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Revista Psicologia Política

 ISSN 1519-549X

MARTINS, Luiz Alberto Moreira    PEIXOTO JUNIOR, Carlos Augusto. Deslocamentos na Governamentalidade: a subjetivação como resistência ético-política em Foucault. []. , 13, 27, pp.245-259. ISSN 1519-549X.

^lpt^aO objetivo do presente artigo é rastrear os elementos e questões que possibilitaram a Michel Foucault, a elaboração dos conceitos de governamentalidade e governo, investigando o deslocamento de ênfase, em suas pesquisas, do eixo do poder para os da subjetivação e da ética. A nossa hipótese é a de que as noções de conduta e contraconduta extraídas dos estudos sobre a pastoral cristã foram fundamentais tanto para a construção do conceito de governamentalidade, como para a elaboração do eixo da subjetivação. Sustentamos ainda que a elaboração desse último eixo responde a uma questão ética e política: como, por meio do cuidado de si, das práticas de subjetivação construir um modo de resistência ético-política aos estados de dominação? Enfim, consideramos que a emergência da subjetivação e da ética no pensamento de Foucault não constitui em absoluto uma ruptura com as investigações sobre as relações de poder e o domínio político.^len^aThis paper attempts to give an account of the elements and issues referred to by Michel Foucault in the development of governmentality and government concepts, looking into the shift in emphasis in his research from the axis of power to the axis of subjectivation and ethics. The hypothesis presented points out that the notions of conduct and counter conduct derived from studies on Christian pastoral were essential both for the construction of the concept of governmentality as well as for the creation of the axis of subjectivation. The creation of the latter is related to an ethics and politics issue: how can, by taking care of oneself, by subjectivation practices, an ethical political resistance to domination be created? In conclusion, the emergence of subjectivation and ethics in Foucault's thought does not represent in any way a rupture from research in power relations and political domain.^les^aEl presente artículo tiene por objetivo indagar los elementos y cuestiones a partir de las cuales Michel Foucault desarrolla el concepto de gobernamentalidad y gobierno, investigar el traspaso del énfasis en sus investigaciones, del eje del poder al de la subjetivación y de la ética. La suposición que se plantea es que las nociones de conducta y contra conducta que emanan de los estudios sobre la pastoral cristiana fueron fundamentales tanto para la construcción del concepto de gobernamentalidad, cuanto para la elaboración del eje de la subjetivación. Se propone abordar que la elaboración del mismo responde a una cuestión ética y política: ¿Cómo, por medio del cuidado de sí mismo, de las prácticas de subjetivación se puede construir un modo de resistencia ético-política a los estados de dominación? Por último, se considera que el surgimiento de la subjetivación y de la ética en el pensamiento de Foucault no representa en absoluto una ruptura con las investigaciones sobre las relaciones de poder y el dominio político.^lfr^aL'objectif du present article est de poursuivre les éléments et questions qui favorisèrent Michel Foucault a l'élaboration des concepts de gouvernementalité et gouvernement, investigant le déplacement de l'emphase, dans ses recherches, de l'axe du pouvoir en direction de ceux de la subjectivation et l'éthique. Notre hypothése repose sur les notions de conduite e de contre-conduite extraites des études à propos de la pastorale chrétienne qui furent fondamentales pour la construction du concept de gouvernementalité et ainsi de même por l'élaboration de l'axe de la subjectivation. Soutenons encore que l'élaboration de ce dernier axe répond à une question éthique et politique : ainsi, par moyen du soin de soi, des pratiques de subjectivation puisse se construire un moyen de résistence éthique-politique aux états de domination ? Enfin, considerons que l'émergence de la subjectivation et de l'éthique dans la pensée de Foucault ne constitue absolument pas une rupture avec les investigations à propos des relations de pouvoir et le domaine politique.

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