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Revista Psicologia Política

 ISSN 2175-1390

ARAN, Márcia. Políticas do desejo na atualidade: a psicanálise e a homoparentalidade. []. , 11, 21, pp.59-72. ISSN 2175-1390.

^lpt^aTendo como referência o debate atual sobre a homoparentalidade, este artigo pretende refletir em que medida alguns argumentos psicanalíticos acabam por reinstaurar a heteronormatividade, principalmente através de noções tais como “diferença de sexos” e a “dupla referência identitária”. Para isto, dois argumentos serão problematizados: o primeiro diz respeito à necessidade da preservação da instituição “família” - heterossexual - como célula base da sociedade, resistindo ao reconhecimento de outras formas de vida familiar; o segundo, a necessidade de preservar “o simbólico”, leia-se a “diferença sexual”, como condição da cultura, sem que se concebam outras possibilidades de simbolização. Finalmente propõe-se deslocar a noção de alteridade da noção de diferença sexual na psicanálise para que esta não fique restrita a um modelo aprisionante das relações sociais e possa reinventar uma nova concepção da diferença.^len^aConsidering the current debate on homoparentality, this article aims to reflect the extent to which some psychoanalytical arguments eventually recreate the heteronormativity, mainly through concepts such as “sexual difference” and the “double reference identity”. For this, two arguments will be developed: the first concerns the need for preservation of the “family” institution - heterosexual - as the basic cell of society, resisting to recognize other forms of family life; the second, the need to preserve “the symbolic”, that is, “sexual difference”, as a condition of culture, without conceiving other possibilities of symbolization. Finally it proposes to disjoint the notion of otherness from the notion of sexual difference in psychoanalysis so that psychoanalysis won’t be restricted to a reductionist model of social relations and can reinvent a new conception of difference.^les^aEn relación con el actual debate sobre la homoparentalidade, este artículo pretende reflejar em que medida algunos argumentos psicoanalíticos acaban por reinstaurar la heteronormatividad, principalmente a través de conceptos tales como “diferencia sexual” y la “identidad de doble referencia”. Para ello, dos argumentos serán problematizados: el primero refiere a la necesidad de preservar de la institución “heterosexual-familia” - como la célula básica de la sociedad, resistiendo el reconocimiento de otras formas de vida familiar; el segundo, la necesidad de preservar el “simbólico”, la “diferencia sexual, como condición de la cultura, sin considerar otras posibilidades de simbolización. Por último, propone-se al concepto de la otredad del concepto de la diferencia sexual en psicoanálisis, para esta non limitarse a un modelo aprisionante de las relaciones sociales y poder reinventar una nueva concepción de la diferencia.

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