa três documentos referentes à juventude produzidos nos anos 2000 pelo Banco Mundial, com o propósito de identificar a posição atribuída ao jovem indivíduo objeto de políticas públicas. Além do investimento no capital humano juvenil, os documentos prescrevem o investimento do jovem em si mesmo, atribuindo pelo menos parte do êxito das políticas e medidas à atividade do jovem indivíduo. A atividade individual também pode ser detectada no deslizamento da noção de “situação de risco” para a noção de “comportamento de risco” e na noção de “participação” prescrita à juventude. Tanto a noção de comportamento quanto a de participação baseiam-se na atividade, mas na atividade heterônoma, desprovida de refl exão, crítica e discernimento. Sob a aparência de uma maior responsabilização do jovem indivíduo pelos destinos de sua vida, abre-se a possibilidade de controle do comportamento. A psicologia nomeada como “ecologia do desenvolvimento humano” é usada como sustentação desse discurso de poder.

: Juventude; Banco Mundial; Desenvolvimento humano; Participação; Comportamento.

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