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Revista Psicologia Política

 ISSN 2175-1390

COELHO, Maria Teresa Ruas. Trabalhar para viver? O trabalho enquanto mecanismo da necropolítica no contexto pandêmico. []. , 21, 51, pp.376-389. ISSN 2175-1390.

^lpt^aVivemos um momento de ameaça global e coordenada de adoecimento e morte pelo novo coronavírus. Mais do que nunca, a morte espreita e subordina a vida humana, determinando nossos hábitos de higiene, nossa rotina, nosso trabalho, nosso psicológico, nossa liberdade de ir e vir. Para algumas pessoas esta não é uma realidade completamente nova: aquelas alocadas do lado de lá da linha que divide quais vidas devem ser resguardadas de quais vidas são descartáveis. A desigual proporção e severidade com que a pandemia afeta alguns grupos sociais, que se localizam em uma encruzilhada entre raça e classe facilmente identificável, é, na verdade, consequência da necropolítica neoliberal que antecede o atual contexto. São mortes anunciadas. Sob a ótica do trabalho, procuramos oferecer algumas observações preliminares sobre os pontos de contato entre necropolítica, neoliberalismo e o novo coronavírus.^len^aWe live in a time of global and coordinated threat of illness and death by the new coronavirus. More than ever, death lurks and subordinate human life, determining our hygiene habits, our routines, our works, our psyche, our freedom to come and go. For some people this is not a completely new reality: those placed on the other side of the line that divides which lives must be protected from which lives are expendable. The unequal proportion and severity with which the pandemic affects some social groups, which are located at an easily identifiable crossroads between race and class is, in fact, a consequence of the neoliberal necropolitics that predates the current context. These are announced deaths. From the perspective of work, we seek to offer some preliminary observations on the points of contact between necropolitics, neoliberalism and the new coronavírus.^les^aVivimos en um momento de maenaza global y coordenada de enfermidade y muerte debido al nuevo coronavírus. Más que nunca, la muerte acecha y subordina la vida humana, determinando nuestros hábitos de higiene, nuestras rutinas, nuestros trabajos, nuestra psicologia, nuestra libertad de ir y venir. Para algunas personas, esta no es una realidade completamente nueva: aquellas ubicadas em el outro lado de la línea que divide qué vidas deben protegerse de qué vidas son desechables. La proporción desigual y la gravedad com que la pandemia afecta a algunos grupos sociales, que se encuentram em uma encrucijada entre raza y classe que es facilmente identificable, es, de hecho, uma consecuencia de la necropolítica neoliberal que precede al contexto actual.

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