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Revista Psicologia Política

 ISSN 2175-1390

GOMES, Marcela de Andrade. CRAS e intervenção psicopolítica: os terreiros como lugar de pertença, acolhimento e resistência política. []. , 20, 47, pp.87-101. ISSN 2175-1390.

^lpt^aEste artigo visa narrar uma intervenção realizada por um CRAS da cidade de Florianópolis (SC), em parceria com a universidade, junto aos terreiros localizados no território de abrangência deste serviço. A partir da noção de territorialização e do uso da observação participante, realizamos uma intervenção aqui denominada de psicopolítica durante 1 ano junto a estes espaços, o que nos levou a compreender o terreiro como um lugar de calor, pertença, acolhimento e luta política. Esboçamos neste manuscrito a ideia de que o terreiro favorece uma conexão afetiva e política entre seus membros, protegendo e revitalizando a identidade negra e a cosmovisão afrocentrada, operando como resistência à hegemonia colonial, eurocentrada, branca e racista. Apostamos na ideia de que a psicologia se faz política quando cria intervenções que sejam combativas às desigualdades sociais, atuando de forma criativa e inventiva na potência de existir e expandir os sujeitos singulares e coletivos.^len^aThis article aims to narrate an intervention carried out by a CRAS (Social Assistance Reference Center) in the city of Florianópolis - SC (Brazil) in partnership with the university, with the terreiros located in the territory of this service. From the notion of territorialization and the use of participant observation, we carried out an intervention referred to as psychopolitics for 1 year, which led us to understand the terreiro as a place of warmth, belonging, reception and political struggle. In this manuscript, we'll discuss the idea that the terreiro favors an affective and political connection between its members, protecting and revitalizing black identity and the Afro-centered worldview, acting as a resistance to the colonial, Eurocentric, white and racist hegemony. We believe that psychology becomes political when it creates interventions that are combative to social inequalities, acting in a creative and inventive way in the potential power to exist and expand the singular and collective subjects.^les^aEste artículo relata una intervención realizada por un CRAS de la ciudad de Florianópolis (SC) en asociación con la universidad, junto a los terreiros ubicados en el territorio de cobertura de este servicio. A partir del uso de la observación participante, realizamos una intervención aquí denominada de psicopolítica durante un año junto a estos espacios, lo que nos llevó a comprender el terreiro como un lugar de calor, pertenencia, acogida y lucha política. En este manuscrito esbozamos la idea de que el terreiro favorece una conexión afectiva y política entre sus miembros, protegiendo y revitalizando la identidad negra y la cosmovisión afrocentrada, operando como resistencia a la hegemonía eurocentrada, blanca y racista. Apostamos en la idea de que la psicología se hace política cuando crea intervenciones que sean combativas a las desigualdades sociales, actuando de forma creativa e inventiva en la potencia de existir y expandir los sujetos singulares y colectivos.^lfr^aCet article vise à raconter une intervention réalisée par un CRAS dans la ville de Florianópolis (SC), en partenariat avec l'université, aux terreiros situés sur le territoire couvert par ce service. A partir de la notion de territorialisation et d'utilisation de l'observation participante, nous avons réalisé ici une intervention appelée psychopolitique pendant 1 an à côté de ces espaces, qui nous a amenés à comprendre le terreiro comme un lieu de chaleur, d'appartenance, d'accueil et de lutte politique. Nous avons souligné dans ce manuscrit l'idée que le terreiro favorise un lien affectif et politique entre ses membres, protégeant et revitalisant l'identité noire et la vision du monde afro-centrée, agissant comme une résistance à l'hégémonie coloniale, eurocentrique, blanche et raciste. Nous parions sur l'idée que la psychologie devient politique lorsqu'elle crée des interventions combatives aux inégalités sociales, agissant de manière créative et inventive dans le potentiel d'exister et d'élargir les sujets singuliers et collectifs.

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