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Stylus (Rio de Janeiro)

 ISSN 1676-157X

MARTINHO, Maria Helena. A interpretação psicanalítica: "um dizer nada". []. , 24, pp.77-84. ISSN 1676-157X.

^lpt^aEste artigo vem ressaltar que a interpretação psicanalítica se situa entre a transferência, que marca o início de uma análise, e o momento do passe, que corresponde ao final de análise. A autora interroga: qual é a liberdade do analista no que se refere à interpretação? No que a interpretação - situada como a tática do analista - deve incidir? Qualquer intervenção do analista pode ser considerada como uma interpretação? Para responder a tais questões a autora percorre textos e seminários de Lacan dos anos de 1950 a 1970, nos quais verifica os vários modos de interpretação designados por Lacan: a pontuação, o corte, o semidizer, a alusão e o equívoco. Conclui, com Colette Soler, que existe nos modos de interpretação mencionados um traço comum: "um dizer nada", um "silêncio falante" do analista que obriga o analisante a designar o horizonte do que não é dito.^len^aThis article emphasizes that the psychoanalytic interpretation is placed between the transfer that marks the beginning of an analysis and the moment of the pass, which corresponds to the end of the analysis. The author questions: What is the freedom of the analyst when it comes to interpretation? What must interpretation - situated as the tactics of the analyst - focus on? Can any intervention by analyst be considered an interpretation? To answer these questions, the author goes through some of Lacan's texts and seminars dated from the 1950 to 1970s, in which she verifies the many ways of interpretation assigned by Lacan: the punctuation, the cut, the semi-saying, the allusion, the equivocation. She concludes, with Colette Soler, that there is a common feature in the mentioned ways of interpretation: "a say nothing", a "silent speaker" of the analyst who compels the analyzed to designate the horizon of what is not said.

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