Revista Psicologia Política
ISSN 2175-1390
FARIA, Lucas Luis de MARTINS, Catia Paranhos. Movimento(s) indígena(s) e psicologia social: desafios à de(s)colonização dialógica. []. , 23, 56, pp.131-149. 27--2024. ISSN 2175-1390.
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Este texto sintetiza parte do exercício de viver, sentir e pensar a partir das fronteiras entre Psicologia Social e Movimento(s) Indígena(s). Temos por objetivo compreender o processo histórico de mobilização do(s) Movimento(s) Indígena(s) do Brasil, a partir da década de 1970, e discutir as potencialidades para de(s)colonização dialógica entre os conhecimentos dos povos indígenas e da Psicologia. Buscamos deslocar os saberes da matriz colonial de poder para assumir as concepções populares, sendo requisito fundamental para a libertação da Psicologia da episteme colonial. Recorremos à pesquisa bibliográfica potencializada por nossa participação e acompanhamento de atividades públicas dos movimentos étnico-sociais dos povos Kaiowá e Guarani. O diálogo da Psicologia Social com as experiências do(s) Movimento(s) Indígena(s) apresenta possibilidades transformadoras desde as compreensões de conscientização e desideologização. E ainda, direciona para o desprendimento da Psicologia das colonialidades para o comprometimento com os movimentos populares para contribuir com a emergência de processos de de(s)colonização.
^lpt^aEste texto sintetiza parte del ejercicio de vivir, sentir y piensar desde los limites entre Psicologia Social y lo(s) Movimiento(s) Indígena(s). Nuestro objetivo es comprender el proces o histórico de movilización del (los) Movimiento(s) Indígena(s) en Brasil, a partir de la década de 1970, y discutir el potencial de(s)colonización dialógica entre el saber de los pueblos indígenas y la Psicologia. Buscamos desplazar el conocimiento de la matriz colonial del poder para asumir las concepciones populares, lo cual es un requisito fundamental para la liberación de la Psicologia de la episteme colonial. Usamos la investigación bibliográfica potenciada por nuestra participación y seguimiento las actividades publicas de los movimientos étnicos y sociales de los pueblos Kaiowá y Guarani. El diálogo de la Psicologia Social con las experiencias del (los) Movimiento(s) Indigena(s) presenta posibilidades transformadoras desde las comprensiones de conciencia y desideologización. Y, sin embargo, orienta a la Psicologia a desprenderse de las colonialidades hacia un compromiso con s movimientos populares para contribuir a la emergencia de proces os de de(s)colonización.
^les^aThis text synthesizes part of the exercise of living, feeling and thinking from the boundaries between Social Psychology and Indigenous Movement(s). We aim to understand the historical process of mobilization of the Indigenous Movement(s) in Brazil, from the 1970s onwards, and to discuss the potential for dialogical de(s)colonization between the knowledge of indigenous peoples and the Psychology. We seek to displace knowledge from the colonial matrix power to assume popular conceptions, which is a fundamental requirement for the liberation of Psychology from its colonial episteme. . We resorted to bibliographical research enhanced by our participation and monitoring of public activities of the ethnic-social movements of the Kaiowá and Guarani peoples. The dialogue of Social Psychology with the experiences of the Indigenous Movement(s) presents transformative possibilities from the understandings of awareness and de-ideologization. And yet, it directs Psychology to detach itself from colonialities towards a commitment to popular movements to contribute to the emergence of decolonization processes.
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